PARTE - 02 - FINAL
OBS: O presente artigo não visa absolver a escravidão praticada pelos europeus contra nossos irmãos africanos mas sim demonstrar com fatos históricos que um dos mais violentos crimes contra outro ser humano é praticado desde sempre entre os povos, seja por credo ou raça o homem sempre subjugou o mais fraco.
711/2016 – 1305 ANOS DA INVASÃO MOURA A PORTUGAL
Exatamente há 1305 anos os “Mouros”, que vieram da África, da Mauritânia e do Marrocos, invadiram a Península Ibérica, Portugal e Espanha e expulsaram os “Romanos” que também haviam invadido a referida Península no ano de 300 A.C. Portanto, ficaram mais de mil anos no domínio desses povos, ou seja, de 300 antes de Cristo até 711 de nossa “Era”.
Esse exercito invasor “berbere” atravessou o “Estreito de Gibraltar” que separa a Europa da África e rapidamente conquistou a Península Ibérica, uma vez que o Império Romano estava em decadência acentuada e praticamente não existia mais, embora existisse simbolicamente, porque era um Império Romano praticado pelas populações locais.
As ordas “mouras” dominantes sempre tiveram respostas dos lusitanos e já no ano 809 a parte Norte de Portugal já estava sob o domínio cristão, já Braga e Porto voltaram ao domínio cristão no ano de 868, Coimbra no ano de 1004 e a maravilhosa Lisboa em 1147. No sul de Portugal, mormente no Algarve, os mouros tiveram muita influência tanto na mistura populacional como na própria escrita variava muito a dominação moura, com vai-vai de domínio, até que no ano de 1452 foram expulsos definitivamente.
Como sempre um povo invasor e dominador deixa restos de suas obras, tanto físicas como intelectuais, os mouros também deixaram em Portugal a sua marca definitiva, tanto na música como na escrita e nos nomes, haja vista, que o “Fado” nada mais é do que um lamento “mouro” evidentemente com o sabor lusitano/português, o próprio “folclore” também é visto com muitas músicas derivadas da música moura. Eles deixaram muitas obras, como a elevação das águas em técnicas para mover as mós. E como os mouros eram da religião muçulmana, sempre havia o confronto com as teses do cristianismo e se os lusitanos assumissem essa religião teriam direitos iguais e poderiam manter as suas propriedades, todavia, sempre sob observação dos mandatários mouros, que fiscalizavam tudo e davam direitos iguais aos cidadãos, porém, se houvesse alguma revolta, eram presos, aniquilados e vendidos como escravos.
No vocabulário mouro que ficou na “Língua Portuguesa”, temos um número elevado e se hoje os pronunciamos foram mantidos pelos lusitanos e no presente no vocabulário português, tais como nos vegetais: açafrão, albarra, alface, acelga, azeitona, cenoura, maçaroca, alfazema, alcachofra, lima, limão, laranja, nunca esquecendo que o “al” nas palavras representava o nosso artigo “o” como nos nomes, Alberto, Almeida, Albuquerque, Alcantara e assim por diante, como também outros termos ficaram definitivamente em nossa língua, como: Alfarrábio, Álgebra, Albufeira, Chafariz, Alcool, elixir, xarope, zero, zenite e uma infinidade de termos e nomes que hoje pronunciamos e não temos muitas vezes o saber de suas origens.
Sempre houve alguma revolta, mormente, por causa de tributos que a população tinha que pagar, alguns não se metiam em revoltas, porque tanto dava pagar o tributo aos mouros, como aos cristãos, e anteriormente aos romanos e em todos esses casos, o cidadão daquele tempo não tinha como mudar de religião, só aparentemente adotavam a religião moura para escapar das perseguições, mas, por dentro continuavam cristãos, como evidentemente acontecia com os judeus e outras religiões.
Na agricultura moura eles não deixaram muita coisa, mesmo porque a sua religião proibia a bebida, mormente o vinho, e não havia muito interesse na plantação de trigo porque lá na África eles não precisavam dessa cultura e não lhes interessava a agricultura por causa do enfrentamento com as populações locais.
Esses mouros muçulmanos ficaram mais plantados nas regiões do sul de Portugal e logicamente antes dominados pelos romanos, quando vieram os mouros, muitos os receberam como libertadores, todavia, logo as coisas se modificaram e sempre havia revoltas. Um cidadão lusitano de nome Eserag conseguiu imiscuir-se no meio dos mouros e ter com os seus chefes, e voltando-se aos seus compatriotas os enganou dizendo que estabeleceu a paz com eles e assim sendo os traiu e ao saírem de seus esconderijos os prendeu e os vendeu aos mouros.
Como também existiu um grande herói como Afonso I que reconquistou uma enorme região, no minho, no Douro e na Beira e acabou liquidando todos os mouros dessas regiões.
