01 de Junho de 1926 : Nasce em Los Angeles, Norma Jeane Mortensen, Marilyn Monroe
Norma Jeane Mortenson, o nome verdadeiro de Marilyn Monroe, foi encontrada sem vida aos 36 anos na cama da sua casa em Brentwood, um bairro de elite de Los Angeles, no dia 5 de agosto de 1962.
As entidades oficiais divulgaram que a causa da morte foi uma 'overdose' por ingestão de medicamentos, mas cinco décadas depois o acontecimento continua a gerar controvérsia e inúmeras teorias de conspiração.
Recentemente, a agência norte-americana Associated Press (AP), por ocasião do 50.º aniversário da morte da atriz e ao abrigo da lei da liberdade de informação, contactou o Federal Bureau of Investigation (FBI), a polícia federal norte-americana, para ter acesso a todos os ficheiros relacionados com Marilyn Monroe.
Nove meses depois, e após vários pedidos e apelos, a AP relatou que os ficheiros originais relacionados com Monroe já não estão na posse do FBI.
A agência noticiosa avançou ainda que o Arquivo Nacional - o destino normal deste tipo de documentos -, também não está na posse dos ficheiros.
Uma versão mais recente dos ficheiros, alvo de uma profunda revisão, está disponível no site do FBI, numa área intitulada "The Vault", onde a organização publica regularmente documentos relacionados com casos emblemáticos.
Os primeiros ficheiros relacionados com Monroe remontam a 1955 e a maioria está focada nas viagens e nos relacionamentos da atriz, incluindo o casamento com o dramaturgo Arthur Miller, procurando sinais de uma eventual ligação a ideais comunistas.
Os ficheiros continuam até alguns meses antes da morte da estrela norte-americana que terá mantido relações, até hoje não esclarecidas, com o então Presidente norte-americano John F.Kennedy e com seu irmão Robert.
Na memória universal ficará para sempre o famoso "Happy Birthday Mr.President", canção que a atriz dedicou a John Kennedy a 12 de maio de 1962.
Norma Jeane nasceu no dia 01 de junho de 1926 no Los Angeles County Hospital, tendo vivido parte da infância em orfanatos. Aos 16 anos, casou-se pela primeira vez com James Dougherty.
Em 1945, um fotógrafo captou a imagem de uma morena deslumbrante e, em poucos meses, despertou a atenção das revistas e conseguiu um teste para cinema na 20th Century Fox. Em finais de 1946, Norma Jeane transforma-se em Marilyn Monroe e adotava a sua imagem de marca: o loiro platinado.
Depois do divórcio com James Dougherty, a atriz casou-se pela segunda vez com o então famoso ex-jogador de basebol Joe Di Maggio.
"Os Homens Preferem as Louras" (1953), "O Pecado Mora ao Lado" (1955) e "Quanto Mais Quente Melhor" (1959) são os seus filmes mais emblemáticos.
Cinco décadas depois, a atriz continua a ter fãs em todo o mundo e os seus objetos pessoais são adquiridos por vários milhões.
Em 2011, o esvoaçante vestido branco que a atriz usou no filme "O Pecado Mora ao Lado" foi vendido por 4,6 milhões de dólares (3,7 milhões de euros) em Los Angeles. Ainda no mesmo ano, um outro vestido que usou no 'western' "Rio sem Regresso" (1954) foi adquirido por 516.600 dólares (423 milhões de euros) em Macau.
super.abril.com.br
Marilyn Monroe: suicídio ou assassinato?
TEORIA: Marilyn Monroe foi eliminada
OBJETIVO: Preservar a família Kennedy e a segurança nacional dos EUA
Na noite de 4 de agosto de 1962, um sábado, Marilyn Monroe entrou em coma por causa de uma overdose de soníferos. A atriz de 36 anos jamais acordaria de novo. As investigações concluíram que a morte de Marilyn – a mulher que nasceu Norma Jeane Mortenson e se tornou um dos maiores mitos do cinema americano – ocorreu por um provável suicídio. O caso parecia encerrado, já que não era segredo para ninguém que Marilyn sofria de depressão, havia tentado se matar pelo menos quatro vezes e se tratava com o psiquiatra Ralph Greenson.
