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António Costa foi ontem premiado por uma fundação no País Basco pela “defesa dos valores socialistas”. De facto, nada ilustra melhor “a defesa dos valores socialistas” do que, por exemplo, a aceitação da regressiva herança da troika na área das relações laborais, o privilégio fiscal à propriedade privada na habitação, a aceitação do princípio europeu do “pagamos, mas não mandamos” para a banca, tendo-se já “doado” 8,8 mil milhões de euros ao fundo abutre Lone Star no controlo total do Novo Banco, o compromisso com as regras europeias em matéria orçamental, com correspondente sacrifício do investimento e dos serviços públicos, que atingem novos mínimos, mesmo em períodos ditos de bonança. Na realidade, acho que devia António Costa devia ter recebido o prémio em conjunto com outro “socialista” chamado Mário Centeno.
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