A taxa de ocupação das unidades de cuidados intensivos do Norte está a 91%.
Esta percentagem, segundo avançou o "Jornal de Notícias", está acima dos 80% a 85% considerados ideais para garantir o acesso dos doentes a tratamentos diferenciados. José Artur Paiva, diretor do serviço de Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto, alerta para a possibilidade de a capacidade do internamento em Medicina Intensiva se esgotar nos próximos cinco dias.
"Estamos numa zona que preocupa e, se nada ocorrer, em cinco dias a totalidade de camas de Medicina Intensiva destinada a covid-19 na ARS Norte ficará esgotada", disse o médico, acrescentando que a taxa de ocupação das unidades de Medicina Intensiva a nível nacional é de 86%.
Também José Ribeiro, diretor do serviço de Medicina Intensiva do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, reconhece que os hospitais estão "quase em esgotamento de recursos". "Mas não estamos na situação declarada de rutura", explicou o médico, negando que os hospitais estejam a selecionar doentes por falta de capacidade de resposta.
A Norte, também os equipamentos de ECMO, dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos, estavam este domingo quase todos ocupados. "Temos atualmente 17 doentes em ECMO, 11 dos quais covid-19. Temos, neste momento, uma vaga disponível", referiu o Centro Hospitalar Universitário de São João à Lusa. Já este sábado foram transportados quatro doentes da região Norte para o Hospital de São José, em Lisboa.
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