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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Líder metropolitano do Porto pede ao Governo que decrete estado de emergência e defende recolher obrigatório

 

O presidente da mesa da assembleia geral e presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues


Eduardo Vítor Rodrigues diz que alerta de Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos, para a necessidade de medidas mais restritivas foi uma pedrada no charco. Autarca de Gaia diz que só com passagem ao estado de emergência se pode impor recolher obrigatório, fecho de escolas durante 15 dias, restrição de horários na restauração ou equipas em espelho na administração local

Opresidente da Câmara de Gaia e líder da Área Metropolitana do Porto (AMP) defende que está na hora de o Governo decretar estado de emergência para que os autarcas do Grande Porto possam tomar medidas mais restritivas para estancar o surto na região, “antes que seja tarde demais”. Eduardo Vítor Rodrigues afirma que a posição de Luísa Salgueiro, que preconizou regras mais apertadas para Matosinhos, como o encerramentos dos centros comerciais às 21 horas, foi uma pedrada no charco, mas numa região com movimentos pendulares de pessoas entre concelhos "não faz sentido tomar medidas avulsas”.

Para o autarca socialista, o ponto de partida para travar o surto é o estado de emergência, de forma a que os municípios possam de forma articulada impor regras como o recolher obrigatório a partir das 23 horas ou meia noite. 

“Esta medida permitiria acabar com um foco de risco comum a todos os concelhos, que é o ajuntamento de jovens após o jantar”, diz Eduardo Vítor Rodrigues, que lembra que quaisquer restrições que venham a ser tomadas agora só terão consequências visíveis daqui a semana e meia, razão que sustenta que é preciso atuar já “antes que seja tarde demais”.

O líder da AMP avança que com este pedido ao Governo os autarcas da região não estão a fazer prova de vida, mas a advertir para um cenário preocupante e que pode levar ao colapso dos profissionais de saúde e à saturação, “se é que já não estão em exaustão”. O edil pede por isso ao Governo que reúna com os autarcas, “que são quem melhor conhece os problemas no terreno”, antevendo desde já o fecho das escolas do Ensino Básico, Secundário e universidades e o ensino à distância na região durante 15 dias.

Outras das medidas que defende para estancar a epidemia é o desfasamento de horários nas empresas para evitar a concentração nos transportes públicos, bem como o trabalho de equipas em espelho nos serviços públicos da administração local. 


O autarca diz ainda que é preciso rever a estratégia de comunicação da tutela, referindo que os dados de infeções devem ser disponibilizados diariamente online, havendo depois uma conferência de imprensa semanal e presencial da Direção-Geral da Saúde com jornalistas.




expresso.pt

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