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Ex-primeiro-ministro revelou que o avô surge num almanaque de 1943 como "concessionário da Serra dos Trigais" e é um dos três familiares que deixou uma herança à mãe.
O antigo chefe de Governo José Sócrates garantiu, esta quarta-feira, que a mãe era "uma mulher rica", que "teve sempre um cofre em casa" e que a sua família sempre teve posses. Em entrevista à TVI, o ex-governante explicou que a mãe teve "três heranças nos anos 80" (de uma tia-avó, do avô e de um tio) e revelou que teve de ir buscar documentos para o comprovar.
"Fui buscar as partilhas da herança da minha mãe à Torre do Tombo para provar que a minha família tinha recursos, que a minha mãe era rica", explicou.
Os documentos foram depois apresentados ao juiz como prova de que a família "tinha recursos". Segundo os cálculos dos próprios, a herança chegaria a "cerca de um milhão de contos".
"A minha mãe teve sempre um cofre em casa, toda a vida", garantiu também.
A herança do avô foi deixada "em títulos do tesouro" à mãe, que depois levantava o dinheiro e guardava-o no cofre.
Era daí que sairia o dinheiro vivo com que Sócrates viajava para o estrangeiro, nomeadamente para férias.
O antigo governante revelou também sentir-se ofendido por afirmações de gente próxima "que acha que andei a inventar que a minha família tem posses que nunca teve".
O ex-primeiro-ministro refere ainda que o seu avô, Júlio Monteiro, que diz ter feito fortuna na indústria do volfrâmio, surge num "almanaque de 1943" como "concessionário da Serra dos Trigais" e disponibilizou-se para entregar um exemplar a José Alberto Carvalho, que conduziu a entrevista.
"A devassa da minha vida privada obrigou-me a fazer isto, a ter de provar algo de que nunca pensei que as pessoas duvidassem", lamentou.
"É muito humilhante ter de falar nisto."
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