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domingo, 31 de julho de 2022

Marcelo, o moralista

 ladroesdebicicletas.blogspot.com /2022/07/marcelo-o-moralista.html











Marcelo, o moralista, fez um apelo às grandes empresas com lucros (extra)ordinários: “devem tomar iniciativa de sacrificar distribuição de dividendos”. 

O dever destas empresas, com estas regras e com esta relação de forças, é o de distribuir o máximo de lucros para os seus acionistas no mais curto espaço de tempo, mesmo que isso macroeconomicamente implique um sacrifício do investimento, padrão há muito já identificado. A moralidade neste campo, a antítese do moralismo, tem de estar em primeiro lugar inscrita na fiscalidade e em outras obrigações sociais associadas à propriedade. 

A discussão sobre política económica em Portugal é tão dominada por pressupostos neoliberais que até uma modesta proposta fiscal de taxação soa radical por cá, embora esteja a ser adoptada lá fora, da Espanha à Hungria, passando pela Itália. O Governo já rejeitou tais radicalismos. Talvez a pressão o leve a nomear uma comissão, mas só depois de um Verão que não será azul. Depois mete-se o Natal, sem esquecer a maioria absoluta de um P sem S.

"As pessoas vão ter uma desagradável surpresa em agosto: aumento de 40% da fatura da eletricidade"

 



Lâmpada

Contas são de Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa. Aumento servirá para compensar a diferença do travão ibérico do gás

O líder da Endesa prevê um aumento de cerca de 40% “ou mais” nas faturas de consumo. O alerta foi feito em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1. “Em particular, a partir do final de agosto, mas já nas faturas do consumo elétrico de julho, as pessoas vão ter uma desagradável surpresa. (..) Estamos a falar de qualquer coisa na ordem dos 40 ou mais por cento relativamente àquilo que as pessoas pagavam”, disse o responsável da elétrica.

De acordo com o empresário, alguns consumidores domésticos vão começar a pagar o “travão do gás”, uma exceção criada para Portugal e Espanha que permitiu um desconto nos preços do gás natural utilizado para a produção de eletricidade.

“Aparecerá nas faturas a dizer que o mecanismo coberto do diploma x de teto sobre os preços do gás cabe-lhe a si, feliz ou infeliz contribuinte, contribuir com X para além do que era o preço que a pessoa tinha no seu contrato e que não me surpreende nada que supere os 40% [relativamente àquilo que foi pago no mês anterior]”, explicou Nuno Ribeiro da Silva.

Desde a primeira semana em que “o travão do gás” ibérico foi implementado, foi permitida uma redução de 10% do preço que seria pago se não estivesse em funcionamento o teto nos preços grossistas do gás natural. De acordo com Nuno Ribeiro da Silva destaca, que “essa diferença entre o verdadeiro preço do gás e preço em que se pôs uma ‘tampa’ vai ser paga pelos consumidores através dos mecanismos de compensação”.

As regras da União Europeia ditam que o défice tarifário não pode ser acumulado e tem de ser pago pelos consumidores. O presidente da Endesa assegura que o Governo está ciente da situação porque as empresas alertaram atempadamente. Para o empresário, os consumidores espanhóis são os únicos que vão beneficiar da medida. 

“A medida foi boa para Espanha porque tem um problema muito complexo sobre uma tarifa populista criada pelo Governo espanhol, a chamada PVPC, utilizada por 11 milhões de lares, mas que aqui não tem correspondência”, diz Nuno Ribeiro da Silva.

O número de consumidores afetados deve aumentar à medida que os contratos que já estavam assinados antes do dia 26 de abril completarem um ano. Nuno Ribeiro da Silva admite que já está a ocorrer a migração dos consumidores para o mercado regulado.


cnnportugal.iol

OS INGLESES AINDA ÃO PERDERAM O HÁBITO DE "GAMAR" - Decisão judicial britânica visa «despojar a Venezuela das reservas de ouro»

 A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, instou o governo britânico a alterar o seu posicionamento e a devolver ao país sul-americano os recursos que lhe pertencem.

