É muito difícil afirmar precisamente quantos contos existem de fato na mitologia grega. É uma infinidade de histórias sobre deuses, heróis e monstros que muitas vezes ficamos perdidos.
Por isso, para facilitar a vida de vocês leitores, trazemos hoje compiladas as 18 principais histórias da mitologia grega, que são:
Deuses Primordiais
Essa é sem dúvidas uma mas principais histórias da mitologia grega, que tem como referência a Teogonia, principal obra de Hesíodo. Nela o poeta grego faz referência ao início do universo, quando nasceram os Deuses Primordiais, as primeiras entidades da mitologia grega.
Tudo começa no vazio, onde originou-se espontaneamente o primeiro dos deuses da mitologia grega, o Caos. Dele nasceram outros primordiais, que por sua vez deram origem aos demais, sendo eles:
Nix, a noite; Érebo, a escuridão; Gaia, a Mãe Terra; Tártaro, as profundezas da terra; Eros, o amor; Urano, o céu; Hemera, o dia; Éter, o ar puro; Ponto, as profundezas do mar e Tálassa; a vida marinha.
Deuses Primordiais
Na mitologia grega, os Deuses Primordiais são as divindades que nasceram primeiro, ou seja, que passaram a existir no momento da criação.
Esses Primordiais, que também são chamados de Primogênitos ou Protogenoi, são as formas que compõem a estrutura fundamental do universo.
Ainda segundo a mitologia grega, um primeiro deus se originou do nada e os outros originaram-se dele.
Embora seja um pouco difícil definir exatamente o número de Deuses Primordiais, visto que a lista varia um pouco, o mais aceito é que eles são doze.
Quem são os 12 Deuses Primordiais
Caos
Esta foi a primeira de todas as divindades que apareceu no universo, logo, ele pode ser considerado o mais velho de todos os deuses da mitologia grega.
Devido a conotação que a palavra “caos” adquiriu com o passar do tempo, fica difícil entender a natureza desse deus, entretanto sua associação é a desordem.
O fato é que o nome deriva de khaínô, quem em grego significa “separar” e “ser amplo”. Isso faz referência ao vazio de onde ele veio.
Gaia
A deusa Gaia simboliza a Terra. É a mãe de todos os outros deuses e nasceu logo depois de Caos. Sendo assim, Gaia é uma das primeiras deusas que já existiu e possui a força da natureza.
Foi Gaia quem deu origem a Pontos, a Urano e também às montanhas.
Tártaro
O terceiro dos Deuses Primordiais, também originado por Caos. Tártaro era a representação do inferno e era nele que se encontravam os lugares mais sombrios e profundos do reino de Hades.
Era para essa parte do mundo inferior que os inimigos do Olimpo eram enviados para serem castigados. Foi lá também que os titãs foram aprisionados.
Urano
Assim como Gaia representa a terra, Urano representa o céu. Ele foi gerado espontaneamente por Gaia e depois uniu-se a ela.
Os dois juntos são ancestrais dos titãs e dos deuses olímpicos, porém os cultos dirigidos a esse deus não chegaram até a época clássica. Por isso Urano não aparece entre os temas de cerâmicas antigas gregas.
Érebo
Érebo também é um dos Deuses Primordiais e representa as trevas e a escuridão no universo.
Esse deus dominava partes do universo conhecidas como Vácuo, demarcando seu território com seus mantos escuros. Os seus domínios ficavam logo acima dos de sua irmã gêmea, Nix, que representa a noite.
Alguns mitos também o associam à escuridão do mundo inferior.
Nix
A deusa Nix, como dito acima, representa a noite, também é filha de Caos e foi um dos primeiros seres a surgir do vazio.
Com Érebo ou espontaneamente, Nix deu origem a muitos seres sombrios da mitologia grega, como Tânato, as Queres, Hipnos, Moros, Caronte, etc.
Entretanto, em momentos sublimes, também originou seres de luz, como Éter e Hemera.
Hemera
Hemera é a filha de Érebo e Nix. Ela representa o dia e a luz.
No romance que teve com seu irmão, Éter, ela deu origem à Talassa e também a seres antropomorfos como Cólera, Tristeza, Mentira.
Por ser muito bela essa deusa possui um grande poder de persuasão e controle mental.
Éter
Éter representa o céu superior e sem limite pois, diferentemente de Urano, ele é o ar elevado que os deuses respiram, que é muito distinto do ar impuro dos mortais. Éter é irmão de Hemera e filho de Érebo e Nix.
Pontos
Esse Deus Primordial representa o mar aberto e suas profundezas.
