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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Vasco é nome de Abril


 NO CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO

Vasco é nome de Abril

Nas­cido faz no pró­ximo dia 3 de Maio cem anos, Vasco Gon­çalves foi pri­meiro-mi­nistro entre Junho de 1974 e Se­tembro de 1975 (no II, III, IV e V go­vernos pro­vi­só­rios): um pe­ríodo curto, mas in­tenso, em que emergiu como um re­vo­lu­ci­o­nário ín­tegro e co­ra­joso, pro­fun­da­mente li­gado às mais pro­fundas as­pi­ra­ções do povo, para quem será sempre o Com­pa­nheiro Vasco.

Vasco Gon­çalves re­pre­senta o pe­ríodo mais avan­çado e lu­mi­noso da Re­vo­lução de Abril


O nome de Vasco Gon­çalves con­funde-se com a Re­vo­lução de Abril, da qual foi um dos mais des­ta­cados – e em­pe­nhados – pro­ta­go­nistas. É a sua as­si­na­tura que se en­contra nos de­cretos go­ver­na­men­tais que con­sa­gram as mais avan­çadas con­quistas re­vo­lu­ci­o­ná­rias: a na­ci­o­na­li­zação da banca, dos se­guros e de ou­tros sec­tores es­tra­té­gicos da eco­nomia; a ins­ti­tuição da Re­forma Agrária; a cri­ação dos sub­sí­dios de de­sem­prego e de Natal para re­for­mados e pen­si­o­nistas, e da li­cença de parto; a sus­pensão dos des­pe­di­mentos sem justa causa e a ga­rantia dos di­reitos à greve e à ne­go­ci­ação co­lec­tiva; o es­ta­be­le­ci­mento legal da li­ber­dade de as­so­ci­ação e de ac­ti­vi­dade dos par­tidos po­lí­ticos.

Foi também nos go­vernos de Vasco Gon­çalves que o sa­lário mí­nimo na­ci­onal (criado logo em Maio de 1974) subiu con­si­de­ra­vel­mente, que se me­lhorou o re­gime de pro­tecção so­cial dos tra­ba­lha­dores agrí­colas, que foram to­madas im­por­tantes me­didas de ca­rácter so­cial, nas áreas do en­sino – com as cam­pa­nhas de al­fa­be­ti­zação; da saúde – caso do envio de mé­dicos para a pe­ri­feria; e da ha­bi­tação – com o início da er­ra­di­cação das bar­racas, onde à data da Re­vo­lução vivia mais de um mi­lhão de por­tu­gueses.

Como é evi­dente, estas con­quistas não foram obra de um homem só. Aliás, foi a luta das massas po­pu­lares o «factor de­ter­mi­nante das trans­for­ma­ções de­mo­crá­ticas e re­vo­lu­ci­o­ná­rias le­vadas a cabo e das de­ci­sões pro­gres­sistas do poder po­lí­tico» (Álvaro Cu­nhal, A Re­vo­lução Por­tu­guesa – o Pas­sado e o Fu­turo, 1976). Con­tudo, e como o pro­cesso re­vo­lu­ci­o­nário bem de­mons­trou, não foi de modo algum in­di­fe­rente estar à frente do go­verno al­guém, como o Ge­neral Vasco Gon­çalves, tão pro­fun­da­mente iden­ti­fi­cado com essa mesma luta.

Foi o pró­prio Vasco Gon­çalves quem, no I Con­gresso da In­ter­sin­dical, em Julho de 1975, o re­alçou: «Não foram só os mi­li­tares que fi­zeram o que hoje está feito em Por­tugal. Foram vocês, foram as classes tra­ba­lha­doras, em ali­ança es­treita com os mi­li­tares, que o fi­zeram e isso já vinha de trás.»

 

Re­vo­lu­ci­o­nário ímpar

Ne­nhum outro go­ver­nante em Por­tugal (e bem poucos no mundo) des­pertou tantas pai­xões quanto o Ge­neral Vasco Gon­çalves. Para o povo tra­ba­lhador, os de­mo­cratas, os mi­li­tares re­vo­lu­ci­o­ná­rios, ele era o Com­pa­nheiro Vasco, o que exercia o poder em be­ne­fício das classes e ca­madas po­pu­lares e con­sa­grava na letra da lei as con­quistas da sua luta. No seu livro O Sin­di­ca­lismo na Re­vo­lução de Abril (Edi­ções Avante!, 2010), Amé­rico Nunes re­corda a sua par­ti­ci­pação no já re­fe­rido I Con­gresso da In­ter­sin­dical, a in­ter­venção que aí pro­feriu e o en­tu­si­asmo com que foi re­ce­bido: «Ele era um de nós, e dos me­lhores! Como po­de­ríamos não estar com ele? Foi aplau­dido de pé, me­re­ci­da­mente, du­rante mais de dez mi­nutos.»