Acção solidária com a Venezuela junto ao Banco de Inglaterra, em Londres, para exigir a entrega dos activos devidos ao país sul-americano (imagem de arquivo) 
Acção solidária com a Venezuela junto ao Banco de Inglaterra, em Londres, para exigir a entrega dos activos devidos ao país sul-americano (imagem de arquivo) Créditos/ @HOVcampaign

Em conferência de imprensa, a responsável governamental denunciou, esta sexta-feira, a decisão de um tribunal do Reino Unido que impede o acesso da Venezuela às reservas de ouro que tem no Banco de Inglaterra – 31 toneladas, avaliadas em cerca de dois mil milhões de dólares.

O Tribunal Superior de Londres decidiu a favor do autoproclamado presidente venezuelano Juan Guaidó, na medida em que o governo britânico reconhece como presidente interino a marioneta que os EUA usaram para desestabilizar a Venezuela.

O ouro retido no Banco de Inglaterra é um dos recursos venezuelanos a que Guaidó tentou deitar mão no estrangeiro – acção que o governo legítimo do país combateu nos tribunais.

Entretanto, o Supremo Tribunal da Venezuela (STV) declarou nula a nomeação de uma junta ad hoc, por parte do ex-deputado de extrema-direita, para administrar o Banco Central da Venezuela (BCV) – entidade estatal que tem estado a contestar a retenção do ouro no Banco de Inglaterra –, mas a juíza Sara Cockerill afirmou que a sentença emitida pelo STV não é reconhecida pela Justiça no Reino Unido.

«Decidi que ganhou a junta de Guaidó: as decisões do STV não podem ser reconhecidas [pela Justiça britânica]», anunciou a magistrada.

Para Delcy Rodríguez, esta decisão judicial está «amordaçada» pela «política externa anacrónica da Coroa britânica», refere a TeleSur.

Tal política pretende «usurpar as riquezas do povo venezuelano e deixou claro que a narrativa sobre o mandato fictício do ex-deputado da oposição Juan Guaidó à frente da Venezuela obedeceu a uma operação para justificar o roubo desses activos», denunciou a vice-presidente venezuelana.

Rodríguez sublinhou que o BCV é a única entidade a quem compete administrar esses recursos e que a decisão do tribunal viola a imunidade que as leis internacionais concedem a estes activos.

Lembrando que o BCV recorreu junto dos tribunais britânicos para que se corrigisse a insólita decisão das autoridades desse país de reconhecer um governo inexistente, a governante apoiou a intenção já manifestada pelo banco estatal de recorrer a todos os meios legais ao seu alcance para reverter a decisão judicial.

Batalha legal desde 2020 e BCV volta a recorrer

Em comunicado, o escritório de advogados londrino que representa o BCV legitimado pelas autoridades legítimas do país lamentou a decisão de Cockerill e anunciou que vai recorrer do veredicto.

Para Sarosh Zaiwalla, sócio principal do escritório, trata-se de um caso sem precedentes, tendo em conta que o Supremo Tribunal venezuelano, respeitando a Constituição do país, declarou ilegal a acção de Guaidó.

O caso chegou aos tribunais britânicos em 2020, depois de o Banco de Inglaterra se ter recusado a entregar ao Banco da Venezuela as 31 toneladas de ouro que o país sul-americano ali tem, argumentando que, além do pedido do conselho de administração do banco, existia um semelhante da parte do que fora nomeado pelo autoproclamado Guaidó.

Numa primeira instância, o Tribunal Comercial de Londres decidiu que Guaidó tinha autoridade para dispor do ouro, na medida em que o governo britânico o tinha reconhecido como presidente em Fevereiro de 2019.

No entanto, o Tribunal de Recurso revogou essa decisão, considerando que o reconhecimento de Guaidó como presidente de jure não excluía o facto de que o presidente constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro, fosse reconhecido pelo Reino Unido como presidente de facto.

Em Dezembro do passado, o Supremo decidiu que o caso regressava ao Tribunal Comercial e que o veredicto do Tribunal de Recurso foi «errado», tendo em vista o reconhecimento de Guaidó como presidente interino.


www.abrilabril.pt

sábado, 30 de julho de 2022

Cerca de 5000 maquinistas em greve no Reino Unido

Aumentos salariais e melhores condições de trabalho são as reivindicações que justificam a paralisação. Maquinistas ameaçam com nova greve a 13 de Agosto caso não haja acordo. 