Seu médico até havia contratado uma governanta, Eunice Murray, para morar com a atriz e monitorar o uso de medicamentos. Mas o desaparecimento de objetos, como um diário, e depoimentos controversos de pessoas que tiveram contato com a loira pouco antes de sua morte, entre outros detalhes, levam muitos a acreditar, até hoje, na hipótese de assassinato.
Por quê? Talvez porque ela tenha se envolvido demais com o poder americano da época: dois de seus amantes eram os irmãos John F. Kennedy, casado e presidente dos Estados Unidos, e Robert Kennedy, procurador-geral do país. Os suspeitos variam conforme o narrador, mas sempre giram em torno de CIA, FBI, Máfia e, principalmente, do poderoso clã Kennedy.
Na versão oficial, o corpo foi encontrado por Eunice e Greenson. Marilyn estava nua, de bruços e pernas estendidas sobre a cama, coberta por um lençol e com a cabeça sobre o travesseiro. Na mão direita, o telefone. Não havia bilhete de despedida, apenas um frasco de soníferos vazio e um disco de Frank Sinatra rodando na vitrola. Dentro de uma agenda havia um bilhete para o ex-marido Joe DiMaggio, jogador de beisebol com quem planejava reatar: “Querido Joe. Se ao menos eu puder fazê-lo feliz, terei conseguido o que há de maior e mais difícil, ou seja, fazer uma pessoa completamente feliz.
A sua felicidade é a minha…”.
Tudo pareceu muito estranho para Jack Clemmons, o primeiro policial a chegar ao local, por volta das 5h do domingo. Ele sabia que uma overdose daquelas causaria convulsões e vômitos. O policial não encontrou nenhum copo no quarto. Teria Marilyn engolido 40 comprimidos a seco? E a que horas a haviam encontrado morta?
Na primeira versão, por volta da meia-noite, mas Eunice e Greenson só chamaram a polícia às 4h25 porque queriam comunicar o fato à 20th Century Fox. Em outro depoimento, Eunice disse ter acordado às 3h, visto uma luz debaixo da porta trancada e então chamado Greenson. Ao chegar, o psiquiatra teria arrombado a porta e encontrado sua paciente morta, às 3h50. Até morrer, em 1988, Clemmons repetiu a quem quisesse ouvir que a cena havia sido montada.
Na autópsia, o legista Theodore Curphey concluiu que Marilyn fora vítima de overdose num provável suicídio. Mais tarde, vieram à tona detalhes dos exames e, com eles, pistas de acobertamento de alguém ou de algo. Que a atriz tinha drogas no sangue e no fígado e nenhuma marca de picada, isso era verdade. Mas não engolira de uma única vez os 40 comprimidos do frasco de fenobarbital receitado pelo psiquiatra, pois seu estômago não tinha sinais da tinta amarela das cápsulas.
O cólon, no entanto, apresentava alterações e restos de hidrato de cloral, outro sonífero, o que indicava a introdução da substância pelo reto, com supositório ou seringa. O laudo indicou que foram administradas doses capazes de matar 15 pessoas. Quando os legistas pediram mais análises, todas as amostras de tecidos haviam sumido. A polícia também não achou o tal diário. Nas suas páginas, dizem, estariam segredos de Estado confidenciados na cama por John e Bobby Kennedy no auge da Guerra Fria – como um suposto plano da CIA para eliminar Fidel Castro.
