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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

A ORIGEM DOS NOMES DOS MESES


Resultado de imagem para OS MESES DO ANO



Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano em períodos nomeados de acordo com seus deuses. 

Os romanos adaptaram essa estrutura. De acordo com alguns pensadores, como Plutarco (45-125), no princípio dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius (março). 

Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa Pompilho, o segundo rei de Roma, que governou por volta de 700 a.C.


Os romanos não davam nome apenas para os meses, mas também para alguns dias especiais. O primeiro  de cada mês se chamava Calendae e significava “dia de pagar as contas” – daí a origem da palavra calendário, “livro de contas”. Idus marcava o meio  do mês, e Nonae correspondia ao nono dia antes de Idus. 



Janeiro: Januarius era uma homenagem ao deus Jano, o senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão. Seu nome vem daí: ianitor quer dizer porteiro, aquele que comanda as portas dos ciclos de tempo.


Fevereiro: O nome se referia a um rito de purificação que em latim se chamava februa. Logo, Februarius era o mês de realizar essa cerimónia. Nesse período, os romanos faziam oferendas e sacrifícios de animais aos deuses do panteão, para que a primavera vindoura trouxesse bonança.
Porque 28 dias?

Até 27 a.C., fevereiro tinha 29 dias. Quando o Senado criou o mês de agosto para homenagear Augusto, surgiu um problema: julho, o mês de Júlio César, tinha 31 dias, e o do Imperador só 30. Então o Senado tirou mais um dia de fevereiro.


Março: Dedicado a Marte, o deus da guerra
A homenagem, porém, tinha outra motivação, bem menos beligerante. Como Marte também regia a geração da vida. Martius era o mês da semeadura nos campos.


Abril: Pode ter surgido para celebrar a deusa do amor, Vénus. No primeiro dia do mês, as mulheres dançavam com coroas de flores. Outra hipótese é a de que Aprillis tenha se originado de aperio,  “abrir” em latim. Seria a época do desabrochar da primavera.


Maio: Homenagem a Maia, uma das deusas da primavera. Seu filho era o deus Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. Por esse motivo segundo escreveu Ovídio na obra Fastos. Maius era chamado de “o mês do conhecimento”.


Junho: Faz alusão a Juno, a esposa de Júpiter. Se havia uma entidade poderosa no panteão romano, era ela, a guardiã do casamento e do bem-estar de todas as mulheres.



Julho: Chamava-se  Quinctilis e era simplesmente o nome do quinto mês do antigo calendário romano. Até que, em 44 a.C, o Senado romano mudou o nome para Julius, em homenagem a Júlio César.


Agosto: Antes era Sextilis, “o sexto mês”. 
De acordo com o historiador Suetônio, o nome Augustus foi adoptado em 27 a.C., em homenagem ao primeiro imperador romano. César Augusto (63 a.C.-14 d.C.).


Setembro a Dezembro: para os últimos quatro meses do ano, a explicação é simples: setembro vem de Septem, que em latim significa “sete”. Era, portanto, o sétimo mês do calendário antigo. 

A mesma lógica se repete até o fim do ano. Outubro veio de October (oitavo mes, de octo), novembro de November (nono mês, de novem, e data do Ludi Plebeil, um festival em homenagem a Júpiter) e dezembro de December (décimo mês, de decem).
Ano Bissexto

Dia extra a cada quatro anos corrige distorção:


Ao adoptar o calendário solar, em 44 a.C.,  Júlio César criou o ano de 365 dias e um quarto. Por causa dessa diferença a cada quatro anos era necessário actualizar as horas acumuladas com um dia extra. 

O problema do calendário juliano é que, na verdade, um ano tem 11 minutos e 14 segundos  menos do que se estimava. 

Por isso, em 1582, o papa Gregório XIII (1502-1585) anulou dez dias do calendário e determinou que, dos anos terminados em 00, só seriam bissextos os divisíveis por 400. 

E o nome  “bisexto” tem uma explicação curiosa: em Roma celebrava-se o dia extra no sexto dia de março, que era contado duas vezes.



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