As dificuldades evidentes no curso do processo de vacinação resultam da opção de fundo que foi tomada, por uma estratégia assente exclusivamente em parcerias público-privado (PPP), celebradas entre a Comissão Europeia e seis multinacionais farmacêuticas: BioNTech-Pfizer, Moderna, AstraZeneca, Johnson and Johnson, Sanofi-GSK e CureVac.
A UE financiou, com recursos públicos, a produção de vacinas. Financiou a fase de investigação e desenvolvimento; financiou seguros de risco; comprou antecipadamente vacinas. Porém, abdicou de quaisquer direitos de propriedade sobre a invenção que financiou. O ritmo de produção das vacinas é, assim, determinado pela capacidade produtiva das farmacêuticas e pela gestão que as mesmas fazem do processo, em função dos seus interesses comerciais, inclusive na resposta aos vários pedidos de aquisição. Os milionários lucros que as multinacionais farmacêuticas têm vindo a anunciar têm como contrapartida o avanço mais lento na vacinação.
Declaração de João Ferreira: www.pcp.pt/node/308520
Vídeo explicativo «Vacinas: proteger a vida ou o lucro?»: www.pcp.pt/node/308452
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