Entre a eleição de John para a Presidência, em 1960, e a morte da atriz, eles foram vistos em público cinco vezes. Primeiro, durante a campanha presidencial. A segunda foi em Los Angeles, em festa na mansão do ator Peter Lawford, cunhado de JFK, em outubro de 1961. Pouco depois, dividiram holofotes num banquete em Manhattan. Os últimos encontros foram na residência de um amigo em Palm Springs, em março de 1962, quando a dupla escancarou o affair diante de convidados, e, em maio, no jantar de 45 anos do presidente, no Madison Square Garden, em Nova York.
Na ocasião, a loira apresentou a mais sensual performance da canção “Happy Birthday”. Pat Kennedy, esposa de Lawford, revelaria 22 anos após o incidente que seu irmão e a atriz transaram várias vezes num dos banheiros da sua casa. Mas, preocupado com as ligações insistentes para a Casa Branca, o presidente decidiu passá-la aos poucos para o irmão. Marilyn topou. Só não gostou de ser descartada pelos dois ao mesmo tempo e, quando isso aconteceu, virou uma fera e ameaçou fazer escândalo. Entre junho e agosto de 1962, a musa falava em revelar as infidelidades de John, comprometendo também a promissora carreira política de Bobby e a própria segurança nacional.
Anos depois da morte de Marilyn, um dos empregados da atriz, Norman Jeffries, genro da governanta Eunice, contou que, entre 21h30 e 22h do fatídico sábado, Bobby e dois homens entraram na casa e os puseram para fora. Jeffries e Eunice esperaram o trio sair, o que aconteceu por volta das 22h30. Ao retornar, Jeffries teria visto Marilyn deitada de bruços, nua e segurando um telefone. A sogra teria chamado uma ambulância e o psiquiatra Greenson. Ken Hunter, motorista da ambulância, confirmou a chamada, mas a atriz – disse – estava em coma. Ainda segundo Hunter, ela teria morrido no caminho para o Hospital Santa Mônica. Elizabeth Pollard, vizinha de Marilyn, afirma ter dito à polícia que viu Bobby Kennedy e dois homens se aproximarem da casa entre 18h e 19h do sábado. Um carregava uma mala preta parecida com as dos médicos.
Uma semana antes de morrer, Marilyn aceitou o convite de Frank Sinatra para ir ao hotel e cassino Cal-Neva, em Nevada, então administrado pelo astro. O local era o point de mafiosos e políticos de alto escalão. Para convencer a atriz, Sinatra disse que os dois conversariam sobre um novo filme. Ela também ouviu que Bobby Kennedy estaria lá, então embarcou no jatinho com o casal Pat Kennedy e Petter Lawford. Mas Bobby não foi.
O que se sabe é que Sinatra, Pat, Lawford e Marilyn jantaram com Sam Giancana, o grande chefão de Chicago, e que Joe DiMaggio estava no resort. Bêbada, a atriz foi levada para um dos bangalôs e estuprada por garotos de programa, enquanto Sinatra e Giancana assistiam à cena, que foi fotografada. Sinatra entregou o filme comprometedor ao fotógrafo Billy Woodfeld, em Hollywood. Quando ela recobrou a consciência, Lawford lhe disse que nem JFK nem Bobby queriam vê-la novamente. E a informou sobre as fotos da noite anterior, que seriam divulgadas caso Marilyn resistisse. Naquele fim de semana, ela tomou uma overdose, mas sobreviveu. Morreria no sábado seguinte. DiMaggio cuidou do funeral e proibiu a entrada de Sinatra, dos Kennedy e de seus agregados. Durante 20 anos, o ex-marido não deixou faltarem rosas vermelhas no túmulo da atriz.
Alguns biógrafos de Marilyn Monroe acreditam que a tragédia não passou de acidente. Greenson ou Eunice, ou ambos, teriam errado na dose dos remédios para pôr a estrela para dormir. De acordo com uma das versões, a atriz teria tomado as cápsulas de sonífero durante o dia. Mais tarde, sem saber disso, o médico – ou a empregada – teria introduzido o sedativo pelo ânus da atriz, o que teria resultado na overdose e no coma.
