AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "COMO UM CLARIM DO CÉU"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Danos oculares em protestos na Colômbia são resultado deliberado



www.abrilabril.pt 


A repressão exercida nos protestos pelo conhecido Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) é responsável por estes ferimentos. Cristián Zarate, porta-voz do Movimento de Resistência aos Ataques Oculares do Esmad (Mocao), disse que, no âmbito da greve geral, iniciada a 28 deAabril, puderam contar até 82 vítimas.

Especificou, contudo, que noutros cenários de repressão, exercidos pela Esmad, o movimento pôde contar até 200 pessoas com lesões oculares. Zarate explicou ao canal Noticias Uno que um dos objectivos do Mocao é desmantelar a Esmad para evitar estes ataques sistemáticos e conseguir indemnizar as vítimas.

O porta-voz do grupo, que perdeu parte da visão do olho esquerdo devido a um ataque daquele esquadrão, explicou que o movimento tem toda uma organização para promover acções sociais, jurídicas e políticas.

Durante os protestos no âmbito da greve geral, foi documentado o uso indiscriminado e desproporcional de armas letais e menos letais por parte da polícia colombiana, em particular da Esmad, causando ferimentos graves e a morte de dezenas de pessoas.

A maioria das vítimas de ataques oculares (60%) foi registrada em Bogotá, mas também nos departamentos de Valle del Cauca, Cundinamarca, bem como nas cidades de Pasto e Popayán, segundo a ONG Temblores.

No início de Junho, organizações como Indepaz e Temblores indicaram que 47 pessoas na Colômbia foram feridas nos olhos durante as marchas da greve geral. Juliana Bustamante, directora do Programa de Acção pela Igualdade e Inclusão (PAIIS) da Universidade de Los Andes, disse no dia 8 de Junho que havia «65 casos de lesões oculares, o que indica que a frequência e semelhança na prática é uma acção que não é acidental, mas deliberada, que também tem por finalidade punir e coibir o direito de protesto».

No dia 15 de Junho, os membros da Comissão Nacional de Desemprego anunciaram a interrupção temporária das mobilizações, que vinham ocorrendo nas quartas-feiras na Colômbia, quando o país somou 49 dias de greve geral.


 

Sem comentários:

Enviar um comentário