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Um estudo sobre as experiências e expectativas de regresso dos novos emigrantes portugueses identificam o clima, a vida social, a paisagem e a situação familiar como os principais motivos para regressarem e os aspetos económicos como razão para permanecerem
Trata-se dos resultados preliminares do estudo EERNEP – Experiências e expectativas de regresso dos novos emigrantes portugueses: reintegração e mobilidades, apresentado hoje por José Carlos Marques, do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS) do Politécnico de Leiria, durante o colóquio online “Potencial Económico da Diáspora”.
O estudo decorre através de uma parceria entre o CICS do Politécnico de Leiria, o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e CIES – Instituto Universitário de Lisboa e pretende estudar o regresso dos emigrantes portugueses que saíram de Portugal a partir do ano 2000 e que já tenham regressado (experiências) ou estejam para fazê-lo (expectativas).
Segundo José Carlos Marques, um terço dos emigrantes portugueses, a residir no Reino Unido, França, Suíça, Luxemburgo, Irlanda e Alemanha, e que respondera ao inquérito online, quer regressar a Portugal.
O investigador referiu que entre as razões apontadas para querer regressar, estes portugueses referem o clima, a vida social, a paisagem e o ambiente e a situação familiar.
Entre os motivos para continuarem no país para onde emigraram, os portugueses inquiridos apontam as oportunidades de progresso profissional, o rendimento, a situação profissional, a oferta educativa e os benefícios sociais.
A maioria dos participantes no estudo têm o ensino superior, o que, segundo José Carlos Marques, é comum em inquéritos online.
Segundo este estudo, que continua a reunir contributos dos emigrantes, estes portugueses pretendem voltar a viver em Portugal porque têm saudades, querem estar mais próximos da família e devido ao clima.
Mas também existem outros motivos para a vontade de regressar: a desilusão com o país destino e a discriminação ou xenofobia que dizem ter sentido.
A investigação apurou que a maioria do investimento feito em Portugal após o regresso relacionou-se com a habitação (construção ou aquisição), enquanto cerca de um terço criou empresas.
O colóquio sobre o “Potencial Económico da Diáspora” é promovido pelo gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros (SECP-MNE), em parceria com o Observatório da Emigração (ISCTE-IUL) e o Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa (CRCPE).
SMM // JH
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