Desesperado, Greenson teria chamado a ambulância. Com a morte, a dupla teria levado o corpo de volta à casa e montado a cena. Depois, Jeffries teria inventado a história de Bobby Kennedy para proteger a sogra, que nunca conseguia repetir a mesma versão nos depoimentos. Em 1982, o caso do suposto suicídio foi reexaminado, mas as autoridades julgaram perda de tempo retomá-lo por falta de provas. Oficialmente, a culpa foi da própria Marilyn.
TEORIA: Marilyn Monroe foi eliminada
OBJETIVO: Preservar a família Kennedy e a segurança nacional dos EUA
Na noite de 4 de agosto de 1962, um sábado, Marilyn Monroe entrou em coma por causa de uma overdose de soníferos. A atriz de 36 anos jamais acordaria de novo. As investigações concluíram que a morte de Marilyn – a mulher que nasceu Norma Jeane Mortenson e se tornou um dos maiores mitos do cinema americano – ocorreu por um provável suicídio. O caso parecia encerrado, já que não era segredo para ninguém que Marilyn sofria de depressão, havia tentado se matar pelo menos quatro vezes e se tratava com o psiquiatra Ralph Greenson.
Seu médico até havia contratado uma governanta, Eunice Murray, para morar com a atriz e monitorar o uso de medicamentos. Mas o desaparecimento de objetos, como um diário, e depoimentos controversos de pessoas que tiveram contato com a loira pouco antes de sua morte, entre outros detalhes, levam muitos a acreditar, até hoje, na hipótese de assassinato.
Por quê? Talvez porque ela tenha se envolvido demais com o poder americano da época: dois de seus amantes eram os irmãos John F. Kennedy, casado e presidente dos Estados Unidos, e Robert Kennedy, procurador-geral do país. Os suspeitos variam conforme o narrador, mas sempre giram em torno de CIA, FBI, Máfia e, principalmente, do poderoso clã Kennedy.
Na versão oficial, o corpo foi encontrado por Eunice e Greenson. Marilyn estava nua, de bruços e pernas estendidas sobre a cama, coberta por um lençol e com a cabeça sobre o travesseiro. Na mão direita, o telefone. Não havia bilhete de despedida, apenas um frasco de soníferos vazio e um disco de Frank Sinatra rodando na vitrola. Dentro de uma agenda havia um bilhete para o ex-marido Joe DiMaggio, jogador de beisebol com quem planejava reatar: “Querido Joe. Se ao menos eu puder fazê-lo feliz, terei conseguido o que há de maior e mais difícil, ou seja, fazer uma pessoa completamente feliz.
A sua felicidade é a minha…”.
Tudo pareceu muito estranho para Jack Clemmons, o primeiro policial a chegar ao local, por volta das 5h do domingo. Ele sabia que uma overdose daquelas causaria convulsões e vômitos. O policial não encontrou nenhum copo no quarto. Teria Marilyn engolido 40 comprimidos a seco? E a que horas a haviam encontrado morta?
Na primeira versão, por volta da meia-noite, mas Eunice e Greenson só chamaram a polícia às 4h25 porque queriam comunicar o fato à 20th Century Fox. Em outro depoimento, Eunice disse ter acordado às 3h, visto uma luz debaixo da porta trancada e então chamado Greenson. Ao chegar, o psiquiatra teria arrombado a porta e encontrado sua paciente morta, às 3h50. Até morrer, em 1988, Clemmons repetiu a quem quisesse ouvir que a cena havia sido montada.
Na autópsia, o legista Theodore Curphey concluiu que Marilyn fora vítima de overdose num provável suicídio. Mais tarde, vieram à tona detalhes dos exames e, com eles, pistas de acobertamento de alguém ou de algo. Que a atriz tinha drogas no sangue e no fígado e nenhuma marca de picada, isso era verdade. Mas não engolira de uma única vez os 40 comprimidos do frasco de fenobarbital receitado pelo psiquiatra, pois seu estômago não tinha sinais da tinta amarela das cápsulas.
