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Em 13 de novembro de 1887, a polícia britânica reprimiu com um protesto de trabalhadores nas ruas da capital inglesa
O Domingo Sangrento de Londres foi um dos eventos mais marcantes da luta pelos trabalhadores durante a Segunda Revolução Industrial na Europa, simbolizando o autoritarismo do Estado britânico contra a população civil. Trata-se se um episódio marcado pela violência policial contra uma manifestação de um povo insatisfeito com a situação econômica.
Mais de 30 mil manifestantes organizados pela Radical Federation tomaram as ruas de Londres naquele 13 de novembro de 1887, o que, para a época, representou um protesto gigantesco. Eles expunham sua indignação perante o desemprego, a repressão política na Irlanda e a prisão do parlamentar irlandês William O’Brien, defensor da autonomia do país.
Os manifestantes estavam sendo guiados por pautas trabalhistas e contra a coação na Irlanda, tendo como principais líderes John Burns, Annie Besant e Robert Cunninghame-Graham, da Social Democratic Federation.
Diante da revolta, o governo dispôs milhares de policiais da guarda do Exército, que reprimiu de forma violenta a manifestação. Cerca de 400 pessoas foram presas pela presença na aglomeração e outras 75 saíram feridas por porretes e armas da polícia.
Além de milhares de policiais, os guardas do exército também foram enviados para ajudar os civis, o que resultou na prisão de 400 pessoas e em ferimento grave para outras 75.
Depois do ocorrido, pouco foi feito para melhorar as condições dos trabalhadores ou reduzir o número de desemprego, mas, de alguma maneira, foi feita uma pressão para que a revolta fosse contida. O evento tornou-se simbólico para a militância trabalhista e para a questão da negligência nos setores mais oprimidos do campo económico.
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