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domingo, 4 de julho de 2021

TRILHOS DOS AÇORES


 

Top Azores: 9 trilhos fáceis que tem mesmo de fazer!


 

Toda a gente sabe que o exercício físico regular é bom para a saúde. E um dos melhores é fazer trilhos, pois além do próprio exercício, poder-se-á conhecer novas paisagens e ter contacto com a natureza. Mas a verdade é que nem toda a gente o faz com a frequência desejada, não tendo uma grande preparação física. Se for este o teu caso, fica a saber que nem todos os trilhos dos Açores são difíceis e que apenas os atletas os conseguem fazer. Foi pensando nestas pessoas que o Top Azores elaborou esta lista de trilhos (um por ilha) que todos (ou quase todos) poderão fazer. No entanto, ressalvamos que deverás levar calçado próprio para caminhada, roupa desportiva, água e comida, além de que deverás ir no teu ritmo e fazer pausas sempre que sentires necessidade. Se precisares de socorro, contacta o 112 (ressalvamos que poderá não haver rede em algumas zonas do trilho, pelo que aconselhamos que não vás sozinho e que avises os teus familiares, dando-lhes uma estimativa da hora em que chegarás a casa.

 

Santo Espírito – Maia (Santa Maria)

Dificuldade – Fácil
Extensão – 4 km
Duração – 2:00 h

Esta pequena rota liga a freguesia de Santo Espírito ao lugar da Maia, zona sudeste da ilha. Inicie o percurso junto à igreja de Santo Espírito, passando pelo Museu Etnográfico de Santa Maria, na direção este, rumo ao mar. Siga as marcas ao longo da estrada até chegar a um velho moinho de vento. Daqui o caminho de terra batida serpenteia por uma mata de Incensos (Pittosporum undulatum), passando por um antigo fontanário e posteriormente por pastagens.

Chegando à bifurcação, opte pela direita ao longo de uma estrada de terra denominada por Caminho da Lapa. Siga a sinalética virando à esquerda por um atalho que passa por uma zona de nascentes onde antigamente se lavava roupa. Prossiga em direção à costa, passando por uma canada de pedra que vai até junto à margem da ribeira do Aveiro. Daqui o percurso acompanha a ribeira até à falésia, local onde, cautelosamente, deverá transpor a ribeira. Já na outra margem não deixe de parar e olhar para trás para contemplar a cascata da ribeira do Aveiro que aqui se forma, com cerca de 80 metros de altura, uma das mais altas do país.

A descida para a freguesia da Maia desenrola-se pela arriba rochosa, aproveitada para a cultura de vinha em quartéis ou socalcos com muretes de pedra seca, parte relevante da cultura mariense. Pede-se aos pedestrianistas o favor de não apanharem frutas dos agricultores locais ao longo do percurso.

Chegando à Maia poderá fazer um pequeno desvio, à esquerda, para ver a cascata da ribeira do Aveiro de outra perspetiva, bem como os dois lagares aqui construídos em 1579. Daqui o percurso segue ao longo da estrada terminando junto à zona balnear. A partir deste local é possível fazer a GR 01 SMA – Grande Rota de Santa Maria, em direção à Vila do Porto.

 

Lagoa das Furnas (São Miguel)

Dificuldade – Fácil
Extensão – 9.5 km
Duração – 3:00 h

O percurso começa nas Três Bicas e passa por dentro da localidade até que se começa a subir por uma estrada alcatroada que dá acesso à Lagoa das Furnas.

Seguindo atentamente a sinalética chegará às Caldeiras da Lagoa cerca de 2,5 km após o início do percurso. Nessa zona encontram-se frequentemente turistas a observar os habitantes locais que aproveitam a elevada temperatura do solo para fazerem cozinhados tradicionais.

De seguida o percurso segue sempre junto à Margem da Lagoa, contornando-a através de um caminho de terra batida muito acessível. Após caminhar cerca de 3 km encontrará a Ermida Nossa Senhora das Vitórias, construída no século XIX em estilo Gótico.