O cólon, no entanto, apresentava alterações e restos de hidrato de cloral, outro sonífero, o que indicava a introdução da substância pelo reto, com supositório ou seringa. O laudo indicou que foram administradas doses capazes de matar 15 pessoas. Quando os legistas pediram mais análises, todas as amostras de tecidos haviam sumido. A polícia também não achou o tal diário. Nas suas páginas, dizem, estariam segredos de Estado confidenciados na cama por John e Bobby Kennedy no auge da Guerra Fria – como um suposto plano da CIA para eliminar Fidel Castro.
Entre a eleição de John para a Presidência, em 1960, e a morte da atriz, eles foram vistos em público cinco vezes. Primeiro, durante a campanha presidencial. A segunda foi em Los Angeles, em festa na mansão do ator Peter Lawford, cunhado de JFK, em outubro de 1961. Pouco depois, dividiram holofotes num banquete em Manhattan. Os últimos encontros foram na residência de um amigo em Palm Springs, em março de 1962, quando a dupla escancarou o affair diante de convidados, e, em maio, no jantar de 45 anos do presidente, no Madison Square Garden, em Nova York.
Na ocasião, a loira apresentou a mais sensual performance da canção “Happy Birthday”. Pat Kennedy, esposa de Lawford, revelaria 22 anos após o incidente que seu irmão e a atriz transaram várias vezes num dos banheiros da sua casa. Mas, preocupado com as ligações insistentes para a Casa Branca, o presidente decidiu passá-la aos poucos para o irmão. Marilyn topou. Só não gostou de ser descartada pelos dois ao mesmo tempo e, quando isso aconteceu, virou uma fera e ameaçou fazer escândalo. Entre junho e agosto de 1962, a musa falava em revelar as infidelidades de John, comprometendo também a promissora carreira política de Bobby e a própria segurança nacional.
Anos depois da morte de Marilyn, um dos empregados da atriz, Norman Jeffries, genro da governanta Eunice, contou que, entre 21h30 e 22h do fatídico sábado, Bobby e dois homens entraram na casa e os puseram para fora. Jeffries e Eunice esperaram o trio sair, o que aconteceu por volta das 22h30. Ao retornar, Jeffries teria visto Marilyn deitada de bruços, nua e segurando um telefone. A sogra teria chamado uma ambulância e o psiquiatra Greenson. Ken Hunter, motorista da ambulância, confirmou a chamada, mas a atriz – disse – estava em coma. Ainda segundo Hunter, ela teria morrido no caminho para o Hospital Santa Mônica. Elizabeth Pollard, vizinha de Marilyn, afirma ter dito à polícia que viu Bobby Kennedy e dois homens se aproximarem da casa entre 18h e 19h do sábado. Um carregava uma mala preta parecida com as dos médicos.
Uma semana antes de morrer, Marilyn aceitou o convite de Frank Sinatra para ir ao hotel e cassino Cal-Neva, em Nevada, então administrado pelo astro. O local era o point de mafiosos e políticos de alto escalão. Para convencer a atriz, Sinatra disse que os dois conversariam sobre um novo filme. Ela também ouviu que Bobby Kennedy estaria lá, então embarcou no jatinho com o casal Pat Kennedy e Petter Lawford. Mas Bobby não foi.
O que se sabe é que Sinatra, Pat, Lawford e Marilyn jantaram com Sam Giancana, o grande chefão de Chicago, e que Joe DiMaggio estava no resort. Bêbada, a atriz foi levada para um dos bangalôs e estuprada por garotos de programa, enquanto Sinatra e Giancana assistiam à cena, que foi fotografada. Sinatra entregou o filme comprometedor ao fotógrafo Billy Woodfeld, em Hollywood. Quando ela recobrou a consciência, Lawford lhe disse que nem JFK nem Bobby queriam vê-la novamente. E a informou sobre as fotos da noite anterior, que seriam divulgadas caso Marilyn resistisse. Naquele fim de semana, ela tomou uma overdose, mas sobreviveu. Morreria no sábado seguinte. DiMaggio cuidou do funeral e proibiu a entrada de Sinatra, dos Kennedy e de seus agregados. Durante 20 anos, o ex-marido não deixou faltarem rosas vermelhas no túmulo da atriz.
