Com Flor Pedroso de saída, José Fragoso assume os comandos da informação da RTP, recuperando metade da direção anterior.
Em sete anos, seis diretores de informação.
É este o cartão de apresentação da RTP que agora tenta colocar alguma tranquilidade na empresa. Para o efeito, foi buscar o seu diretor de programas que acumulará o cargo com a informação. Mas José Fragoso procurou na composição da sua equipa agradar a gregos e troianos. Por isso, reconduziu metade da equipa liderada até segunda-feira por Maria Flor Pedroso, que apresentou a demissão depois de ser acusada pela equipa do Sexta às 9 de ter boicotado uma reportagem, de ter adiado outra e de desvalorizar uma terceira.
Para completar o ramalhete foi buscar Carlos Daniel à delegação do Porto, um nome que chegou a ser noticiado como diretor de informação antes de Flor Pedroso ter sido nomeada. Na altura, como agora, houve muita guerrilha política à volta da direção do canal público.
E não foi por acaso que o Conselho Geral Independente (CGI) disse um dia antes da indigitação de Fragoso esperar «que o Conselho de Administração possa propor, com celeridade e no interesse da empresa, uma nova Direção de Informação que mantenha, no essencial, a orientação que a anterior Direção vinha a seguir, a qual correspondeu ao modelo de serviço público definido pela Lei da Televisão».
E não foi por acaso que o Conselho Geral Independente (CGI) disse um dia antes da indigitação de Fragoso esperar «que o Conselho de Administração possa propor, com celeridade e no interesse da empresa, uma nova Direção de Informação que mantenha, no essencial, a orientação que a anterior Direção vinha a seguir, a qual correspondeu ao modelo de serviço público definido pela Lei da Televisão».
Resumindo, que siga a linha editorial de Flor Pedroso.
Antes da luz verde para a indigitação de José Fragoso, houve um debate no Parlamento onde a ministra da Cultura acusou o PSD de querer criar «um clima de instabilidade na RTP» para possibilitar a privatização do canal público. Os sociais democratas não se ficaram e responderam que o Governo fugiu da polémica para não se chamuscar e que o PSD não quer «conviver com a suspeita de interferência política ilegítima na comunicação social, muito menos na estação pública».
Voltando à nova equipa diretiva, além de Carlos Daniel, Fragoso convidou Adília Godinho e ainda António José Teixeira, que transita da equipa da agora ex-diretora de informação.
Quem também transitou da equipa de Maria Flor Pedroso foi Joana Garcia, Rui Romano e Hugo Gilberto, que serão subdiretores de informação. Segundo alguns meios de comunicação social, Flor Pedroso vai regressar à Antena 1, não se sabendo o futuro de Cândida Pinto e Helena Garrido, ex-diretoras-adjuntas de informação.
O Conselho de Administração garantiu que «irá proceder às formalidades legais com vista à entrada em funções da nova equipa». Isto porque a Entidade Reguladora para a Comunicação Social terá de dar o seu parecer.
Plenário arrasou Flor Pedroso e Cândida Pinto
Na segunda-feira, depois da demissão de Flor Pedroso, os jornalistas reuniram-se em plenário e e condenaram o comportamento da diretora: lamentamos a «violação dos deveres deontológicos dos jornalistas e de lealdade para com a redação por parte da diretora de informação demissionária, no decorrer da investigação do chamado ‘Caso ISCEM’». No comunicado, os jornalistas condenaram também o comportamento de Cândida Pinto.
Na segunda-feira, depois da demissão de Flor Pedroso, os jornalistas reuniram-se em plenário e e condenaram o comportamento da diretora: lamentamos a «violação dos deveres deontológicos dos jornalistas e de lealdade para com a redação por parte da diretora de informação demissionária, no decorrer da investigação do chamado ‘Caso ISCEM’». No comunicado, os jornalistas condenaram também o comportamento de Cândida Pinto.
sol.sapo.pt
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