Nesta altura do ano letivo há cerca de 400 horários de professores por preencher nas escolas portuguesas, de acordo com dados da Federação Nacional de Professores, citados pelo “Jornal de Notícias”.
Destes, 42 são horários completos e 253 têm mais de oito horas - ou seja, não tiveram candidatos ou foram recusados duas vezes nas reservas de recrutamento do Estado.
A maioria das vagas são em Lisboa (181), Setúbal (77), Faro (34) e Porto (22), sendo que as disciplinas mais necessitadas são Língua Portuguesa, Inglês, Geografia e Física e Química, detalha o “JN”.
Os professores apontam como causas para a rejeição de horários o facto de não ser possível viver deslocado e pagar despesas com os salários auferidos, sobretudo em zonas com custos habitacionais elevados, como Lisboa.
Segundo explica o "JN", os incentivos à fixação de professores estavam previstos no Orçamento do Estado de 2020, mas não avançaram e, para já, não constam da proposta de orçamento do Governo para 2021.
Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores (ANDAEP), defende que as escolas passem a ter autonomia para contratar professores internamente nos concursos que não sejam logo preenchidos, como forma de acelerar o processo. No entanto, a medida é apenas “para dar fôlego, já que o incêndio, que é fenomenal em Lisboa, está a alastrar-se a outras regiões.” Realça também a importância dos incentivos, que Manuel Pereira, da Associação Nacional de Directores Escolares, defende que sejam criados a nível autárquico.
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