CréditosNeil Hall / EPA

Cerca de 5000 maquinistas de sete empresas ferroviárias estão hoje em greve no Reino Unido para exigirem aumentos salariais e melhores condições de trabalho à semelhança de outras greves realizadas ao longo do mês por outros profissionais das empresas.

A greve de hoje, que se pode repetir em 13 de Agosto se não houver acordo, foi convocada pelo sindicato Aslef, que representa os maquinistas. Na última quarta-feira, cerca de 40 000 funcionários da rede ferroviária estatal e de outras 14 empresas fizeram greve, organizada pelo sindicato RMT.

No Reino Unido, o serviço de comboios é privatizado e operado por várias empresas em franquias e concessões, enquanto a Network Rail mantém as linhas e algumas infra-estruturas.


Com agência Lusa

QUANDO OS PORCOS VIRARAM ALMIRANTES



 


Humor de Américo Tomás
Américo Tomás não foi um simples amanuense da ditadura, foi um dos mais sinistros salazaristas. Hoje, repetir algumas frases dos seus famosos discursos, de improviso, é uma oportunidade de nos rirmos de um troglodita velhaco e burro:
“Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso, mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados...”
“A minha boa vontade não tem felizmente limites. Só uma coisa não poderei fazer: o impossível. E tenho verdadeiramente pena de ele não estar ao meu alcance.”
“Neste almoço ouvi vários discursos, que o Governador Civil intitulou de simples brindes. Peço desculpa, mas foram autênticos discursos.”
“A Aeronáutica, como várias vezes disse, é um complemento da navegação marítima, pois com o progresso da técnica e a rapidez da vida de hoje, era necessário por vezes chegar mais depressa”
“O caminho certo é o que Portugal está seguindo; e mesmo que assim não fosse não há motivo para nos arrependermos ou para arripiar caminho” [1964]
“Eu devo dizer que as incompreensões e as críticas – e quando me refiro ás críticas refiro-me àquelas que não são procedentes – umas e outras não interessam absolutamente nada. Nós, os bons portugueses, devemo-las esquecer sempre”
“… há na ONU quem não simpatize connosco. É pena. Mas o mais necessário, o que verdadeiramente importa, é que os portugueses simpatizem consigo próprios e uns com os outros …” [1964]
“Começo por dar uma explicação a V. Exas e a todas as restantes pessoas presentes neste jantar – explicação relativa à demora havida entre o discurso de V. Exa e as palavras que vou proferir. Essa demora é fácil de explicar. È que tomei, em tempos, o compromisso de só brindar com vinho do Porto.
A explicação como disse, é bem simples”
“Agradeço-lhe muito, senhor presidente, a entrega que me fez do diploma de Presidente Honorário desta Associação. Foi, segundo ouvi dizer, uma resolução por aclamação. Assim teria de ser, porque o Chefe do Estado terá de estar igualmente em todos os corações” [1964]
“Deixemos o modo como o mundo está vivendo e olhemos apenas para a forma como vivemos, e teremos a consolação de nos podermos considerar um verdadeiro óasis, no meio da perturbação geral”
“Lembrei-me de andar ainda mais para trás, de recuar outros 40 anos e então vi que 40 anos antes de 1924 caía no reinado do sr. D. Luís. Vejam V. Exas que os 40 anos vividos ultimamente foram bem diversos daqueles vividos antes de 1924”
“É necessário que o coração se dilate durante o tempo em que se vive, para tantas emoções necessariamente caberem nele. Creio ter felizmente o coração já bem dilatado para poder guardar as emoções que tenho sentido”
“Completam-se agora mais precisamente cinco dias desde que aqui cheguei. Foi pena que não tivesse vindo mais cedo para usufruir a consolação que levo agora”
“Perfeito só Cristo. O Homem fará o melhor que pode no sentido de se aproximar dessa perfeição. Mas pode estar certo de que nunca a atingirá”
«O Sr. Prof. Oliveira Salazar, ao longo de mais de trinta anos, é uma vida inteiramente sacrificada em proveito do país, e desconhecendo completamente todos os prazeres da vida, é um homem excecional que não aparece, infelizmente, ao menos, uma vez em cada século, mas aparece raramente ao longo de todos os séculos.»
«Eu prolongo no tempo esse anseio de V.Ex.ª e permito-me dizer que o meu anseio é maior ainda. Ele consiste em que, mesmo para além da morte, nós possamos viver eternamente na terra portuguesa, porque se nós, para além da morte vivermos sempre sobre a terra portuguesa, isso significa que Portugal será eterno, como eterno é o sono da morte.»
«Pedi desculpa ao Sr. Eng.º Machado Vaz por fazer essa retificação. Mas não havia razão para o fazer porque, na realidade, o Sr. Eng.º Machado Vaz referiu-se à altura do início do funcionamento dessa barragem e eu referi-me, afinal, à data da inauguração oficial. Ambas as datas estavam certas. E eu peço, agora, desculpa de ter pedido desculpa da outra vez ao Sr. Eng.º Machado Vaz.»
"Esta é a primeira vez que cá estou, depois da última vez que cá estive."
“Hoje visitei todos os pavilhões, se não contar com os que não visitei.”
"Perante o calor humano que rodeou esta minha visita tenho apenas um adjetivo: Gostei!"

