Abílio Fernandes, antigo presidente da Câmara Municipal de Évora, espera que o Executivo esteja aberto a incluir as propostas consideradas essenciais pelo PCP no Orçamento do Estado para 2022.
O antigo autarca de Évora, o comunista Abílio Fernandes, acredita que a aprovação do Orçamento do Estado de 2022 (OE2022) está dependente de o Governo satisfazer as reivindicações do Partido Comunista Português (PCP).
SOM ÁUDIO
O documento com a proposta do Executivo para o Orçamento de 2022 foi entregue na segunda-feira e apresentado publicamente na terça. Mas os dois partidos à esquerda do Governo já vieram publicamente declarar que, se não houver alterações de modo a incluir as medidas que consideram essenciais, não votarão a favor. A votação na generalidade acontece no dia 27 deste mês de outubro e a votação final global será a 25 de novembro.
Entrevistado, esta manhã, na TSF, Abílio Fernandes confessou-se "inquieto" com a antecipação das negociações entre o Executivo de António Costa e o PCP.
"Depende tudo das negociações, se avançam, ou não, de forma a satisfazer as reivindicações concretas, e até algumas genéricas, que o Partido Comunista faz ao Governo", declarou o ex-autarca.
"Tudo está dependente desse momento e eu próprio estou inquieto, a ver se o Governo aceita ou não aceita as propostas fundamentais que [o PCP] está a fazer. Espero que sim", admitiu.
Atualmente reformado, Abílio Fernandes foi presidente da Câmara de Évora durante 25 anos, entre 1976 e 2001, sempre eleito pelo PCP. Natural de Moçambique, é licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras de Lisboa.
O antigo autarca recebe, esta quinta-feira, o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Évora e, a propósito deste acontecimento, o jornalista Fernando Alves esteve à conversa, na Manhã TSF, com o próprio Abílio Fernandes e com Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora.
SOM ÁUDIO
Sem comentários:
Enviar um comentário