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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil da TAP chegou a acordo de emergência


 

www.tsf.pt



Sindicato só divulgará detalhes sobre o acordo no fim das negociações.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) anunciou ter chegado a um acordo de emergência com a TAP e o Governo, mas só divulgará detalhes no fim das negociações, que prevê ocorrerem no final desta sexta-feira.

"Chegámos hoje [quinta-feira] ao final da tarde, em conjunto com a TAP e o Governo, a um acordo de emergência", refere o sindicato numa nota enviada aos seus associados no final da noite de quinta-feira, a que a Lusa teve acesso.

O SPAC refere que, a pedido dos seus interlocutores, assumiu "o compromisso de só divulgar os detalhes do acordo após o final das negociações" entre a TAP e o Governo e as outras estruturas representativas dos trabalhadores, "o que se prevê que venha a acontecer amanhã [hoje, sexta-feira] ao fim do dia".

"Assim que tal acontecer, enviaremos o acordo de emergência a todos os senhores associados, para que o possam analisar com toda a atenção e a devida antecedência em relação à Assembleia de Empresa, que será agendada pelo senhor presidente da Mesa da Assembleia-Geral", acrescenta a nota da direção do SPAC.

Este sindicato faz parte do grupo de estruturas sindicais que prosseguiam as negociações, assim como o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), o Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA), o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (Sttamp) e o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, Manutenção e Aviação (Stama).

O prazo apontado para fechar os acordos de emergência era domingo, dia 31 de janeiro, mas as negociações têm-se prolongado, tendo sido marcadas mais reuniões para quinta-feira, disse fonte sindical à Lusa.

Após a declaração de empresa em situação económica difícil, que permite suspender cláusulas dos acordos de empresa em vigor ou dos instrumentos de regulamentação coletiva aplicáveis e tomar medidas para cortar nos custos com pessoal, a TAP entregou aos sindicatos propostas de acordos de emergência.

O plano de reestruturação da TAP, entregue em Bruxelas em 10 de dezembro, prevê a suspensão dos acordos de empresa, medida sem a qual, de acordo com o ministro Pedro Nuno Santos, não seria possível fazer a reestruturação da transportadora aérea.

O documento entregue à Comissão Europeia prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia, e 250 das restantes áreas.

O plano prevê ainda a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.


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