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Os professores admitem avançar para greve e para uma manifestação nacional se o Ministério da Educação não aceitar negociar com os sindicatos e se o próximo Orçamento do Estado não der respostas às suas reivindicações.
“Queremos negociar e, desse modo, resolver os problemas, mas se não tivermos interlocutor no Ministério da Educação tornar-se-á inevitável a luta”, disse o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, na intervenção de encerramento da manifestação de professores e dirigentes sindicais que hoje percorreu ruas de Lisboa e terminou junto ao Ministério da Educação (ME).
Mário Nogueira disse que na próxima quinta-feira, 07 de outubro, as propostas sindicais para as negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) já entregues ao primeiro-ministro, António Costa, serão entregues no ME, esperando que se quebre o “bloqueio negocial”, uma “intolerável expressão de arrogância, mas também de incapacidade e cobardia políticas”.
Sem negociações, as ações de luta são dadas como certas.
“O recurso à greve estará sempre em cima da mesa, aliás, como a outras formas de luta, integrando um plano para a ação reivindicativa, definido em torno de objetivos concretos e de tempos adequados como é, obviamente, o período de debate e votações do Orçamento do Estado, que se iniciará no próximo dia 11 de outubro e decorrerá até final de novembro”, disse.
De forma convergente ou não, admite-se também “um regresso à rua em número elevado”, se essa for a decisão do Conselho Nacional da Fenprof, que se reúne ainda em outubro.
IMA //CFF
Lusa/fim
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