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sábado, 15 de maio de 2021

Trabalhadores da Hutchinson Porto não aceitam imposição de baixos salários


 

www.abrilabril.pt


Os trabalhadores da Hutchinson Porto realizaram plenários «para analisar os aumentos salariais aplicados de forma administrativa pela empresa», informa, numa nota publicada esta quinta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN).

Os encontros registaram «uma elevada participação», tendo neles ficado patente o «enorme descontentamento face aos aumentos aplicados», bem como à «ausência de respostas ao conjunto de reivindicações» incluídas no caderno que foi «apresentado e aprovado pelos trabalhadores», revela a estrutura sindical.

Foi também por isso que os trabalhadores decidiram, por unanimidade, realizar uma concentração, esta quinta-feira, à porta da empresa, em Valongo.

«Tempo de dizer basta»

Na resolução aprovada dia 13, os trabalhadores sublinham que estão «em luta por melhores salários e por uma resposta efectiva às [suas] justas reivindicações»; exigem aumentos salariais «dignos e justos», com valores nunca inferiores à actualização do salário mínimo para todos os trabalhadores; reclamam «respostas concretas ao conjunto de reivindicações que constam do caderno reivindicativo», nomeadamente o seguro de saúde para todos os trabalhadores, o suplemento de antiguidade e o dia de aniversário.

Os trabalhadores da Hutchinson Porto destacam que a empresa tem «todas as condições para atender positivamente às suas reivindicações», e, para tal, pretendem que se inicie uma verdadeira negociação entre as partes, tendo decidido, juntamente com o seu sindicato, levar a cabo no próximo mês a realização de plenários, nos quais, revela o SITE Norte, irão discutir e encetar novas formas de luta, caso não haja desenvolvimentos até lá.

Contra os baixos salários, a perda do poder de compra e o empobrecimento a trabalhar

No documento, os trabalhadores reafirmam a rejeição da «política de baixos salários que [lhes] querem impor, que, de uma maneira geral são absolutamente miseráveis, ainda mais [tendo] em conta que a empresa tem vindo a facturar milhões nos últimos anos».

Do mesmo modo, voltam a afirmar que não aceitam «continuar a perder poder de compra, que o aumento salarial não tem acompanhado no mínimo a evolução do Salário Mínimo Nacional e que, por este andar, não tarda [serão] todos trabalhadores de salário mínimo». E acrescentam: «Mesmo trabalhando e dando o melhor de nós todos os dias em prol da empresa, não saímos do limiar da pobreza.»

Lembram ainda a «postura de diálogo entre as partes» mantida por trabalhadores, Comissão Sindical e sindicato ao longo dos anos, bem como o facto de terem estado «sempre disponíveis» para as «necessidades da empresa», nomeadamente durante a pandemia.

Agora, afirmam, vêem-se confrontados com a «falta de reconhecimento e valorização», e como todo esse esforço «é em vão».

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