Na Re­vo­lução de Abril travou-se uma in­tensa luta – de classes – entre os que cons­truíam um País ver­da­dei­ra­mente de­mo­crá­tico e os que, de modo mais ou menos as­su­mido, que­riam manter in­tactas as es­tru­turas eco­nó­micas do fas­cismo: o poder dos mo­no­pó­lios (as­so­ci­ados ao im­pe­ri­a­lismo) e dos la­ti­fun­diá­rios. 

Neste con­fronto, Vasco Gon­çalves surgia como ba­lu­arte dos sec­tores pro­gres­sistas do Mo­vi­mento das Forças Ar­madas, e da sua es­treita li­gação com o mo­vi­mento po­pular, e do avanço da re­vo­lução rumo ao so­ci­a­lismo.

Em Maio de 1975, numa sessão pro­mo­vida pelo CPPC, co­me­mo­ra­tiva da der­rota do nazi-fas­cismo na Eu­ropa, o pri­meiro-mi­nistro afirma: «Uma re­vo­lução no sen­tido do so­ci­a­lismo, como a nossa, im­plica o con­trolo pro­gres­sivo dos meios de pro­dução pelos tra­ba­lha­dores bem como a ga­rantia de que as mais-va­lias cri­adas se aplicam em be­ne­fício da co­lec­ti­vi­dade. 

Im­plica também a exis­tência de uma de­mo­cracia real, aberta a todas as li­ber­dades, ex­cepto à li­ber­dade de ex­plorar.»

Não ad­mira, pois, que o seu afas­ta­mento do go­verno e do MFA tenha pas­sado a ser, em dado mo­mento, um dos ob­jec­tivos prin­ci­pais das forças contra-re­vo­lu­ci­o­ná­rias, mesmo das que os­ten­tavam cravos na la­pela. Sobre ne­nhum outro go­ver­nante foram lan­çadas tantas ca­lú­nias, tantas ofensas, tantas in­jú­rias. 

Numa longa en­tre­vista con­ce­dida a Maria Ma­nuela Cru­zeiro, pu­bli­cada em livro em 2002, Vasco Gon­çalves afir­mava: «Amado por uns... Odiado por ou­tros... Como po­derão gostar de mim os grandes se­nhores do di­nheiro, os ho­mens dos grupos eco­nó­micos e suas cli­en­telas, os la­ti­fun­diá­rios, etc.?»

 

Pre­sente nas lutas justas

Afas­tado do go­verno e do MFA em Se­tembro de 1975, o Ge­neral Vasco Gon­çalves não se au­sentou da ac­ti­vi­dade po­lí­tica e da de­fesa in­tran­si­gente dos va­lores de Abril. 

Nas co­me­mo­ra­ções po­pu­lares na Ave­nida da Li­ber­dade e nas ma­ni­fes­ta­ções do 1.º de Maio da CGTP-IN, a sua pre­sença foi cons­tante e era ca­ri­nho­sa­mente sau­dada por esse povo que tão ab­ne­ga­da­mente de­fendeu e que, pelos anos fora, se man­teve firme em de­fesa das con­quistas e va­lores de Abril.

De facto, o re­co­nhe­ci­mento pela acção re­vo­lu­ci­o­nária do Com­pa­nheiro Vasco per­ma­neceu muito para além da­queles parcos (mas tão in­tensos) 14 meses e o seu fu­neral, em Junho de 2005, de­mons­trou-o. Ig­no­rado pelos seus ini­migos, foram muitos mi­lhares os que fi­zeram questão de se des­pedir do mi­litar re­vo­lu­ci­o­nário, com lá­grimas, sim, mas so­bre­tudo com pu­nhos cer­rados e a con­vicção de que o povo unido ja­mais será ven­cido. Con­fir­mava-se, assim, o que o Se­cre­ta­riado do Co­mité Cen­tral do PCP afir­mara nessa triste oca­sião: que esta «fi­gura maior da his­tória do nosso País» fi­caria na «me­mória e no co­ração dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês».

Até ao fim da sua vida, Vasco Gon­çalves foi ainda um firme de­fensor da paz e da so­li­da­ri­e­dade com os povos em luta contra o im­pe­ri­a­lismo. Nos anos 80, par­ti­cipa nas vá­rias Mar­chas pela Paz e pelo de­sar­ma­mento. 

