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quarta-feira, 5 de maio de 2021

Agricultor arrasta acidentalmente a fronteira entre a Bélgica e França


 tvi24.iol.pt


A fronteira entre a França e Bélgica foi alterada acidentalmente por um agricultor que encontrou uma pedra que marca a fronteira num local "inconveniente para passar com o seu trator" e decidiu mudá-la de lugar. Sem saber, o homem acabou por acrescentar mil metros quadrados ao seu país.

Um historiador amador passeava pela floresta, perto da vila de Erquelinnes, quando reparou que a pedra que marca a divisão do território entre os dois países tinha sido movida 2.29 metros. Inconscientemente o agricultor tinha acabado por tornar a Bélgica maior e França mais pequena.

Na prática o agricultor poderia ser acusado criminalmente por ter interferido com as marcações definidas, que remontam a pouco tempo depois da derrota de Napoleão em Waterloo, mas as autoridades de ambos os países estão a encarar a situação com sorrisos.

A fronteira entre a Bélgica e França tem mais de 620 quilómetros, assinalados por marcadores de pedra com mais de 200 anos. A fronteira foi estabelecida com o tratado de Kortrijk, em 1820, pouco depois da queda do imperador francês Napoleão.

O autarca de Erquelinnes, David Lavoux, já veio a público desvalorizar a importância política do incidente e reforçar que a solução para este problema será amigável.

Não temos interesse em expandir a nossa vila ou o nosso país.

 

Ele [o agricultor] fez a Bélgica maior e a França mais pequena. Não é uma boa ideia”, afirmou Lavoux ao canal francês TF1.

Quanto à localização precisa dos marcadores, o autarca explica que em 2019, durante o 200.º aniversário da fronteira, as pedras foram geo-localizadas “de forma muito precisa”.

O incidente de estar resolvido amanhã, estamos prestes a descobrir a pessoas que alterou a localização da pedra, para podermos evitar problemas. Eu ainda tenho de idenficar quem é o proprietário do terreno”, afirmou.

Também as autoridades francesas desvalorizaram a situação, através do autarca da cidade vizinha, que realçou as boas relações entre os dois países e a confiança que tem no seu homólogo belga em resolver adequadamente a situação.

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