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Em entrevista exclusiva à TSF, Pinto da Costa fala de fair play financeiro, da boa relação que tem com Rui Costa e do sonho de voltar a ser campeão europeu.
O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, falou do novo líder do Benfica em entrevista exclusiva à TSF e, quando foi confrontado com a pergunta sobre se gostava de ter uma boa relação com Rui Costa, o líder dos dragões garantiu que essa ligação já existe.
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"Eu tenho, conheço o Rui Costa há muitos anos. Mesmo nos tempos mais difíceis de relacionamento entre Porto e Benfica sempre me dei com o Rui Costa com conhecimento do presidente Luís Filipe Vieira, com quem não falei durante muito tempo. Ele sabia e achava bem que nos continuássemos a falar porque nos conhecíamos e nunca tivemos nenhum problema um com o outro. Se o FC Porto e o Benfica se entenderem é mau. Quando se fez uma tentativa, liderada pelo Luís Filipe Vieira, as televisões caíram em cima dos encontros no Rei dos Leitões e parecia que era um crime os presidentes estarem a entender-se e a falar. O que compreendo porque quando acabaram as guerras todos ficaram felizes, só os fabricantes de armamento é que não gostaram", explicou Pinto da Costa.
Rui Costa sucede no Benfica ao longo reinado de Luís Filipe Vieira, que está como arguido no processo Cartão Vermelho, mas Pinto da Costa não quis revelar se ainda mantém contacto com o antigo líder das águias.
"Posso falar com o Luís Filipe Vieira quando quiser porque não tenho nenhum problema nem nenhum de nós está inibido de falar com o outro. Agora não vou estar a divulgar com quem falo ou deixo de falar, como compreenderá", respondeu o presidente do FC Porto.
Sobre a relação entre presidentes dos clubes e profissionais de futebol, Pinto da Costa recordou um período onde muita coisa funcionou e sem necessidade de intermediários.
"Ando no futebol há quase 50 anos, que fui diretor do futebol em 1970 e poucos e o período melhor de entendimento foi quando havia o chamado Clube dos Presidentes, em que nos reuníamos todos os meses, rodando os sítios, e se discutiam os assuntos, combinavam-se as coisas sem serem precisas ligas, federações nem nada disso. Foi o período mais pacífico entre os clubes, que se respeitavam", recordou.
Para chegar à presidência de um grande clube não é preciso ter sido jogador de futebol, defende Pinto da Costa. Na opinião do presidente do FC Porto, a competência é sempre o mais importante.
"Será bom ter ex-jogadores tal como será bom ter ex-banqueiros ou bancários ou ex-médicos. Será bom em qualquer circunstância se forem capazes de dirigir o clube. O facto de ter sido jogador não garante nada, mas há naturalmente antigos jogadores nos clubes que são capazes de dirigir qualquer interesse e o futebol neste momento, em certo sentido, é uma empresa, embora tendo objetivos diferentes das normais. Não é só o lucro, são vitórias. Tenho mais ex-jogadores na direção do que o Vítor Baía. Tenho o Fernando Gomes, um antigo jogador de hóquei, o Vítor Hugo, dos melhores jogadores do mundo. O facto de serem antigos atletas não têm garantia, mas quando têm qualidade são capazes de dirigir em qualquer situação e em qualquer empresa", acrescentou Pinto da Costa.
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