Em 1991, é-lhe atri­buída em Ha­vana pelo pró­prio Raúl Castro a Ordem de So­li­da­ri­e­dade com Cuba; e em 1998 par­ti­cipa no grande co­mício de Ma­to­si­nhos, com o Co­man­dante Fidel: «Quando en­trei e a as­sis­tência, que en­chia por com­pleto o pa­vi­lhão, se aper­cebeu da minha pre­sença, de pé, em unís­sono, saudou-me com en­tu­si­asmo. Ti­nham pas­sado vinte e quatro anos sobre o 25 de Abril», re­cordou a Maria Ma­nuela Cru­zeiro.

Em 1979 e 1993, res­pec­ti­va­mente, re­cebe Yasser Arafat e Nelson Man­dela quando estes vi­si­taram Por­tugal. Em 2004 en­viou uma in­ter­venção para ser lida numa Con­fe­rência In­ter­na­ci­onal de So­li­da­ri­e­dade com a Re­vo­lução Bo­li­va­riana da Ve­ne­zuela, a qual o Co­man­dante Hugo Chávez agra­deceu numa emo­tiva carta.

Apoiou a CDU em su­ces­sivos actos elei­to­rais e par­ti­cipou em di­versas cam­pa­nhas da co­li­gação que reúne co­mu­nistas, eco­lo­gistas e de­mo­cratas sem par­tido. A sua par­ti­ci­pação em qual­quer evento, como o pró­prio dizia, era «in­flu­en­ciada por ra­zões po­lí­ticas e ide­o­ló­gicas».

 

Mi­litar an­ti­fas­cista

Nas­cido a 3 de Maio de 1921, em Lisboa, Vasco Gon­çalves de­sen­volveu ainda jovem só­lidos sen­ti­mentos an­ti­fas­cistas, apesar das con­vic­ções con­ser­va­doras do pai. Na Uni­ver­si­dade, toma con­tacto com o mar­xismo, que o mar­caria pro­fun­da­mente para toda a vida. Como dirá mais tarde, a pro­pó­sito da sua acção go­ver­na­tiva: «Es­tava a levar à prá­tica ideias que abracei ao longo de toda a minha vida.»

Na Es­cola do Exér­cito, entra para a Arma de En­ge­nharia, for­mando-se como en­ge­nheiro. 

É com esta função que entra para a car­reira mi­litar, com­bi­nando-a com a de pro­fessor na Es­cola do Exér­cito. A guerra co­lo­nial acentua-lhe as con­vic­ções an­ti­co­lo­niais e, em 1973, par­ti­cipa no Mo­vi­mento das Forças Ar­madas, sendo então um dos seus mi­li­tares mais gra­du­ados, com o posto de co­ronel.

Quando a Re­vo­lução ir­rompe, tinha 52 anos e era, entre os mi­li­tares re­vo­lu­ci­o­ná­rios, aquele que de­mons­trava uma mais só­lida for­mação po­lí­tica, o que não terá sido alheio à sua de­sig­nação como pri­meiro-mi­nistro em Junho de 1974, apesar das re­servas ma­ni­fes­tadas pelo então Pre­si­dente da Re­pú­blica, An­tónio de Spí­nola (que se re­velou um dos prin­ci­pais cons­pi­ra­dores contra Abril).

Os meses em que, à frente de quatro go­vernos pro­vi­só­rios, deu um con­tri­buto de­ter­mi­nante para a trans­for­mação pro­funda da re­a­li­dade po­lí­tica, eco­nó­mica e so­cial do País foram, como disse em vá­rias oca­siões, os «mais fe­lizes» da sua vida – e os mais lu­mi­nosos da his­tória na­ci­onal.

 

Cen­te­nário ce­le­brado em vá­rias ini­ci­a­tivas

A As­so­ci­ação Con­quistas da Re­vo­lução (ACR) está a ce­le­brar o Cen­te­nário do nas­ci­mento do Ge­neral Vasco Gon­çalves com um vasto pro­grama de ini­ci­a­tivas, do qual constam a edição de uma ex­po­sição, a pu­bli­cação do livro Quem foi Vasco Gon­çalves? e de uma bro­chura, a edição de uma me­dalha co­me­mo­ra­tiva e ainda vá­rias ini­ci­a­tivas pú­blicas. Já na se­mana pas­sada, no dis­trito do Porto, re­a­li­zaram-se duas delas: um es­pec­tá­culo em Gaia e um co­ló­quio em Ma­to­si­nhos.

No pró­prio dia 3 de Maio, a ACR acolhe na sua sede, pelas 15 horas, uma sessão evo­ca­tiva re­ser­vada a só­cios, onde também será inau­gu­rada uma ex­po­sição. No mesmo dia, a Fun­dação José Sa­ra­mago acolhe a exi­bição do do­cu­men­tário Vasco Gon­çalves – o Ge­neral no seu La­bi­rinto, re­a­li­zado por Edgar Feldman, com texto de Pedro Cal­deira Ro­dri­gues e lo­cução de Fer­nando Alves. A sessão tem lugar às 18h30 e conta com a pre­sença do re­a­li­zador, do pro­dutor Paulo Guerra e de re­pre­sen­tantes da ACR.

