Idriss Deby, o presidente do Chade, morreu enquanto visitava tropas na linha da frente de uma batalha contra rebeldes sediados no norte do país, revelou um porta-voz do exército. A morte ocorre um dia depois de Deby ter sido dado como vencedor das eleições presidenciais.
Tinha 68 anos e subiu ao poder em 1990, sendo um dos líderes africanos há mais tempo no cargo.
Fonte da sua campanha indicou esta segunda-feira, 19, que Deby se ia juntar às tropas que combatiam o que ele chamou de terroristas, depois de os rebeldes que estavam além da fronteira a norte do Chade, na Líbia, avançarem centenas de quilómetros em direção a N'Djamena, capital do Chade.
Segundo a Reuters, ainda não é claro o que causou a morte do presidente do Chade.
Azem Bermendao Agouna, porta-voz do exército, anunciou a morte na televisão estatal, rodeado por um grupo de soldados a que se referiu como o Conselho Nacional de Transição. "Lançamos um apelo ao diálogo e paz a todos os chadianos no país e no estrangeir para continuar a construir o Chade juntos", afirmou. "O Conselho Nacional de Transição assegura ao povo chadiano que todas as medidas foram aplicadas para garantir a paz, segurança e ordem republicana."
Os países ocidentais têm visto Deby como um aliado na luta contra grupos extremistas islâmicos, como o Boko Haram ou grupos ligados à Al-Qaeda e Estado Islâmico. Deby também enfrentava o descontentamento público com a sua gestão da riqueza vinda do petróleo do Chade e com a repressão sobre opositores.
Com a vitória nas eleições, tinha chegado ao seu sexto mandato, mas a votação ocorrida a 11 de abril foi alvo de boicote pelos líderes da oposição.
Sem comentários:
Enviar um comentário