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quarta-feira, 28 de julho de 2021

A VIDA QUOTIDIANA NA CIDADE MAIS FRIA DO PLANETA

 

Aqui no MDig gostamos muito de assombrar-nos com recordes, casos extremos e situações limite; por isso e aproveitando que estamos em pleno inverno, é bom ver este vídeo do youtuber Ruhi Çenet gravado para um documentário que está preparando. Trata-se de uma revisão de como é a vida na cidade mais fria do planeta. Esse lugar é Iacútia, na Sibéria mais profunda,. Um lugar simplesmente inóspito para a vida humana, ainda que vivem ali umas 300.000 pessoas.


A vida cotidiana na cidade mais fria do planeta

Ao longo do vídeo o narrador mostra várias temperaturas do lugar: -47 °C um dos dias de gravação, -50 °C... O recorde histórico de -72,2 °C, a temperatura mínima registrada em uma cidade. Uma nativa explica que para eles um "pouco de frio" do estilo -20 ou -30 °C é normal; que -40 °C já começa a ficar frio e de -45 °C a -50 °C é muito frio.

O ambiente é seco, com uma umidade baixíssima e com essas temperaturas é difícil respirar. Não dá para ficar ao ar livre sem proteção mais de 5 minutos e muitas atividades cotidianas são impossíveis ou quando menos complicadas. Ademais no inverno só há 9 horas de luz ao dia; tão só no verão chega aos 19 ou 20°C, ainda que nos últimos dias tenhas alcançado mais de 45°C devido as queimadas que ardem na região faz semanas.


ATENÇÃO O VÍDEO ABAIXO TEM TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS - VEJA COMO TRADUZIR





Estas são algumas das coisas incríveis que ocorrem ali:

  • As pessoas não podem usar óculos de metal, porque ele cola na pele devido ao frio e depois não dá ara tirar sem levar junto um bom naco de carne.
  • Todo o solo está congelado até uns 30 ou 35 metros de profundidade; as casas são construídas sobre pilares e como o gelo às vezes se move os edifícios se movem também de um ano para outro.
  • Os carros não podem ser usados durante 6 ou 7 meses ao ano porque se congelam sob a neve e o gelo. 
  • Quem os guarda em garagens com calefação podem fazê-los circular, mas deixam ligados quando estacionam na rua –inclusive horas– sem ninguém dentro.
  • Dirigir fora da cidade é brincar com a morte, pois se o veículo morrer, o ocupante não conseguir consertá-lo em 30 minutos e não há cobertura de telefonia, morre como um picolé.
  • As pessoas usam muitas camadas de roupa e ainda assim é normal sofrer congelamento ou queimaduras nas relhas ou dedos, às vezes há que amputá-los, por exemplo, por tirar as luvas para gravar um vídeo; o autor do vídeo faz isso um par de vezes, ainda que sem consequências tão graves.
  • Os mortos não podem ser enterrado, porque o solo está congelado. Alternativamente incineram os corpos durante 2 ou 3 dias e depois enterram os restos. Há cadáveres enterrados faz um ou dois séculos que parecem recém falecidos. Além disso também é possível encontrar pela região mamutes perfeitamente conservados ou fósseis de dinossauros.
  • Quanto aos animais há cães (do tipo muito peludo), mas não gatos, que morrem; também não cavalos e vacas, ainda que costumam passar todo o dia nos estábulos.
  • Os moradores, lógico, nem sabem o que é geladeira: colocam as coisas em sacos e penduram nas janelas. No mercado, o pescado, que é basicamente o que comem, porque não há agricultura nem pecuária, é vendido totalmente congelado e dura dias e dias; basta deixar ao ar livre.
  • Muitos gadgets eletrônicos não funcionam porque estão fora das faixas de temperatura de funcionamento: devido ao frio extremo às vezes não funcionam corretamente as câmeras, os microfones ou os telefones móveis.

Em fim, só de ver as imagens do local a gente sente o nariz gelado. É incrível que as pessoas vivam ali como se tal frio fosse suportável. Mas como diz uma nativa:

- "É algo ao qual a gente acostuma se nasceu aqui".

www.mdig.com.br

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