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Promovida pelas associações de estudantes da Escola Artística António Arroio e da Escola Secundária de Camões, em Lisboa, a acção de luta é motivada pelo vários problemas que há longos anos atingem os alunos e que a pandemia veio agravar.
«Além da opinião negativa acerca do ensino à distância, que veio agravar desigualdades e impedir a aprendizagem da maioria dos estudantes, os alunos queixam-se da falta de funcionários e a consequente falta de higienização das salas e não funcionamento de serviços essenciais, como bibliotecas, papelarias, cantinas e reprografias», lê-se num comunicado das associações promotoras, enviado ao AbrilAbril.
A denúncia está patente na carta que durante o protesto desta quinta-feira será entregue ao ministro Tiago Brandão Rodrigues. Na missiva, subscrita por 30 associações de estudantes de todo o País, alerta-se também para a sobrelotação das turmas, com «origem na falta de professores», e para a urgência da retirada do amianto das escolas e realização de obras a fim de se ultrapassarem questões como a falta de aquecimento, roturas nos edifícios e «diversos outros problemas que derradeiramente põe em causa o bem-estar e integridade dos alunos».
Por outro lado, expressam a sua «frustração» quanto ao que apelidam de «opressão» da democracia escolar, materializada na «proibição e/ou sabotagem» dos processos eleitorais para as associações de estudantes, e impedimentos na realização de reuniões ou assembleias gerais, por parte das direcções das escolas, a pretexto do surto de Covid-19.
Os estudantes exigem ao Governo que tome medidas para que os dois anos lectivos afectados pandemia (2019/2020 – 2020/2021) não representem «um atraso irreparável» na vida de centenas de milhares de estudantes.
Os representantes dos estudantes da António Arroio esclarecem que a concentração desta quinta-feira, marcada para as 16h, surgiu na sequência de uma reunião, no final de Março, na qual participaram as 30 associações subscritoras do manifesto.
Após a reunião, «concluiu-se que a falta de investimento na educação pública conduziu a generalidade das escolas do País a problemas profundos que, com a actual situação de incidência da pandemia, fizeram-se ficar mais marcados no dia-a-dia dos estudantes», frisam.
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