A falta de tecnologia, faz com que as profissões artesanais, em alguns países, seja totalmente primitiva através do uso de ferramentas rudimentares. Ainda assim o resultado do trabalho poder ser tão bom, ou inclusive melhor, quanto aqueles que usam máquinas e ferramentas de última geração. Isto pode ser basicamente verificado na profissão milenar de produzir artefatos de cerâmica utilizando a roda de oleiro. Hoje em dia esta rodas sã impulsionadas por motores ou pedaleiras, mas nem sempre foi assim. |
Nas primeiras rodas o movimento era feito pela perna do oleiro que ia sendo jogada contra a roda. Evidentemente que este impulso não permitia criar grandes peças, pois o segredo para criar artefatos maiores reside na velocidade da roda. Assim, os oleiros que podiam se permitir, tinham um "empurrador" de rodas; os que não, ficavam limitados no tamanho dos artefatos.
Até que um dia alguém percebeu que podia usar o momento de inércia a seu favor, aumentando o peso e o raio da roda, com um bom impulso, a roda giraria mais tempo. Isto pode ser visto logo no vídeo abaixo que mostra um talentoso oleiro indiano usando uma destas rodas pesadas, para fabricar potes e jarros, que infelizmente não permite trabalhar sentado (ai minha coluna!).
Esse é mais um daqueles casos de "injustiça digital". O vídeo já foi visto mais de 24 milhões de vezes e, provavelmente, nem um único centavo irá para essa pessoa. De fato, ele nem deve saber que está fazendo tanto sucesso na rede, porque nem sabe o que é Internet.
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