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sexta-feira, 14 de maio de 2021

A outra guerra no conflito israelo-árabe: publicações falsas nas redes sociais são usadas para influenciar a opinião pública


 expresso.pt


À troca de artilharia e à escalada do número de mortes e do tom no conflito israelo-árabe junta-se a guerra da desinformação nas redes sociais. 

As fake news e a utilização de vídeos e fotografias de conflitos passados e/ou noutros locais começam a circular, inflamando ainda mais um conflito devastador.

De acordo com a Sky News, o Twitter sinalizou como conteúdo manipulado uma publicação do porta-voz de Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelita. Nessa publicação vê-se supostamente o lançamento de rockets do Hamas para o território israelita. Ofir Gendelman, o porta-voz do PM, definiu-o como “crime de guerra”, garantindo ainda que o Hamas estava a disparar aqueles rockets de bairros residenciais. Mas o vídeo não fala a verdade, já que foi publicado originalmente em 2018. E terá sido gravado em Daraa, na Síria. O tweet foi apagado, conta a Sky News.

Aquela estação de televisão identificou outro caso em que o porta-voz de Netanyahu é protagonista: desta vez publicou um vídeo da plataforma TikTok, mais uma vez com a intenção de denunciar as manobras do Hamas. O vídeo, afinal, remontava a março.

Também do outro lado da trincheira foi identificado um exemplo desta estratégia de desinformação, sendo que, desta vez, foi um clérigo que usou uma imagem de um fotógrafo, que deixava cair um lágrima, enquanto supostamente capturava a violência entre polícia israelita e palestinianos na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental. Mas, na verdade, trata-se de uma imagem da Taça da Ásia, um torneio de futebol, em 2019.

Este artigo do "Washington Post" reflete sobre quão entranhada está a violência nas redes sociais, com ativistas a levantar questões e preocupações quanto à interferência das empresas tecnológicas neste conflito. Ou seja, a forma não filtrada como se reproduz o conflito nas redes sociais pode ter impacto no futuro na forma como as pessoas olham para aquela crise.

Os ativistas ouvidos pelo "Post" pedem por isso transparência das plataformas de redes sociais relativamente às suas decisões, nomeadamente de eliminarem publicações de uma fação e manterem online outras. Instagram e Twitter justificaram recentemente que a eliminação de várias publicações se deveu a um "erro" automático do sistema: os posts que haviam desaparecido, neste caso do lado palestiniano, foram restaurados.

Não faltam episódios de violência oferecidos por utilizadores de Facebook, Twitter, Instagram e TikTok. Mas, e para além do risco de se normalizar a violência, há outro risco: "Há muitas mentiras", disse ao "Jerusalem Post" Gabriel Weimann, professor na Universidade de Haifa, aqui citado pelo "Washington Post". "Visto que ninguém controla, regula ou verifica este vídeos, pode publicar-se o que se entender."

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