As ações que decorreram por todo o Brasil neste sábado, 29 de maio, foram convocadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, foram a imagem da indignação do povo brasileiro face ao reacionário Bolsonaro e ao seu Governo.
O Brasil de Fato salienta que as ruas foram ocupadas pela iniciativa dos movimentos populares, para denunciar “a escalada do negacionismo do governo federal e o descaso com a saúde da população”, e destaca que os protestos pressionaram os deputados pela “apreciação urgente dos pedidos de impeachment contra Bolsonaro, que estão ‘encalhados’ na Câmara dos Deputados”.
A Revista Fórum refere que o #29M teve a participação de partidos de esquerda, sindicatos, “entidades estudantis, quilombolas, indígenas, movimentos sociais de trabalhadores do campo e torcidas organizadas de times de futebol”.
Apenas em Recife, capital de Pernambuco, houve repressão violenta da Polícia Militar, que usou tiros de bala de borracha e spray de pimenta. Pelo menos, três pessoas ficaram feridas, entre elas a vereadora do Recife Liana Cirne (PT).
Veja abaixo vídeo, em que a coordenadora-geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo pede uma salva de palmas para todos os trabalhadores essenciais - do transporte, da saúde, da limpeza.
No final do protesto, em São Paulo, Guilherme Boulos, discursou e declarou: “Não vamos esperar sentados até 2022”!
Cresce a disposição para a luta
Estes foram os maiores protestos, desde o Tsunami da Educação em maio de 2019, destaca o Esquerda Online, referindo que havia “muitos rostos jovens nas manifestações”, mulheres e homens que já tomaram as duas doses da vacina, trabalhadores do setor público e privado, estudantes e reformados, “profissionais da linha de frente, como enfermeiras, médicos e trabalhadores do transporte, e também artistas, professores e operários”.
Na análise, o Esquerda Online lembra que no atual contexto de pandemia, “o ideal seria ninguém sair às ruas para protestar”, porém, sublinha, o Brasil não vive uma situação normal: “Estamos em um país presidido por um genocida, que sabotou a compra de vacinas e segue atuando deliberadamente — por meio do negacionismo e do boicote às medidas de distanciamento — ampliar ao máximo o contágio pela covid”.
“O país está à beira da terceira onda da covid, e milhares de brasileiros, sobretudo trabalhadores negros e pobres, moradores das periferias brasileiras, seguem morrendo todos os dias em hospitais superlotados ou em casa, onde a panela está vazia e segue apontando a bala da polícia”, destaca ainda.
Considerando que apesar da gravidade da situação e os crimes cometidos pelo Presidente e pelo Governo, o órgão aponta que “o 29M não foi um dia de protesto de massas, como ocorre em manifestações com milhões ou centenas de milhares” e sublinha que, no entanto muita gente foi às ruas o que “ demonstra que está crescendo a disposição para a luta”.
Veja abaixo, mais imagens e vídeos dos protestos do 29M em São Paulo. Fotos de vídeos dos protestos noutras cidades podem ser vistos em: https://twitter.com/MidiaNINJA e https://twitter.com/mtst
VÍDEO
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