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A polícia, a cavalo e a pé, com equipamento antimotim, foi alvo de arremesso de projéteis quando intervinha e pelo menos um agente ficou ferido.
A polícia belga usou canhões de água para dispersar uma concentração de milhares de pessoas num parque, em Bruxelas, que foi interdito pelas autoridades devido à pandemia de covid-19, relataram jornalistas da France-Presse (AFP).
A polícia, a cavalo e a pé, com equipamento antimotim, foi alvo de arremesso de projéteis quando intervinha e pelo menos um agente ficou ferido, constatou a AFP no local, numa manifestação que mobilizou milhares de pessoas, segundo a imprensa belga.
Vários manifestantes ficaram feridos, segundo a imprensa belga, durante a intervenção policial que ainda estava em curso ao final da tarde, cerca das 19:00 locais (18:00 em Lisboa).
Segundo a agência espanhola Efe, as forças de segurança intervieram às centenas para desocupar o parque Bois de la Cambre com milhares de pessoas convocadas para um falso festival denominada "La Boum", que não tinha sido autorizado.
Os jornalistas da agencia espanhola relataram que a polícia usou um 'drone' para alertar os participantes de que enfrentavam multas ou detenções por se reunirem em grandes grupos, tendo depois recorrido aos canhões de água para evacuar a área de um dos maiores parques da capital belga.
Algumas pessoas atiraram garrafas contra os agentes e gritaram 'slogans' como "Liberdade", tendo regressado ao local depois de serem retiradas.
A polícia anunciou um reforço da presença no parque após este evento ter sido convocado no Facebook, temendo que algumas das cerca de 18.000 pessoas que confirmaram a presença na rede social ou das 51.000 que manifestaram interesse na manifestação pudessem acorrer ao local.
"A atividade 'La Boum' é uma notícia falsa do Dia das Mentiras e, por isso, não se vai realizar. Não foi dada autorização para um possível festival e a polícia vai reforçar ali a sua presença", escreveu a polícia de Bruxelas no Twitter.
Em entrevista ao jornal La Libre Belgique, os presumíveis organizadores, mascarados, apresentaram-se como representantes de um coletivo de artistas e "pensadores livre", utilizando a conhecida obra do pintor surrealista René Magritte que mostra um cachimbo com a legenda "isto não é um cachimbo", assegurando que o evento "não é um festival", ao mesmo tempo que anunciaram mais iniciativas no futuro.
No entanto, no Facebook estava indicado que o evento iria ter início às 18:00 locais (17:00 em Lisboa) e terminaria na sexta-feira às 07:00 locais (06:00 em Lisboa), embora a data tenha sido alterada mais tarde para os mesmos dias, mas em 2022.
O suposto festival foi agendado apenas um dia depois de um tribunal de primeira instância ter ordenado ao governo federal belga o fim de todas as medidas excecionais tomadas para conter a pandemia de covid-19 num período máximo de 30 dias, ao considerá-las ilegais.
Poucos momentos depois, o Executivo anunciou que iria recorrer da sentença.
O Ministério Público lamentou a organização do "falso evento", alertando que os participantes se expunham a processos judiciais e anunciou que iria abrir uma investigação para identificar os organizadores.
A Bélgica entrou numa nova fase de restrições mais estritas no último sábado, incluindo acesso limitado a lojas não essenciais e a possibilidade de reuniões ao ar livre até um máximo de quatro adultos.
Devido à rápida propagação da variante da covid-19 identificada no Reino Unido, escolas e universidades fecharam as portas na segunda-feira, antecipando numa semana os 15 dias de férias escolares da Páscoa.
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