vista de Mértola e rio Guadiana |
Nas terras deste concelho existem vestígios de Mértola ter sido um entreposto comercial importante na época dos Fenícios, Cartagineses, Romanos e Árabes, devido à existência de via fluvial e terrestre com ligação ao sul da península.
O seu nome originalmente seria Myrtilis, na época romana, passando posteriormente a ser Mértola.
Os Árabes deixaram uma fortaleza ocupada pelos cristãos, e uma mesquita, que viria a ser transformada em igreja paroquial da sede do concelho.
Em 1238, D. Sancho II conquistou Mértola aos mouros, doando a vila à Ordem de Sant'Iago para esta a repovoar.
No século XIII, iniciou-se o povoamento definitivo destas terras, facto comprovado pelos achados arqueológicos dessa época. Em Alcaria Longa existem diversos testemunhos da presença de comunidades pastoris.
Recebeu novo foral em 1512 outorgado por D. Manuel.
No século XIX e ainda no século XX, a economia de Mértola dependia muito da exploração das minas de S. Domingos, que se transformaram num grande centro de extração de pirite cúprica.
A nível do património arquitetónico, são de realçar o Campo Arqueológico de Mértola, que apresenta um vasto programa museológico, sendo Mértola considerada uma vila-museu com diferentes áreas de intervenção e investigação, organizadas em três núcleos: o Núcleo Romano, o Núcleo Visigótico, que inclui uma basílica cristã, e o Núcleo Islâmico, onde se pode ver uma das melhores coleções portuguesas de arte islâmica (cerâmica, numismática e joalharia).
De destaque ainda é o Castelo de Mértola, construção medieval, que culmina no morro com duas torres - a torre de menagem, foi construída em 1292 pelo primeiro Mestre da Ordem de Sant'Iago. Existem alguns torreões amparando muralhas, em grande parte obra de mouros, mas com muita silharia romana. Também de referir a Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, matriz de Mértola, dos séculos XI-XIII e que sofreu alterações no século XVI, em estilo manuelino e renascentista. A Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, também referida como Igreja Matriz de Mértola, destaca-se por ser o único exemplar de arquitetura religiosa islâmica remanescente no país. Foi erguida no contexto da invasão muçulmana da Península Ibérica com a função de mesquita, no século XII. No contexto da Reconquista cristã da Península Ibérica, no século XII foi transformada em um templo cristão. A atual configuração do templo data de campanha construtiva do século XVI. Encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1910.
Destaca-se ainda o Santuário de Nossa Senhora de Aracelis ou Araceles e o património mineiro, como o porto de escoamento do Pomarão, o bairro dos mineiros e as suas infraestruturas, que constituem marcos importantes da época de exploração mineira.
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Igreja-Matriz de Mértola |
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