Segundo a mitologia grega, assim como Urano, Pontos também nasceu espontaneamente de Gaia e depois teve um romance com ela. Juntos deram origem a Nereu, que representa o velho mar, a Taumas, que representa as maravilhas do mar, a Fórcis, que representa os perigos do mar, a Ceto, o terrível monstro marinho e por fim a Euríbia, que representa a fúria do mar.
Tálassa
Tálassa é a deusa primordial que representa o mar mediterrâneo, filha de Hemera e Éter.
Juntamente com Pontos ela deu origem a todos os seres marítimos e também a ninfa Hália, ao gigante Egeon, que era a representação do mar Egeu e aos Telquines, que eram demônios dos mares.
Com Urano ela deu origem a deusa das ninfas, chamada Dione.
Ananque
Essa deusa primordial representa o destino, a inevitabilidade e a organização do universo. Ou seja, enquanto o Caos era a desorganização, Ananque deu início ao Cosmo, a organização.
Por ser associada ao destino, muitos escritores a colocam como a precursora das Moiras.
Eros
Por fim, mas não menos importante, Eros, o amor, foi responsável pela completa passagem do universo do Caos ao Cosmo.
Embora filho do Caos, teve o papel de coordenador e organizador de todos os elementos do universo.
Posteriormente, em outros mitos, foi colocado como filho de Afrodite e Ares.
Esses são os Deuses Primordiais, suas origens e suas histórias.
Titanomaquia
A Titanomaquia, ou Guerra dos Titãs é uma das mais clássicas histórias da mitologia grega. Nela é narrada a tão famosa luta entre deuses e titãs pelo domínio do mundo.
Tudo começa com o nascimento dos titãs, filhos dos Deuses Primordiais Urano e Gaia. Um deles, Cronos, rebela-se contra o pai e o castra, tornando-se o rei de tudo
Após sua queda, Urano roga para que Cronos sofra castigo semelhante, sendo destronado também por um filho.
Daí vem aquela clássica história, na qual Cronos engoliu todos os seus filhos, menos Zeus, que foi protegido por sua mãe Réia, e criado às escondidas em uma caverna.
Quando atinge a maioridade, Zeus retorna, faz com que Cronos vomite seus irmão e lidera a maior guerra entre deuses e titãs de que já se ouviu falar.
Apolo ou Hélio, quem é o deus do sol? -
Esta é uma dúvida que muitas pessoas têm: afinal, quem é o deus do sol, Apolo ou Hélio? Por isso trouxe hoje a resposta definitiva para esta questão.
Mas para tirar a limpo, primeiramente vamos entender a etimologia de seus nomes, um dos principais motivos para tamanha confusão:
Hélio
Do grego Ἡλιος, em latin Helius, que significa nada menos do que Sol.
Hélio é um titã, filho dos também titãs Teia e Hiperião, irmão de Selene, a Lua e Eos, a Aurora. Sua representação é de uma figura masculina que em sua cabeça usa uma coroa de raios solares. Ele circunda o planeta sobre uma carruagem tracionada por quatro cavalos brancos. Contamos mais detalhes sobre Hélio, seus pais e suas irmãs aqui.
Apolo
Nome popular de Phoebus Apollo, do grego Ἀπόλλων, onde em latin phoibos significa Brilhante.
Apolo é um dos deuses do panteão grego, filho de Zeus e Leto e irmão gêmeo de Ártemis, também representação da Lua. É apresentado como um homem belo, geralmente segurando uma lira ou um arco e algumas vezes com uma coroa de raios solares na cabeça, também sobre uma carruagem puxada por cavalos. Também falamos mais sobre Apolo aqui.
Ainda parece um pouco confuso, pois eles têm muitas características semelhantes, sem contar que o Sol brilha, e brilha muito! Sem mais delongas, vamos às explicações definitivas, afinal…
Quem é o deus do sol, Apolo ou Hélio?
Se levarmos em consideração as fontes iniciais e mais confiáveis da mitologia grega, isto é, Homero e Hesíodo, Apolo é colocado como uma entidade representativa da arte, da música, da medicina, da saúde, etc. Ou seja, como os próprios Hinos Homéricos dizem, é o deus de tudo o que está ligado à “luz da vida“, entretanto esses poetas nunca vincularam a figura de Apolo ao Sol.
Já o titã Hélio, desde os primórdios, teve sua representatividade ligada ao Sol pelos mais antigos respeitados poetas da antiguidade grega. Isto é, ele era literalmente descrito como o astro solar em forma humana.