Continue depois na berma da estrada regional em calçada de pedra cerca de 1,5 km até que encontrará um desvio à sua direita que desce para a Freguesia das Furnas. Seguindo sempre por esse caminho chegará ao final do trilho cerca de 30min depois.

Direitos de Autor: Gerbrand Michielsen

 

Baías da Agualva (Terceira)

Foto: Explore Terceira
Dificuldade – Fácil
Extensão – 4 km
Duração – 2:00 h

O percurso tem início nas imediações do Pico dos Loiros, na freguesia da Agualva. Comece por descer a canada de terra batida, por entre as pastagens. Após 500m, ao chegar à Grota da Lagoa, vire à esquerda e prossiga em direção à Fajãzinha.

Em seguida, contorne a Fajã pela esquerda, até chegar próximo dos calhaus rolados, onde deverá virar à esquerda, subindo a encosta, com mato costeiro de urze (Erica azorica) e bracel-da-rocha (Festuca petrae) até chegar ao miradouro da Fajãzinha. 500m mais à frente encontra um desvio à direita para uma baía, onde é possível visualizar o fenómeno de disjunção prismática nas rochas.

Volte atrás e suba o asfalto, virando à direita na curva apertada, seguindo num atalho por entre os muros de antigas curraletas de vinhas e o mato costeiro de urzes,  que o irá guiar à Baía das Pombas, local ideal para a observação de aves, nomeadamente as espécies nidificantes nos Açores: Garajau-comum (Sterna hirundo), cagarro (Calonectris diomedea borealis) e pombo torcaz (Columba palumbus azorica).

Foto: Azores On Travel

Depois, suba a encosta de urzes e vire à direita, num atalho ladeado pelo muro da pastagem e pela falésia, que o irá guiar até à Ponta do Mistério, onde existe uma pequena lagoa costeira nas rochas.

A parte final do percurso desenvolve-se num atalho entre as pastagens e a falésia, com vegetação de faia da terra (Morella faya), urzes e incenso (Pittosporum undulatum), até entroncar com uma canada de terra batida. Aqui, vire à esquerda, prosseguindo na canada em direção à estrada regional, local onde termina este percurso.

 

Volta à Caldeira – Furna do Enxofre (Graciosa)

Dificuldade – Fácil
Extensão – 10.8 km
Duração – 3:00 h

Este percurso tem início na bifurcação da estrada regional com o caminho de acesso à Caldeira, junto à Canada Longa, zona Sudeste da ilha.

Comece por subir o asfalto em direção à Caldeira, por 400m, até encontrar uma bifurcação com indicações. Aqui, pode optar por efetuar o perímetro da Caldeira ou seguir diretamente para a Furna do Enxofre, localizada no interior da Caldeira.

Caso escolha a primeira opção, siga à direita por 600m até encontrar uma bifurcação. Prossiga pela esquerda e, 100m depois, encontrará um desvio à direita para a Furna da Maria Encantada, onde se encontram diversas formações geológicas de interesse. Também pode desfrutar de um miradouro para a Caldeira.

Volte ao caminho e efetue o perímetro da Caldeira, com a possibilidade de ir observando grande parte da ilha.

De volta à bifurcação inicial, siga à direita, no desvio para a Furna do Enxofre, passando pelo túnel e, 600m mais à frente, encontrará a escadaria de acesso à Furna. Depois, volte pelo mesmo caminho até ao ponto de início do percurso.

 

Fajã dos Vimes – Fragueira – Portal (São Jorge)

Fotografia de José Luís Ávila Silveira/Pedro Noronha e Costa
Dificuldade – Média
Extensão – 3.2 km
Duração – 1:30 h

Esta rota linear tem início na Fajã dos Vimes, passa pela Fajã da Fragueira e termina no Portal, ao longo da costa Sul da ilha.

O percurso tem início junto ao porto de recreio, zona balnear onde é possível mergulhar nas águas do Atlântico. Ainda no interior da Fajã, aproveite para visitar a oficina de artesanato onde são feitas as tradicionais colchas artesanais e provar um café plantado e confecionado localmente.