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Lucro da Brisa cresce 76,4% para 91,8 milhões até junho


 

 Lucro da Brisa cresce 76,4% para 91,8 milhões até junho

Resultado líquido ficou acima do obtido no mesmo período de 2021. Receitas com as portagens aumentaram 31% para 287,3 milhões de euros.

O resultado líquido da Brisa Concessão Rodoviária aumentou 76,4% para 91,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, acima dos lucros obtidos no mesmo período do ano passado. Em comunicado enviado esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a concessionária informa ainda que o EBITDA subiu 40% para 231,9 milhões de euros. O tráfego ainda se encontra 2,9% abaixo do primeiro semestre de 2019.

O lucro da empresa foi superior aos 52 milhões de euros registados entre janeiro e junho de 2021 e acima dos 34,5 milhões de euros registados no mesmo período de 2019. O EBITDA subiu 38,8% para 231,9 milhões de euros, enquanto os custos operacionais cresceram 8,9% para 70,6 milhões.

Nesse período, o tráfego médio diário subiu 31,3% para 19.259 veículos por dia face ao primeiro semestre de 2021. “Esta comparação beneficiou do baixo volume de tráfego verificado no ano passado como resultado das várias restrições à mobilidade que se encontravam em vigor na altura, nomeadamente o segundo lockdown que foi imposto no primeiro trimestre ou as restrições às viagens na Páscoa e feriados no segundo trimestre”.


Apesar disso, o tráfego médio diário continua 2,9% abaixo do mesmo período de 2019. Os primeiros seis meses do ano caracterizaram-se pela “redução nas restrições à circulação de pessoas e bens, impostas como consequência da pandemia. Mantém-se, contudo, um elevado nível de incerteza associado ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia e aos impactos negativos que este conflito está a provocar na economia global”.

Entre janeiro e junho, as receitas com as portagens aumentaram 31,1% para 287,3 milhões de euros, enquanto as receitas obtidas nas áreas de serviço cresceram 22,9% para 12,2 milhões de euros. A A1 concentrou 45% do total de tráfego, seguida da A2 (17%) e A3 (10%).

A 31 de dezembro de 2021, a Brisa registava uma dívida líquida nominal de 1.536 milhões de euros, menos 1,6% face a dezembro de 2021.

(Notícia atualizada às 19h03 com mais informação)

Portugal | Bancos livraram-se de mais de 3000 trabalhadores entre 2020 e 2021


O Banco de Portugal informou esta quinta-feira que as instituições bancárias que operam em Portugal «reduziram» mais de 3000 trabalhadores e fecharam acima de 350 agências nos últimos dois anos. 

