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O plano para renovar as ambulâncias foi suspenso já no ano passado.
O INEM suspendeu a renovação da frota de ambulâncias ao serviço dos bombeiros.
O Jornal de Notícias avança que a Covid-19 obrigou o INEM a canalizar verbas para a luta contra a pandemia, provocando um rombo de 90 milhões de euros nas contas do Instituto Nacional de Emergência Médica.
O plano para renovar as ambulâncias foi suspenso já no ano passado, e 150 corporações de bombeiros que esperavam uma nova ambulância ficam sem saber quando é que o plano poderá ser retomado.
O INEM explica ao Jornal de Notícias que os investimentos tiveram de ser recalendarizados, porque o Instituto foi chamado a contribuir para o combate à Covid-19.
Cerca de 90 milhões de euros, acumulados nos últimos anos, foram canalizados para ajudar o SNS, na compra de ventiladores e equipamentos de proteção.
A fatia maior, mais de 67 milhões de euros, foi para a Direção-Geral da Saúde.
Já 19 milhões tiveram como destino a Administração central do sistema de saúde e mais três milhões e 700 mil euros foram para o Instituto Ricardo Jorge.
Com o plano suspenso, o INEM garante que está a fazer todos os esforços para que as novas ambulâncias cheguem o mais depressa possível, mas não se compromete com uma data. Nem dá qualquer garantia que isso possa acontecer ainda este ano.
O plano para renovar as ambulâncias começou em 2017 e prevê a substituição de todas as 341 ambulâncias, ao serviço dos bombeiros, em cinco anos, um prazo que pode, agora, estar comprometido.
Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, considera injusta a inaceitável a suspensão das novas ambulâncias e exige soluções ao Governo.
"Nós nao vamos calar-nos perante esta injustiça, porque se o INEM teve gastos de 90 milhões, os bombeiros portugueses não tiveram menos. O Governo, se não tem, invente. O Ministério das Finanças deve, de uma vez por todas, fazer opções corretas, concretas", sustenta.
Jaime Marta Soares afirma que os bombeiros não podem continuar a ser o parente pobre e que a ministra da Saúde tem de dar resposta às reivindicações.
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