Portanto, se hoje nós temos esse PORTUGAL maravilhoso houve muito sofrimento durante séculos e séculos sem fim, milhares de anos, além das invasões de gentes do meio da Europa, os romanos, os mouros ali chegaram, mas a fibra do povo Lusitano e seus sucessores o maravilhoso povo português, nos deu a este Portugal moderno tudo o que representa hoje, um país ficando moderno em tudo, com os respeito às tradições espetaculares das gentes antigas e conservam a beleza da música e do folclore português, para honra e glória do nosso querido e eterno PORTUGAL
INFLUÊNCIA DECISIVANVASÃO ARABE ENRIQUECEU A CULTURA EUROPEIA
MESTRES NAVEGADORES
Foram os mouros que aperfeiçoaram o astrolábio, instrumento de origem grega que permite a orientação em alto-mar pela observação de estrelas. Sua ciência náutica teve grande influência sobre a Escola de Sagres, em Portugal, de onde saíram os oficiais e marinheiros das navegações da Era dos Descobrimentos
PORTA DE ENTRADA
Em 711, o general mouro Tariq ibn Ziyad atravessou o mar entre Marrocos e Espanha, desembarcando num cabo rochoso. O local foi batizado de Jabal Tariq ("Monte Tariq", em árabe) - nome que mais tarde viraria Gibraltar. Foi daqui que os mouros partiram para invadir a península
AS ROTAS DA INVASÃO
Após o desembarque em Gibraltar, os mouros tomaram o sul da Espanha e marcharam para Toledo. De lá, avançaram em direção ao nordeste e ao norte. Logo invadiram também a região central de Portugal e, em 714, a maior parte da península já estava ocupada
REAÇÃO CRISTÃ
A Batalha de Covadonga, em 720, trouxe a primeira grande derrota moura. Seu principal personagem foi o espanhol Pelayo, fundador do reino cristão de Astúrias, que conseguiu resistir a fortes ataques dos exércitos muçulmanos, muito superiores numericamente
MARCO ARQUITETÔNICO
A última cidade a permanecer sob o domínio dos mouros caiu diante dos espanhóis em 1492. O palácio-fortaleza de Alhambra permaneceu, porém, como a maior herança da sofisticada arquitetura moura na península Ibérica - suas fontes, jardins internos e salões com paredes decoradas por poemas escritos em árabe e louvando Alá são ainda hoje uma das maiores atrações turísticas da Espanha
O MAIOR DOMÍNIO MOURO
Essa cidade francesa marcou o limite máximo da expansão moura no continente europeu. Em 732, os francos, liderados por Charles Martel, derrotaram os muçulmanos na Batalha de Tours. A vitória de Martel foi decisiva para a história da Europa, evitando sua total ocupação islâmica
O historiador americano Robert Davis, que falou sobre o assunto.
Segundo ele, embora o número seja pequeno perto do total de escravos africanos negros levados às Américas ao longo de 400 anos --entre 10 milhões e 12 milhões--, sua pesquisa mostra que o comércio de escravos brancos era maior do que se presume comumente e que exerceu um impacto significativo sobre a população branca da Europa.
''Uma das coisas que o público e muitos especialistas tendem a dar como certa é que a escravidão [na Idade Moderna] sempre foi de natureza racial --ou seja, que apenas os negros foram escravos. Mas não é verdade'', disse Davis, professor de história social italiana na Universidade Ohio State
"Ser escravizado era uma possibilidade muito real para qualquer pessoa que viajasse pelo Mediterrâneo ou que habitasse o litoral de países como Itália, França, Espanha ou Portugal, ou até mesmo países mais ao norte, como Reino Unido e Islândia."
PIRATAS
Davis escreveu um livro sobre o tema, recém-lançado, chamado "Christian Slaves, Muslim Masters: White Slavery in the Mediterranean, the Barbary Coast, and Italy, 1500-1800" (escravos cristãos, senhores muçulmanos: a escravidão branca no Mediterrâneo, na costa Berbere e na Itália). Nele, o historiador calcula que entre 1 milhão e 1,25 milhão de europeus tenham sido capturados no período citado por piratas conhecidos como corsários e obrigados a trabalhar na África do Norte.
Os ataques dos piratas eram tão agressivos que cidades costeiras mediterrâneas inteiras foram abandonadas por seus moradores assustados.
"Boa parte do que se escreveu sobre o escravagismo dá a entender que não houve muitos escravos [europeus] e minimiza o impacto da escravidão sobre a Europa", disse Davis em comunicado.
"A maioria dos relatos analisa apenas a escravidão em um só lugar, ou ao longo de um período de tempo curto. Mas, quando se olha para ela desde uma perspectiva mais ampla e ao longo de mais tempo, tornam-se claros o âmbito maciço dessa escravidão e a força de seu impacto."
REMADORES EM GALÉS
Partindo de cidades como Túnis e Argel, os piratas atacavam navios no Mediterrâneo e no Atlântico, além de povoados à beira-mar, para capturar homens, mulheres e crianças, disse o historiador.
Os escravos capturados nessas condições eram colocados para trabalhar em pedreiras, na construção pesada e como remadores nas galés dos piratas.
Para fazer suas estimativas, Davis recorreu a registros que indicam quantos escravos estavam em determinado local em determinada época.
Em seguida, estimou quantos escravos novos seriam necessários para substituir os antigos à medida que eles iam morrendo, fugindo ou sendo resgatados.
"Não é a melhor maneira de fazer estimativas sobre populações, mas, com os registros limitados dos quais dispomos, foi a única solução encontrada", disse o historiador.
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