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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Matosinhos cria 'take away' municipal para apoiar restauração. "Sem custos para o consumidor", salienta Luísa Salgueiro

 


 

Capital da grelha do norte vai ter 

um um serviço de entrega de refeições ao 

domicílio para ajudar a restauração, o maior 

cartão de visita do concelho. Luísa Salgueiro 

diz que o modelo será apresentado nos 

próximos dias, antes do primeiro fim de 

semana de recolher obrigatório a partir das 13 horas


Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos

Luísa Salgueiro enviou, esta segunda-feira, uma missiva ao primeiro-ministro a lembrar que são precisos apoios específicos e “céleres de apoio à restauração”, o sector mais “castigado” do novo estado de emergência. Luísa Salgueiro afirma que está, não só de acordo com o recolher obrigatório durante a semana e com o fecho dos restaurantes e similares a partir das 22h30 em vigor, mas também “conformada” com o impacto que confinamento depois das 13 horas terá nos restaurantes.

“Conformo-me na esperança que a medida seja suficiente para ajudar a achatar a curva epidemiológica, mesmo que isso signifique penalizar um das atividades de maior referência no concelho, conhecido sobretudo pelo seu peixe e marisco”, salienta a autarca socialista, que recorda que o recolher obrigatório foi uma das medidas que reivindicou há duas semanas e que o fecho antecipado dos ligados à restauração foi aplicado no município, ainda antes de o Governo ter decretado a restrição do sector nos 121 concelhos onde o surto é mais severo.

Para evitar impactos irreversíveis da atividade em Matosinhos, Luísa Salgueiro avança ao Expresso que o seu executivo em articulação com o sector da restauração começaram já hoje a preparar um modelo municipal de apoio de “entregas ao domicílio” de almoços e jantares nos próximos dois fins de semana.

“O modelo de serviço de entrega ainda não está fechado, mas é certo que será sem custos de deslocação para os restaurantes ou para os consumidores”, antecipa a autarca, que diz que a finalidade é manter tanto quanto possível a atividade em funcionamento aos fins de semana e evitar que sejam operadores, como a Uber ou outros, a fazer a ponte - “a cobrar” - com os consumidores.

“Queremos respaldar o sector antes que seja tarde demais”, garante Luísa Salgueiro que em relação às restantes restrições sustenta serem “uma inevitabilidade” para conter a evolução da pandemia. Em concreto no município, refere que só mais para o final da semana, ou seja, 15 dias após o estado de semi-confinamento local é que terá dados para aferir o efeito do mesmo, até porque o número de casos desagregados por concelho não são conhecidos há quase duas semanas.



expresso.pt

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