Segundo o Banco de Portugal (BdP), em 2021 havia um total de 58 859 trabalhadores nos bancos que operam em Portugal (considerando a actividade interna e externa), menos 3027 do que em 2020 e o número mais baixo desde o início da série, em 1990.

Em Portugal trabalhavam 43 726 pessoas em 2021, menos 2163 do que os 45 889 de 2020 e também o número mais baixo desde o início da série. O valor mais alto foi atingido em 1995, com 61 885 trabalhadores. À actividade externa dos bancos estavam afectos 15 133 trabalhadores no ano passado, contra 15 997 no ano anterior. É o valor mais baixo desde 2005.

Em termos de agências no nosso país, os bancos tinham 3530 em 2021, menos 297 do que as 3827 que existiam em 2020 e o valor mais baixo desde 1993 (ano em que havia 3129 agências). O maior número de balcões em Portugal foi atingido em 2010, com 6453 balcões.

Segundo o BdP, os dados hoje publicados revelam «um reforço das alterações ocorridas nas últimas duas décadas», destacando o recurso aos meios electrónicos para a realização de transacções bancárias.

Certo é que tanto os despedimentos como o encerramento de agências, que nalguns casos deixaram a população sem serviços bancários no raio de alguns quilómetros, impulsionaram os lucros registados pela banca nos últimos dois anos. A receita completa-se com a precariedade, como se denunciou no Santander Totta, em 2021, acusado de recorrer a trabalho temporário para substituir trabalhadores despedidos, e foram 1175 os que saíram do banco, m 2021. Esta quinta-feira, o Santander Totta anunciou lucros de 241,3 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma subida de 196,5% face a igual período de 2021. Ontem, foi a vez de o BCP anunciar lucros de 74,5 milhões de euros no primeiro semestre, multiplicando por mais de seis o resultado obtido no período homólogo.

AbrilAbril | Lusa

Ler em AbrilAbril:

Lucros do BPI disparam 180% com despedimentos e fecho de balcões

SINTAB denuncia violação de direitos laborais de imigrantes na Cabeça Gorda.


 

CGTP INTERSINDICAL


    O SINTAB – Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, alertou em comunicado para as “constantes violações aos direitos laborais dos trabalhadores Imigrantes nos campos do Alentejo”.

    Segundo denunciou o SINTAB, em nota de imprensa, o mais recente caso envolve 28 imigrantes oriundos de Timor-Leste na localidade da Cabeça Gorda.

    De acordo com o sindicato, “a maioria destes trabalhadores  entram em Portugal através de redes de angariadores de mão de obra, por meio da obtenção de vistos turísticos e até de forma ilegal, na esperança da obtenção de um contrato de trabalho digno”, numa pratica “ financeiramente muito rentável e com pouca fiscalização por parte das entidades competentes”.

    O SINTAB refere ainda que em conjunto com a CGTP-IN, “tem vindo a denunciar estas situações, que são agravadas pela falta de legislação laboral que proteja os trabalhadores, como é exemplo do Contrato Coletivo de Trabalho da Agricultura de Beja, que não é negociado desde 2011, onde os baixos salários, a precariedade, a desregulação dos horários de trabalho, e o atropelo dos direitos continuam a ser problemas que afetam gravemente os trabalhadores deste sector”.

    As explicações são de Francisco Franco, dirigente do SINTAB, que fala num grupo de trabalhadores “aliciados” por uma empresa de trabalho temporário, que não receberam qualquer vencimento, e que foram expulsos da habitação onde residiam, na passada terça-feira, tendo ficado alojados temporariamente na Casa do Povo da Cabeça Gorda.

    Francisco Franco diz tratar-se de uma situação “recorrente” nos campos do Alentejo, desde Odemira a Beja, e defende mais direitos para estes trabalhadores.


