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«A situação de salários em atraso, que já se arrasta há mais de um ano com promessas sucessivas da administração nunca cumpridas, é o que motivou os trabalhadores a tomarem esta decisão», informou o Sindicato da Hotelaria do Algarve (CGTP-IN).
Enquanto o plenário estava a decorrer, revela a estrutura sindical em comunicado, «os trabalhadores foram confrontados três vezes com a acção intimidatória do director do hotel, do director de reservas e do director-geral, que chegaram a ameaçar o delegado sindical» e que «iriam chamar as autoridades».
Perante estas «atitudes ilegais, persecutórias e antidemocráticas», os trabalhadores «reagiram com coragem e determinação em lutar pelos seus direitos», sublinha o texto.
Tendo em conta estas atitudes e o «histórico deste processo de luta», a organização sindical decidiu que irá convocar os trabalhadores para um plenário, dia 15 de abril, para proceder à avaliação da situação.
Além da greve, os trabalhadores decidiram igualmente, no plenário realizado dia 31 de Março, levar a cabo, num dos três dias de paralisação, uma concentração no Hotel Penina, em Alvor (Portimão).
No comunicado, o Sindicato da Hotelaria do Algarve saúda os trabalhadores por, «mesmo com a presença intimidatória da direcção, terem tido a coragem para tomar esta decisão», apelando ainda a todos os trabalhadores do grupo JJW Hotels & Resorts para que se unam e adiram «a esta importante e justa acção de luta pelo pagamento dos seus salários e subsídios».
O grupo hoteleiro internacional de luxo JJW Hotels & Resorts detém, no Algarve, o Hotel Penina & Golf Resort (Alvor, Portimão), o Hotel Dona Filipa (Vale de Lobo, Loulé), o Hotel Formosa Park (Ancão, Loulé) e os campos de golfe de San Lorenzo e Pinheiros Altos (Quinta do Lago, Loulé).
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