O número de portugueses a viver lá fora que preferiu regressar ao país de origem com a ajuda do Estado duplicou no primeiro semestre de 2020 em relação ao período homólogo do ano passado, de acordo com dados oficiais.
Os emigrantes recorrem a ajudas do Estado para regressar quando têm dificuldades financeiras para voltar, por expulsão ou por razões médicas que coloquem em perigo a própria vida e que não consigam ser resolvidas ou tratadas no local.
No primeiro semestre deste ano, foram feitos 118 pedidos de repatriação, dos quais 83 “através de verbas adiantadas pelo Estado português”, adiantou o gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes. No mesmo período de 2019, foram feitas apenas 33 repatriações.
Com estas repatriações, o Estado português gastou este ano mais 49.224 euros do que nos primeiros seis meses do ano que passou, totalizando para já 69.688 euros.
Por causa da pandemia, 5.215 emigrantes portugueses de 70 países receberam ainda apoio do Estado para voltarem em voos comerciais ou de repatriamento no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Destes, 63% vieram de África e 14% da Ásia.
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