O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o governo sobre o funcionamento do estacionamento no hospital de Braga. Em causa está a obrigatoriedade de pagamento por utentes e profissionais e publicitação do espaço direcionada para turistas
No documento entregue na Assembleia da República, o deputado e a deputada eleitos pelo circulo eleitoral de Braga, José Maria Cardoso e Alexandra Vieira, perguntaram ao Ministério da Saúde se este pretende encontrar soluções gratuitas para estacionamento pelos utentes e profissionais e se, em conjunto com as autoridades municipais de transporte, está disponível para reforçar a oferta de transportes públicos de ligação ao Hospital.
Os bloquistas afirmam que “o Hospital de Braga encontra-se fora do perímetro urbano da cidade de Braga e sendo o estabelecimento hospital de referência para a população dos distritos de Braga e Viana do Castelo, a população da maioria dos concelhos é obrigada à utilização do automóvel individual, visto que a rede de transportes públicos nestes distritos é deficitária e os preços dos bilhetes são caros”.
“Apesar de não haver alternativas de estacionamento nas imediações, atendendo ao local remoto onde foi construído o novo Hospital, os profissionais que lá trabalham são obrigados a pagar uma avença de 38 ou 48 euros por mês, para estacionamento exterior ou coberto, respetivamente”, referem os deputados.
Os bloquistas pretendem ainda saber se o governo “considera aceitável que o parque de estacionamento de um hospital público esteja a ser promovido para utilização por turistas, com a possibilidade de ser preenchido por utilizadores exteriores ao Hospital, impedindo o estacionamento aos utentes”, criticando a informação disponível no sítio da empresa Saba Portugal, que promove o estacionamento a pessoas que estejam de visita à zona norte da cidade de Braga.
“O Bloco de Esquerda entende que os utilizadores do Hospital de Braga, quer utentes quer profissionais, deveriam poder utilizar o estacionamento de forma gratuita, uma vez que as taxas pagas pelos utentes para recorrer àqueles serviços já representam custos muito elevados nos orçamentos familiares”, concluem.
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