Ainda no dia 3, a As­so­ci­ação Con­quistas da Re­vo­lução es­tará pre­sente na ce­ri­mónia de inau­gu­ração da placa to­po­ní­mica da Rua Vasco Gon­çalves, numa ini­ci­a­tiva da Câ­mara Mu­ni­cipal de Lisboa e da Junta de Fre­guesia do Lu­miar.

Para dia 9 de Maio às 15 horas está mar­cada uma sessão so­lene nas ins­ta­la­ções da Voz do Ope­rário, em Lisboa, evo­ca­tiva do cen­te­nário do nas­ci­mento do Com­pa­nheiro Vasco. Par­ti­cipam ar­tistas e vá­rios mem­bros da Co­missão de Honra das Co­me­mo­ra­ções.

Até final do ano estão pre­vistas muitas ou­tras ini­ci­a­tivas em di­versos pontos do País.

………………………………...

Esta di­na­mi­zação [da ac­ti­vi­dade eco­nó­mica do País] vai ori­entar-se es­sen­ci­al­mente na con­so­li­dação da po­lí­tica anti-mo­no­po­lista do pro­grama do MFA e na de­fesa das classes mais des­fa­vo­re­cidas. Esta po­lí­tica foi ini­ciada com a na­ci­o­na­li­zação da Banca e dos Se­guros e com in­ter­venção de­ci­dida em al­gumas em­presas-chave de vá­rios sec­tores da ac­ti­vi­dade eco­nó­mica.

(Vasco Gon­çalves, Março de 1975)

 

Não temos um ca­minho fácil à nossa frente, a li­ber­tação do homem não é fácil, mas eu per­gunto: quando os ob­jec­tivos são a li­ber­dade e a jus­tiça, o que é que pode travar a von­tade e a ca­pa­ci­dade de luta das massas tra­ba­lha­doras?

(Vasco Gon­çalves, 17 de Maio de 1975)

 

“A Re­vo­lução não é de nin­guém: é de todos. Por isso, agora que o fas­cismo — mercê das nossas he­si­ta­ções, am­bi­gui­dades e que­relas su­bal­ternas — está a le­vantar ca­beça para re­cu­perar o per­dido em 25 de Abril, todos os an­ti­fas­cistas, todos os pa­tri­otas, todos os de­mo­cratas, seja qual for o par­tido po­lí­tico a que per­tencem, devem unir-se numa Frente de de­fesa das li­ber­dades de­mo­crá­ticas, ina­ba­lável e in­des­tru­tível!”

(Vasco Gon­çalves, Agosto de 1975)

 

“Mas estas con­quistas [da re­vo­lução de Abril] têm sido, em par­ti­cular no do­mínio eco­nó­mico e so­cial, des­truídas na sua maior parte ou se­ri­a­mente com­pro­me­tidas pelas po­lí­tica de di­reita e contra-re­vo­lu­ci­o­nária dos su­ces­sivos go­vernos cons­ti­tu­ci­o­nais.”

(Vasco Gon­çalves, Abril de 1999)

 

“Neste mo­mento, de tão pe­sadas e con­cretas ame­aças para a in­de­pen­dência e a au­to­de­ter­mi­nação de Cuba, de­sejo afirmar a minha pro­funda e bem sen­tida so­li­da­ri­e­dade com a Re­vo­lução Cu­bana. Cuba, blo­queada, de­monstra a todo o mundo que é pos­sível re­sistir ao im­pe­ri­a­lismo, ao im­pério norte-ame­ri­cano.”

(Vasco Gon­çalves, Julho de 2001)

 

Afas­taram o ge­neral, afas­taram o pri­meiro-mi­nistro. Não afas­taram o ‘com­pa­nheiro Vasco’ do co­ração de muitas e muitas cen­tenas de mi­lhar de por­tu­guesas e por­tu­gueses para quem a gra­tidão não é uma pa­lavra vã.

(Álvaro Cu­nhal, A Ver­dade e a Men­tira na Re­vo­lução de Abril)

 

A Re­vo­lução de Abril vive na vi­tória da Re­vo­lução Bo­li­va­riana porque a pri­meira cons­titui um pre­ce­dente do que podem re­a­lizar o povo e os seus sol­dados quando se unem. Dela emana um exemplo para o mundo.

(Carta de Hugo Chávez a Vasco Gon­çalves, 2004)



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