Alguns biógrafos de Marilyn Monroe acreditam que a tragédia não passou de acidente. Greenson ou Eunice, ou ambos, teriam errado na dose dos remédios para pôr a estrela para dormir. De acordo com uma das versões, a atriz teria tomado as cápsulas de sonífero durante o dia. Mais tarde, sem saber disso, o médico – ou a empregada – teria introduzido o sedativo pelo ânus da atriz, o que teria resultado na overdose e no coma.
Desesperado, Greenson teria chamado a ambulância. Com a morte, a dupla teria levado o corpo de volta à casa e montado a cena. Depois, Jeffries teria inventado a história de Bobby Kennedy para proteger a sogra, que nunca conseguia repetir a mesma versão nos depoimentos. Em 1982, o caso do suposto suicídio foi reexaminado, mas as autoridades julgaram perda de tempo retomá-lo por falta de provas. Oficialmente, a culpa foi da própria Marilyn.
05 de Agosto de 1962: A actriz Marilyn Monroe é encontrada morta, em casa, em Los Angeles
As entidades oficiais divulgaram que a causa da morte foi uma 'overdose' por ingestão de medicamentos, mas cinco décadas depois o acontecimento continua a gerar controvérsia e inúmeras teorias de conspiração.
Recentemente, a agência norte-americana Associated Press (AP), por ocasião do 50.º aniversário da morte da atriz e ao abrigo da lei da liberdade de informação, contactou o Federal Bureau of Investigation (FBI), a polícia federal norte-americana, para ter acesso a todos os ficheiros relacionados com Marilyn Monroe.
Nove meses depois, e após vários pedidos e apelos, a AP relatou que os ficheiros originais relacionados com Monroe já não estão na posse do FBI.
A agência noticiosa avançou ainda que o Arquivo Nacional - o destino normal deste tipo de documentos -, também não está na posse dos ficheiros.
Uma versão mais recente dos ficheiros, alvo de uma profunda revisão, está disponível no site do FBI, numa área intitulada "The Vault", onde a organização publica regularmente documentos relacionados com casos emblemáticos.
Os primeiros ficheiros relacionados com Monroe remontam a 1955 e a maioria está focada nas viagens e nos relacionamentos da atriz, incluindo o casamento com o dramaturgo Arthur Miller, procurando sinais de uma eventual ligação a ideais comunistas.
Os ficheiros continuam até alguns meses antes da morte da estrela norte-americana que terá mantido relações, até hoje não esclarecidas, com o então Presidente norte-americano John F.Kennedy e com seu irmão Robert.
Norma Jeane nasceu no dia 01 de junho de 1926 no Los Angeles County Hospital, tendo vivido parte da infância em orfanatos. Aos 16 anos, casou-se pela primeira vez com James Dougherty.
Em 1945, um fotógrafo captou a imagem de uma morena deslumbrante e, em poucos meses, despertou a atenção das revistas e conseguiu um teste para cinema na 20th Century Fox. Em finais de 1946, Norma Jeane transforma-se em Marilyn Monroe e adotava a sua imagem de marca: o loiro platinado.
Depois do divórcio com James Dougherty, a atriz casou-se pela segunda vez com o então famoso ex-jogador de basebol Joe Di Maggio.
"Os Homens Preferem as Louras" (1953), "O Pecado Mora ao Lado" (1955) e "Quanto Mais Quente Melhor" (1959) são os seus filmes mais emblemáticos.
