Ao final da noite desta quinta-feira, depois de uma audição de quase sete horas e concluída com as respostas às questões de 80 deputados, Marta Temido esclareceu a estratégia de utilização destes testes rápidos no combate à pandemia de covid-19
Aministra da Saúde, Marta Temido, anunciou esta quinta-feira que a utilização dos testes rápidos de antigénio para diagnóstico do novo coronavírus vai arrancar na próxima semana junto das Administrações Regionais de Saúde (ARS).
"Hoje [quinta-feira] e durante o dia de amanhã [sexta-feira] testes de antigénio estarão já a ser distribuídos às nossas Administrações Regionais de Saúde e na segunda-feira ou no início da semana que vem haverá condições para começar a sua utilização nos casos com indicação para tal", explicou a governante, na audição conjunta da Comissão da Saúde e da Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República.
Ao final da noite de quinta-feira, depois de uma audição de quase sete horas e concluída com as respostas às questões de 80 deputados, Marta Temido esclareceu a estratégia de utilização destes testes rápidos no combate à pandemia de covid-19 e salientou que o assunto foi trabalhado pelos serviços partilhados do ministério e pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
"Precisávamos de garantir que alguns aspetos relacionados com o registo destes casos como casos positivos - sendo que a definição internacional de caso ainda está associada à realização de um teste PCR [a metodologia de referência] - eram respeitados", acrescentou.
Marta Temido sublinhou ainda o envolvimento da Comissão Europeia nesta matéria, que, pela voz da presidente, Ursula von der Leyen, anunciou há cerca de duas semanas a mobilização de 100 milhões de euros para comprar entre 15 a 22 milhões de testes rápidos para os estados-membros, face ao agravamento da pandemia de covid-19 por todo o continente europeu.
"Há uma aquisição da Comissão Europeia para testes de antigénio. É uma metodologia que envolve vários tipos de testes e aqueles que têm fiabilidade e especificidade adequadas serão aqueles que optaremos por utilizar. Certamente que isso nos permitirá aprofundar este caminho de testar, rastrear e isolar o mais precocemente possível", frisou.
Horas antes, ainda na fase inicial da audição, a ministra da Saúde tinha enaltecido o reforço da capacidade de testagem em Portugal ao longo dos oito meses da pandemia, que "passou de um único laboratório no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge para uma rede com 111 laboratórios" e viu a média de testes diários subir de 2.500 em março para 26.000 em outubro
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expresso.pt
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