Foto: DanielScheffler

Atravesse toda a fajã no sentido oeste e siga por um caminho de terra ao longo da falésia onde o Incenso (Pittosporum undulatum) é a vegetação predominante. Nesta parte do percurso, existe um cruzamento com o PR 02 SJO – Fajã dos Vimes – Serra do Topo.

Foto: SIARAM

Ao longo de todo o caminho até à Fragueira é possível ver a ilha do Pico à esquerda.

Ao chegar à Fajã da Fragueira atravesse uma área de socalcos com vinhas e adegas tradicionais, e visite as ruínas da casa do Maestro e Compositor Francisco de Lacerda que habitou aqui durante 8 anos no período que precedeu a 1.ª Grande Guerra Mundial.

Deste ponto o percurso prossegue ao longo de uma escadaria em pedra antiga para o lugar do Portal. Tenha atenção ao piso escorregadio.

Siga a sinalética até à igreja, local onde termina o percurso.

 

Vinhas da Criação Velha (Pico)

Dificuldade – Fácil
Extensão – 6.9 km
Duração – 2:00 h

Esta rota linear liga as freguesias da Candelária ao lugar da Areia Larga, concelho da Madalena. Distinguido em 2011 pela BootsnAll, este percurso prima pela diversidade paisagística e cultural. Desenvolve-se quase na sua totalidade em área de Paisagem Protegida da Cultura da Vinha, uma das mais emblemáticas da ilha, compreendendo uma grande área vitícola ativa, onde o reticulado de muros se encontra em perfeito estado de conservação. Classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 2004, este percurso é rico em elementos associados à cultura da vinha, como as rola-pipas, as relheiras, as casas de abrigo, as adegas, os poços de maré, entre outros. Inicie o percurso no Porto do Calhau e siga junto à costa passando por um poço de maré, típicos desta ilha, que representam a adaptação dos habitantes na conquista dos elementos e de onde se retirava água salobra para uso doméstico ou na vitivinicultura.

Continue ao longo da estrada passando pelo Porto do Pocinho, onde novamente irá encontrar um poço de maré e um parque de merendas. Daqui o caminho contorna o monte adiante pela direita. Aproveite esta parte elevada do percurso para apreciar a vista das vinhas, mas também dos ilhéus da Madalena, conhecidos por ilhéus “em pé e deitado”. Siga a sinalética novamente até junto à costa, passando pela zona balnear da Laja das Rosas, entrando depois na área das típicas vinhas do Pico. Ao longo deste caminho preste atenção às relheiras, rastos das carroças usadas para transporte de carga, mas também ao Moinho do Frade, reconstruído em 2003/2004, usado para a moagem de cereais.

Chegando à estrada, onde deverá seguir à direita, não deixe de ver um bom exemplo de um Rola-Pipas, uma rampa escavada para o mar de onde se rolavam as barricas de vinho para as embarcações. O trilho prossegue junto ao mar, passando pelo Solar dos Limas e pelos Solar dos Salemas, até terminar junto ao restaurante Ancoradouro no Porto da Areia Larga. Ao longo do percurso pede-se aos pedestrianistas que não recolham fruta.

 

Entre Montes (Faial)

Dificuldade – Fácil
Extensão – 3.4 km
Duração – 1:30 h

Esta rota circular desenrola-se entre os Montes da Guia e Queimado, locais de grande importância histórica faialense. Dada a sua localização estratégica, a península foi fulcral no desenvolvimento das telecomunicações entre a Europa e Estados Unidos, onde em 1893 foi instalado o primeiro cabo telegráfico submarino, em funcionamento até 1969 e crucial em períodos como as Grandes Guerras Mundiais.

Comece o percurso junto ao parque de estacionamento da praia do Porto Pim. Passe pelo Observatório do Mar dos Açores e com as instalações à sua direita, suba até ao miradouro da Lira. Deste ponto é possível ver a baía com o forte de São Sebastião na margem oposta. Por todo o percurso existem algumas fortificações de protecção marítima dos séculos XVI e XVII, baptizando o local como Porto Pim, equivalente a Porto Seguro.

