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Os estivadores das cidades portuárias de Livorno e de Nápoles tomaram a decisão após descobrirem que poderiam estar a ajudar involuntariamente uma operação de embarque de armas para Israel, informou o jornal italiano Contropiano, na sexta-feira.
Os trabalhadores foram informados de que alguns dos contentores que deveriam carregar para um navio com destino à cidade portuária de Ashdod, nos territórios ocupados, continham «armas e explosivos».
A «armas e explosivos serão usados para matar a população palestiniana já atingida por um ataque severo nesta mesma noite que causou [a morte] de centenas de vítimas entre a população civil, incluindo muitas crianças», escreveu o jornal, referindo-se à recente escalada nos ataques militares do regime israelita contra Gaza.
Desde a passada segunda-feira, quando a escalada começou, aviões de guerra israelitas e unidades de artilharia começaram a atacar a faixa costeira, matando mais de 100 pessoas. Esta sexta-feira, os ataques massacraram uma família inteira de Gaza, incluindo oito crianças.
Segundo o diário, a linha costeira italiana é regularmente utilizada para escalas de embarcações que se dirigem aos territórios ocupados. Ainda na quinta-feira, dezenas de veículos blindados foram levados para a cidade costeira de Génova, no Noroeste da Itália, para serem despachados para Israel.
Os estivadores realizaram, este sábado, um protesto em solidariedade com o povo palestiniano nas ruas de Livorno e pediram «o fim da expropriação de casas palestinas», nas quais a população vive «sob ocupação militar há anos».
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