Uma deputada timorense de um dos partidos do Governo defendeu esta quarta-feira no Parlamento Nacional que as forças de segurança deveriam disparar sobre quem atravessar ilegalmente a fronteira “para que aprendam”.
“As forças de segurança na fronteira não devem tolerar e devem ter sanções rigorosas a quem atravessar a fronteira ilegalmente”, disse Olinda Guterres, deputada do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO), um dos três partidos do Governo.
“Não é disparar para matar, mas disparar para ferir, para que aprendam”, afirmou.
Os comentários de Olinda Guterres foram feitos durante o debate no Parlamento Nacional do pedido de autorização do Presidente da República para a renovação do estado de emergência durante mais 30 dias, até ao início de março.
O parlamento aprovou a autorização por 50 votos a favor, zero contra e seis abstenções, devendo o Presidente da República assinar em breve o decreto que define as balizas do estado de exceção.
Depois o Governo aprovará um decreto em que detalharás as medidas a aplicar, sendo que as mais significativas se centram no controlo das fronteiras do país.
As autoridades estão preocupadas com o aumento de casos do lado indonésio da ilha, com centenas de leste timorenses a atravessarem a fronteira ilegalmente, sendo detetados pelas forças de segurança e canalizados para quarentena.
O Parlamento Nacional aprovou hoje por 50 votos a favor, zero contra e seis abstenções.
Timor-Leste tem atualmente 18 casos ativos da doença, estando todos os pacientes em isolamento. Desde o início da pandemia, Timor-Leste registou 68 casos de Covid-19.
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