Há quem diga que com a supermacia dos deuses sobre os titãs após a Titanomaquia, Hélio perdeu seu posto para Apolo.
Mas o tempo passou e as coisas mudaram um pouco.
Pausânias, célebre viajante e historiador grego da antiguidade, responsável por diversos importantes registros catalogados daquela cultura, pôde constatar que em algumas regiões as pessoas declaravam que Apolo e o Sol eram duas figuras idênticas.
Isso fez com que ele chegasse à conclusão de que os atributos de Apolo acima citados são facilmente explicados pelo nome Phoibos, afinal, o Sol é fonte de luz e de vida!
Píndaro dizia que Apolo propagava sua sabedoria e seu intelecto aos humanos, acertando-os com suas flechas de luz que representavam os raios do Sol.
O poeta Calímaco passou a reconhecer Apolo e Hélio como a mesma entidade e se isso não bastasse, ele ainda criticava quem fazia a distinção entre ambos.
Mas o marco foi a influência romana, que definiu Apolo como o representante do Sol.
O imperador romano Augusto o colocou como o protetor do Estado Romano identificado-o como Febo, a entidade que representa o Sol. A partir de então os cultos ao deus solar Febo passaram a ser também a Apolo, transformando-os em uma única divindade representativa da estrela maior.
Desta forma, o titã grego Hélio acabou sendo deixado de lado, substituído por Apolo em todos os seus mitos.
Ovídio, por exemplo, na sua principal obra Metamorfoses, deixa claro que quando fala sobre Phoebus, está se referindo ao deus e não ao titã. Até nos mitos clássicos, como o do Carro do Sol e de Faetonte, Ovídio coloca Apolo no lugar de Hélio.
Muitos autores contemporâneos fizeram o mesmo. A exemplo de Thomas Bulfinch – que tem suas obras inspiradas na mitologia romana – no Livro de Ouro da Mitologia também põe Apolo como filho de Hiperião e pai da Helíades, o que soa até um pouco irônico, sendo que este nome deriva-se justamente de Hélio.
Mas ainda não ficou claro! Quem é o deus do sol?
Veredicto Final
Quem sou eu, L.C Galahad, um mero mortal, para decidir quem é o deus do sol? O que posso é opinar quem eu considero o verdadeiro deus do sol, levando em conta a montagem de um quebra-cabeça histórico e um pouco de bom senso.
Primeiramente Hélio, apesar de ser um titã e considerado um deus primitivo, após a Titanomaquia sua raça tornou-se obsoleta, posto que Deuses Olímpicos tornaram-se supremos, isto é, os verdadeiros “donos” da mitologia grega.
Em contrapartida não posso tirar a referência de Hélio com o Sol, mas o considero a personificação dele. Ou seja, astro que nasce no Leste e põe-se no Oeste é Hélio passando com sua carruagem.
Imaginem se fosse Apolo quem pilotasse o carro. No mito em que ele matou os ciclopes que forjavam os raios de Zeus e foi banido do céu por um ano tendo que servir o Rei Admeto como um mortal, o mundo teria ficado um ano sem sol?
E em qual momento ele ficava no Olimpo tocando sua doce lira acompanhado das divinas Musas? Quando foi que ele perseguiu Dafne, se divertiu com Jacinto e participou da competição musical com Pã? Tudo isso no escuro?
Então aí está a minha resposta definitiva: Se estou falando de Deus do Sol, estou falando de Apolo, um deus olímpico propriamente dito, representante da arte, da música, da luz divina e da vida. Já o titã Hélio, como o nome já diz, é o próprio Sol.
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A Caixa de Pandora
Quem nunca ouviu falar na Caixa de Pandora? Esse conto é também um dos mais conhecidos da mitologia grega.
Nele conta que Zeus deu ordens aos titãs Prometeu e Epimeteu para que criassem todos os habitantes da Terra. Junto à determinação, deu-lhes também uma caixa contendo todos os sentimentos, qualidades e males para que fossem divididos aos seres como seus pontos fortes e fracos.
De todas as suas criações, os homens foram os favoritos de Prometeu. A eles concedeu o Fogo, representação de inteligência e evolução.
Em um episódio, Prometeu enganou Zeus em benefício aos Homens. O deus supremo ficou furioso com a trapaça, mas passou-se por piedoso deu aos titãs um presente: Pandora, a qual Epimeteu tomou como esposa.
Em um momento de intensa curiosidade, Pandora abriu a caixa dos sentimentos, deixando escapar para o mundo todos os males que ainda restavam, menos a esperança
Contamos detalhadamente essa história no post A Caixa de Pandora.