VÍDEOS
John Fitzgerald Kennedy, o 35º presidente dos Estados Unidos. Um mito pop que se desmanchou à medida que seus segredos se tornaram conhecidos
John Fitzgerald Kennedy (1917-1963) passou à história popular como o presidente que encarna o ideal norte-americano. Jovem, bonito, charmoso, enérgico, firme em suas convicções, dialogante e progressista. Primeiro católico que chegou ao Salão Oval, o líder que enfrentou a URSS na crise dos mísseis e cuja determinação levou o homem à Lua. O homem empenhado em renovar e rejuvenescer a democracia de seu país e que, com sua mulher, a bela e inteligente Jackie Kennedy, transformou a Casa Branca em uma nova Camelot. Seu assassinato, em 22 de novembro de 1963, pelo disparo de Lee Harvey Oswald, em Dallas, fez dele um mártir pop como Che, Marilyn Monroe e James Dean.
Garry Wills argumenta que JFK não era o verdadeiro autor do livro com o qual levou um Pulitzer, mas, sim, Theodore Sorenson e Jules Davids (professor de história de Jackie Kennedy em Georgetown) e que a obra foi paga por Joe Kennedy, obcecado em aumentar o prestígio intelectual de seu herdeiro
E depois, as teses de conspiração sobre sua morte, convertidas quase em certezas por Oliver Stone no filme JFK (1992), fizeram com que todo o mundo conhecesse a teoria da bala mágica. Esse filme tornou o promotor Jim Garrison, interpretado por Kevin Costner, o paradigma do homem incorruptível em busca da verdade diante de um aparato estatal corrupto. Kennedy fora um mártir, um bom rei assassinado pelos esgotos do Estado e da máfia, que, diziam, ele havia enfrentado.
Ao longo dos anos, porém, o mito JFK mostrou suas fraquezas e contradições. Um bom punhado de obras, de memórias de colaboradores a sérias investigações históricas, revelaram essa face sombria. Estas são algumas dessas descobertas.
Foi um produto de marketing
JFK não surgiu do nada. Para muitos, era um produto criado por seu pai, Joseph P. Kennedy, um magnata que ocupou cargos importantes no Governo dos EUA. O fundador do clã tem uma biografia cheia de pontos obscuros, como revelado por The Patriach, uma monumental obra biográfica de 800 páginas assinada por David Nasaw e publicada em 2012.
Nascido em 1888, em uma família de imigrantes católicos irlandeses, Joseph P. Kennedy era, escreve Nasaw, “um homem de talentos ilimitados, charme magnético, energia implacável e ambição desenfreada”. Educado em Harvard, “lutou para abrir portas que estavam fechadas para ele [como um católico irlandês] e, depois de forçar a entrada, ele se recusou a cumprir as regras”. Por exemplo, em Wall Street, onde ganhou uma fortuna antes de completar 40 anos, riqueza que aplanou o caminho de seu filho para a Casa Branca.
Como primeiro presidente da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), de Roosevelt, ele se esforçou para regular o mercado, para que outros não pudessem se valer dos mesmos truques e buracos de que ele se aproveitara para enriquecer. Cometeu grandes erros de cálculo. Por exemplo: estava convencido de que a vitória nazista era inevitável, que a democracia nas Ilhas Britânicas estava acabada e que era necessário pactuar com Hitler. Após a morte do primogênito na Segunda Guerra Mundial, passou a ter como obsessão levar seu segundo filho, John Fitzgerald, à presidência.
A compra de primárias e convite a uma menor para ir a seu quarto
Em Uma Vida Inacabada: John F. Kennedy, 1917-1963, publicado em 2003, o autor, Robert Dallek, revelou em detalhes como John Fitzgerald Kennedy comprou as primárias da Virgínia Ocidental em 1960. Dallek introduz um JFK que durante essa mesma campanha de 1960, na qual seu pai gastou milhões, parecia não dar importância ao resultado. Por exemplo: arriscou tudo ao convidar uma líder de torcida menor de idade a ir a seu quarto de hotel.
