Nas lojas da rede de supermercados Biedronka, “os consumidores foram frequentemente expostos a falsas declarações” sobre a origem dos produtos, diz o regulador polaco. Esta é a terceira multa que aplica em menos de um ano aos donos do Pingo Doce.
Foto ☮/Fluckr
O grupo Jerónimo Martins está outra vez a contas com a Autoridade da Concorrência e Defesa do Consumidor na Polónia, desta vez por induzir os consumidores em erro quanto ao país de origem dos legumes e frutas expostos nos supermercados.
Uma investigação aberta em maio de 2020 verificou que havia frutas e legumes rotulados de forma incorreta com o país de origem em mais de um quarto das duas centenas e meia de lojas inspecionadas dos supermercados Biedronka.
Segundo o Jornal de Negócios (link is external), que cita a acusação conhecida esta segunda-feira, o grupo que detém em Portugal a cadeia de supermercados Pingo Doce foi multado em 60 milhões de zlotys - 13,2 milhões de euros - por "induzir os consumidores em erro quanto ao país de origem dos legumes e frutas, o que pode ter distorcido as suas decisões de compra".
Na prática, os rótulos dos produtos expostos nos supermercados e que referem o país de origem dos legumes e frutas não correspondiam ao país de origem que constava na embalagem coletiva ou nos documentos de entrega.
O regulador aponta ainda que "essas violações foram sistemáticas e duradouras".
"Os consumidores estão cada vez mais atentos ao país de origem dos produtos. Muitas pessoas são movidas pelo patriotismo económico nas suas escolhas porque querem apoiar os produtores polacos. Para outros, o transporte de alimentos é importante, o que pode afetar a quantidade de pesticidas usados ou a pegada de carbono que é prejudicial ao meio ambiente durante o transporte", sublinha Tomasz Chróstny, presidente da UOKiK, citado pelo Negócios.
Esta é a terceira multa aplicada à Jerónimo Martins na Polónia em menos de um ano e a de menor valor, depois de ter sido condenada a pagar em agosto 26 milhões por praticar preços diferentes dos expostos nas prateleiras e em dezembro 163 milhões por impor descontos aos fornecedores de forma arbitrária. A empresa recorreu de ambas as condenações.
Sem comentários:
Enviar um comentário