Ontem, numa audição que durou cinco horas e meia, o ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa mostrou que não perdeu o jeito para as analogias que sempre o caracterizaram: “Vou vender um cabaz de fruta que está parcialmente apodrecida. Não posso contar com a benevolência ou generosidade do comprador para que ele me pague toda a fruta como sendo de qualidade. A única coisa que tenho como comparação é ter em consideração o custo de não vender (que era deixar apodrecer a fruta toda). Alternativa era vender a fruta mais barata do que seria possível no mercado”.
O ex-governador tem consciência de que é visto como culpado mas acredita que, no futuro, quando se fizer o balanço, a avaliação será positiva. Considera que a resolução em 2014 “foi a forma de impedir o pior, não de permitir o melhor”, que o Banco de Portugal queria uma maior capitalização do banco e deixa críticas ao relatório ‘secreto’ de João Costa Pinto sobre a supervisão do BES que diz ter “conclusões deslocadas”.
"Expresso curto"
Sem comentários:
Enviar um comentário