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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Mulheres revolucionárias - Conheça um pouco sobre a Guerrilheira Brasileira, Elza Monerat - A chacina da Lapa


  

Elza de Lima Monnerat (Sapucaia13 de outubro de 1913 - Sapucaia, 11 de agosto de 2004) foi uma ativista comunista, dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e integrante da Guerrilha do Araguaia.

Descendente de imigrantes suíços, Elza nasceu e cresceu na região serrana do estado do Rio de Janeiro, mudando-se para Niterói em 1930 com a família.[1] Formou-se e trabalhou como professora primária até entrar para o funcionalismo público em 1939.[1] Filiada ao Partido Comunista do Brasil em 1945, trabalhando sempre nos bastidores, foi encarregada de ser a arrecadadora de finanças, tarefa inglória e sem reconhecimento público, longe da exposição popular conseguida pelos parlamentares do PCdoB mas fundamental para o Partido. Esportista, foi pioneira no alpinismo feminino[2] e durante o governo de Getúlio Vargas escalou o morro Dois Irmãos, na zona sul do Rio, para pintar o nome de Josef Stalin em uma de suas encostas.

Em fevereiro de 1962, aos 49 anos, foi eleita para o Comitê Central junto com militantes como João AmazonasMaurício Grabois e Pedro Pomar, sendo encarregada de revisar o jornal A Classe Operária, órgão oficial do PCdoB.

Em 1964, com a implantação da ditadura militar, o PCdoB foi obrigado a exercer suas atividades na mais rigorosa clandestinidade, com seus integrantes sendo caçados, presos, torturados e mortos. Elza, mais uma vez, foi encarregada de difíceis missões, como a de montar 'aparelhos' onde a direção do Partido pudesse se reunir em segurança e onde seus integrantes pudessem viver escondidos, cuidando também do deslocamento dos militantes entre estes endereços.

Araguia

No fim da década, ela foi designada para viajar ao sul do Pará para escolher a área onde o partido pudesse implantar a guerrilha rural destinada a combater militarmente o regime militar, em seu projeto de estabelecer um governo socialista no país. Estabelecida como pequena comerciante, junto com outros militantes, e conhecida do povo local pelo codinome de 'Dona Maria', passou os anos seguintes transportando militantes do sul do país até a região escolhida, no local conhecido como Bico do Papagaio, ao longo do rio Araguaia, e fazendo a ligação entre os militantes da guerrilha com a direção central em São Paulo.[5] No primeiro semestre de 1972, com a chegada do Exército ao local e o início da primeira ofensiva militar na área, Elza foi obrigada a retornar a São Paulo quando levava mais militantes à região já cercada pelos militares, permanecendo fora da área do conflito até o fim do combates que aniquilaram os guerrilheiros do PCdoB.

Fim de vida

Presa em dezembro de 1976, em decorrência do episódio conhecido como Chacina da Lapa, cumpriu pena até 1979, participando até de greves de fome junto com outras prisioneiras do regime, já então com mais de 60 anos.[1] Foi libertada em agosto de 1979, com a Anistia do governo João Figueiredo.

Após a libertação, liderou e organizou a procura pelos corpos dos guerrilheiro abatidos e desaparecidos nos anos 70. Já no fim da vida, acusou Lúcia Regina Martins ( Regina) de ter traído a guerrilha no Araguaia, ao contar aos militares sobre sua existência, permitindo que fosse descoberta. Morreu em agosto de 2004, aos 90 anos, depois de toda uma vida dedicada à causa socialista. Seu nome batiza uma rua em GuaratibaZona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.[6]

Fontes:

«Vermelho.org». Consultado em 29 de julho de 2009. Arquivado do original em 21 de agosto de 2008

  1.  Ata da 76ª Sessão do Conselho Universitário da UFRJ[ligação inativa]

  2.  IstoÉ Gente:Testemunhas do Século

  3.  Rebelion.org

  4.  GASPARI, Elio - A Ditadura Escancarada (As Ilusões Armadas), Companhia das Letras, 2002 ISBN 8535902996

  5.  «PCdoB/RJ». Consultado em 29 de julho de 2009. Arquivado do original em 27 de junho de 2009

www.vozeslivres.com.br








 


































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