    SOM ÁUDIO





    Francisco Franco

    https://radiovidigueira.pt/sintab-

    quinta-feira, 28 de julho de 2022

    As negociações de revisão da tabela salarial da OGMA foram concluídas no passado dia 21




















    ACTUALIZAÇÃO SALARIAL

    As negociações de revisão da tabela salarial da OGMA foram concluídas no passado dia 21, após uma reunião extra, que não estava inicialmente agendada. O calendário destas reuniões chegou a prever uma interrupção das negociações durante o período de férias e o seu reatamento no final de Agosto. Contudo, o incêndio que destruiu o edifício dos Tratamentos Electrolíticos no início do corrente mês veio colocar uma urgência adicional na conclusão destes trabalhos. A interrupção, ainda que temporária, do importante trabalho prestado no edifício dos Tratamentos Electrolíticos é, para nós, razão de preocupação, pelo potencial que tem de disrupção nas cadeias produtivas da OGMA. Não pudemos deixar de ter este elemento em conta, no contexto da possibilidade de uma rápida conclusão das negociações salariais.

    Na reunião de 21 de Julho, foi alcançado um acordo, ao qual o STEFFAs deu o seu aval, que contempla:

    - Actualização de todos os níveis da tabela salarial em 2,0%, com efeitos a 01/06/2022; - Actualização de todos os níveis da tabela salarial em 3,5%, com efeitos a 01/01/2023; - Extinção dos níveis 10 e 11 da tabela salarial, com efeitos a 01/01/2023.

    É certo que no capítulo da actualização da tabela salarial ficámos aquém daquilo que constava no caderno reivindicativo, mas não podemos deixar de valorizar o crescimento, que irá ocorrer nos próximo seis meses, de todos os salários na OGMA em 5,5%.

    Quanto à extinção dos níveis 10 e 11 da tabela (uma proposta do STEFFAs aprovada em plenário de trabalhadores e agora aceite pela empresa), trata-se de uma vitória muito importante na luta por um modelo de melhores salários na OGMA. Com a eliminação dos dois níveis mais baixos, em 01/01/2023, o salário mínimo de admissão na empresa sofrerá um significativo impulso, passando de 752 € (valor do actual nível 10) para cerca de 890 € (valor do nível 12 após as actualizações de 2,0% + 3,5%).

    Este aumento (cerca de 138 €) faz, finalmente, o salário mínimo na OGMA descolar do Salário Mínimo Nacional, de forma visível, colocando-o também acima do patamar dos 850 €, o que configura para nós o conquistar de importantes reivindicações. As várias dezenas de trabalhadores colocados no nível 11, os que têm os salários mais baixos na empresa (actualmente não há trabalhadores no nível 10), terão, com o reposicionamento no nível 12 e as actualizações, um aumento de cerca de 95 €, o que é para nós motivo de congratulação. Mas a importância desta medida vai bem mais além, pois com ela criam-se melhores condições para atrair, motivar e fixar futuros trabalhadores na empresa.

    O STEFFAs aproveita para desejar boas férias a todos os trabalhadores e suas famílias e, para os que já estão de volta, um bom regresso ao serviço.

    Fonte: STEFFAs

    terça-feira, 26 de julho de 2022

    CHEGA DE DESINFORMAÇÃO

     


    Na passada quinta-feira, André Ventura voltou à carga com o discurso anti-imigração: «é o venham de qualquer maneira, venham que nós temos cá subsídios para vos dar enquanto não temos para dar aos que cá precisam, verdadeiramente, de subsídios. (...) Venham cobrar que salários venham, venham haja emprego ou não haja, que a economia portuguesa está cá para vos sustentar. Triste país este, que não consegue sustentar os seus, mas quer sustentar com subsídios os que vêm de fora». Só que não:


    Como o Chega insiste, apostando em falsas perceções do senso comum, importa repor a verdade dos factos: o volume de contribuições dos imigrantes para a Segurança Social tem superado sempre, e muito, o valor que estes recebem em prestações sociais. Ou seja, os imigrantes são contribuintes líquidos do sistema e não uma espécie de «recebedores de subsídios», como Ventura quer fazer crer.

    Mais: ao serem contribuintes líquidos da Segurança Social, os imigrantes contribuem positivamente para a sustentabilidade do sistema de pensões e o financiamento do sistema de proteção social que a todos beneficia. Razão pela qual, aliás, importa assegurar aos imigrantes condições de trabalho digno, garantindo «regulação, negociação coletiva e fiscalização das condições de trabalho», como sublinhou recentemente Manuel Carvalho da Silva.



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