Prossiga até à estrada onde deverá seguir à direita, transpondo a capela de Nossa Senhora da Guia. Continue para Sul com as Caldeirinhas (crateras do vulcão submarino do Monte da Guia) à sua esquerda, até o percurso virar para Norte com vista para a praia. Passe pelo Aquário do Porto Pim, local de exibição das espécies mais comuns do mar dos Açores e seguidamente pela casa dos Dabney.

A família habitou aqui entre 1806 até 1894, deixando um imenso património edificado, recuperado pelo Parque Natural de Ilha. Nesta fase o trilho segue à esquerda ao longo da praia, abandonando o Monte da Guia e entrando no Monte Queimado, um vulcão de génese terrestre.

No final da praia siga à direita pela Rua da Rosa e no final novamente à direita pelo cume do Monte Queimado. Antes do topo aproveite para descansar e apreciar a vista sobre a marina da Horta.

O caminho continua até ao parque de estacionamento, local onde começou o percurso. Após a caminhada aproveite para conhecer melhor todos os locais de interesse ao longo do percurso.

 

Fajã de Lopo Vaz (Flores)

Dificuldade – Médio
Extensão – 3.5 km
Duração – 2:00 h

Este percurso tem início no miradouro da Fajã de Lopo Vaz e desenvolve-se num atalho único de ida e volta.

Comece por descer a escadaria em pedra, ladeada por vegetação endémica como urze (Erica azorica), faia da terra (Morella faya) e pau branco (Picconia azorica). Após 1,25km de descida, próximo da primeira casa, tem a oportunidade de desfrutar da praia de areia negra à esquerda.

Siga no atalho à direita por entre as restantes casas da fajã, entre várias plantações, até chegar junto de algumas propriedades privadas, com vista para a Ponta da Rocha Alta. Chegado a este ponto, deverá voltar pelo mesmo caminho até ao miradouro da Fajã.

 

Caldeirão (Corvo)

Dificuldade – Médio
Extensão – 4.8 km
Duração – 2:30 h

Inserida em área protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies da Costa e Caldeirão do Corvo, esta rota circular permite aceder a uma caldeira de colapso, implantada no topo do vulcão central e um dos principais geossítios da ilha. Este percurso desenrola-se a uma altitude compreendida entre os 400 e os 560 metros, sendo aconselhável percorrê-lo em dias de bom tempo e visibilidade. Ao longo do trilho é normal a presença de gado bovino, equino e caprino que não deve ser incomodado.

Inicie o percurso junto ao miradouro do Caldeirão e aproveite a perspetiva para o interior da caldeira onde, segundo a cultura local, a lagoa e os poucos cones vulcânicos fazem lembrar uma representação das nove ilhas dos Açores. O caminho serpenteia para o interior da caldeira por entre flora dominada por Musgão (Sphagnum sp.). Ao chegar a uma pedra de grande dimensão, opte pelo caminho à direita para contornar a caldeira (no sentido contrário aos ponteiros do relógio). Nesta fase do trajeto aconselha-se atenção redobrada uma vez que os postes de sinalização são menores de forma a resistir aos animais.

O interior da caldeira é dominado por um sistema de zonas húmidas e por duas lagoas, alimentadas pela água das chuvas e pela água acumulada nos espessos tufos de musgão (turfeiras) existentes nas vertentes viradas a Norte. É de salientar que as maiores e mais antigas turfeiras do país estão presentes nas ilhas do Corvo e das Flores. Ao longo do ano, o nível da lagoa oscila, podendo subir para a zona do percurso. Opte pelo caminho mais seguro afastado das margens.

O caminho contorna a lagoa passando pelo Poço da Velha e contornando uma área pantanosa, pela esquerda, até atingir novamente a pedra grande. Nesta fase deverá subir a caldeira para o miradouro onde iniciou o percurso. Neste local existe ligação com outros pontos da ilha através do PR 01 COR – Cara do Índio.


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