Ganhou um Pulitzer por um livro que não escreveu
Em 1957, como senador por Massachusetts, Kennedy publicou Profiles in Courage, um livro de perfis de oito senadores norte-americanos que ganhou o Pulitzer de melhor biografia. Em The Kennedy Imprisonment: A Meditation on Power (1982), Garry Wills argumenta que JFK não era o verdadeiro autor, mas, sim, Theodore Sorenson e Jules Davids (professor de história de Jackie Kennedy em Georgetown), e que o livro foi pago por Joe Kennedy, obcecado em aumentar o prestígio intelectual de seu herdeiro.
Falsificou suas origens
Kennedy nasceu em uma cidade da Grande Boston, Brookline, Massachusetts, em 1917, e foi senador desse Estado de 1952 até ser eleito presidente em 1961. Os Kennedy sempre se venderam como católicos irlandeses de Boston. Algo irreal, de acordo com o livro de Willis: “Os pais de Kennedy se mudaram de Brookline para Nova York em 1926, quando ele tinha nove anos. Ali cresceu, ali foi para a escola. Quando decidiu concorrer ao Congresso em 1946, não morava em Boston fazia 20 anos. Teve que alugar quartos no Hotel Bellevue para ser sua residência oficial. Um amigo de Kennedy expressou claramente: ‘Jack Kennedy era um estranho em Boston, tinha vivido desde jovem em Nova York e em Hyannis Port, em Cape Cod.”
Era mulherengo e organizava festas com prostitutas
Um dos livros mais controversos sobre JFK é O Lado Negro de Camelot, do jornalista investigativo Seymour M. Hersh. Nele, quatro agentes aposentados do Serviço Secreto falam sobre farras presidenciais que ocorriam, dizem, quase diariamente. De acordo com o livro, prostitutas e amigas de JFK se divertiam em festas na piscina da Casa Branca, enquanto os policiais vigiavam qualquer sinal de que Jacqueline Kennedy estivesse por perto. A libido descontrolada de JFK, diz Hersh, fez dele uma vítima de doenças venéreas e um alvo fácil de chantagem. No entanto, e apesar da crença popular, não foi possível provar que JFK ou seu irmão tiveram um caso com Marilyn Monroe.
Conexões com a máfia
Seymour M. Hersh, que ganhou o Pulitzer por um livro sobre o massacre de My Lai, diz que em 1960, para conduzir seu filho à Presidência, Joseph P. Kennedy (pai de JFK) realizou uma reunião secreta com o gângster de Chicago Sam Giancana. O patriarca da família prometeu uma Casa Branca que faria vista grossa para suas atividades se os sindicatos liderados pela máfia providenciassem força e dinheiro para a candidatura de Kennedy. Esse acordo, diz Hersh, inclinou a balança para os votos eleitorais decisivos em Illinois.
Seu papel na Baía dos Porcos
Kennedy apoiou um plano da CIA para matar Fidel Castro pouco antes da invasão de Cuba em 1961 por uma brigada de exilados cubanos na Baía dos Porcos. Quando a tentativa de assassinato fracassou, JFK decidiu bloquear o apoio aéreo que havia prometido aos exilados cubanos e que era crucial para o sucesso do desembarque. Eles, sem saber disso, continuaram com seu plano. Hersh afirma que a decisão de JFK foi para eles “uma sentença de morte”.
Estava obcecado em matar Fidel Castro
Uma última declaração de Hersh. Kennedy e seu irmão Robert, o secretário da Justiça, constantemente pediam à CIA que assassinasse Fidel Castro. Hersh cita Samuel Halpern, um ex-membro da CIA. especializado em operações clandestinas: “Você não sabe o que é pressão até ter esses dois filhos da puta em cima de você. Sentíamos que estávamos fazendo coisas em Cuba por causa de uma vendetta familiar e não pelo bem dos Estados Unidos”.
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