O Rapto de Europa
Apesar que muitas pessoas no Brasil não conhecerem este mito, O Rapto de Europa é uma das histórias da mitologia grega mais contadas em todo o mundo.
No mito, Zeus transforma-se em um touro branco para seduzir Europa, neta de Poseidon. A bela donzela não resistiu aos encantos do animal e o montou.
O touro a levou à Ilha de Creta e revelou-se Zeus. No local nasceram Radamanto e Minos, que futuramente tornaram-se reis.
No submundo os filhos de Europa foram nomeados os juízes das almas, juntamente com Éaco, outro filho de Zeus.
O rapto de Europa
Agenor, filho de Poseidon, foi para a Fenícia e gerou a bela Europa e seus irmãos.
Zeus amou-a e apareceu-lhe em forma de um belo touro branco com grandes olhos azuis quando ela brincava com suas damas de companhia na praia.
Estas o engrinaldaram, e Europa, afoita, pôs-se a saltar sobre seu dorso e cavalgou-o.
Depois, o touro meteu-se pelo mar adentro e carregou-a para Creta; ali, assumindo a forma de um homem.
Tiveram dois filhos, Minos, que futuramentne tornou-se rei de Creta, e Radamante.
Ela ensinou-os a saltar sobre o touro, como saltara sobre Zeus, e esse passou a ser um rito sagrado entre os cretenses.
Hefesto fez um homem de bronze para guardar a ilha, instalando um pus divino em sua veia e fechando-a com um prego. Chamava-se Talo. O gigante dava três voltas diárias em torno de Creta. Quando ali desembarcavam forasteiros, agarrava-os e destruía-os com seu abraço de fogo.
Radamante morreu e Zeus levou-o para as Ilhas dos Bem-aventurados; mais tarde, deu-lhe Alcmena como esposa, que Hermes roubou do próprio esquife por ocasião da sua morte.
Ali, com seus irmãos Minos e Éaco (filho de Zeus com a ninfa Égina), os mais justos de todos os homens, Radamante julgava os mortos e lhes concedia a recompensa a que faziam juz pelos seus feitos sobre a terra.
Os 12 Trabalhos de Hércules
Se estamos falando sobre as principais histórias da mitologia grega, Os 12 Trabalhos de Hércules não poderia ficar de fora.
Essa lenda foi tema de diversos filmes, séries e desenhos animados, sendo uma das preferidas dos amantes da mitologia grega.
Na história, Hércules, filho bastardo de Zeus, é perseguido constantemente pela ciumenta Hera. Em um dos surtos provocado pela deusa, o herói tirou a vida de sua esposa e seus filhos. Para se redimir ele precisou realizar doze feitos a serviço de Euristeu
Os 12 Trabalhos de Hércules foram:
- Matar o Leão de Neméia;
- Matar a Hidra de Lerna;
- Capturar o Javali de Erimanto;
- Capturar a Corsa de Cerinéia;
- Expulsar as aves do Lago Estínfale;
- Limpar os estábulos do Rei Áugias;
- Capturar o Touro de Creta;
- Capturar os Cavalos de Diomedes;
- Obter o cinto de Hipólita;
- Capturar os Bois de Gerião;
- Obter as Maçãs de Ouro do jardim das Hespérides;
- Capturar Cérbero, o cão do inferno.
Os 12 Trabalhos de Hércules
Quem nunca ouviu falar nos 12 Trabalhos de Hércules? As façanhas do grande herói grego já foi tema de muitos livros, filmes e até desenhos animados. Antes de começarmos com esses grandiosos feitos, vamos conhecer melhor o maior de todos os semi-deuses gregos.
Hércules ou Héracles é filho do poderoso Zeus com uma de suas amantes, Alcmena. O que muita gente não sabe é que para seduzir Alcmena, Zeus assumiu a forma de seu marido, Anfitrião, e a engravidou. Ao descobrir o acontecido, o esposo decidiu queimá-la em uma pira, porém Zeus interveio e impediu que isso acontecesse. Esse fato despertou ainda mais o ciúme de Hera, mulher de Zeus.
O deus supremo havia proclamado que o próximo filho que nascesse na casa de Perseu seria coroado rei de Micenas. Hera, ao descobrir isso, fez com que Euristeu nascesse prematuramente, antes de Hércules, deixando Zeus furioso, porém sem alternativas.
Hércules foi perseguido por Hera desde seu nascimento, tendo que livrar-se desde muito cedo das armadilhas da deusa. A primeira delas foi enviar duas serpentes para matar Hércules ainda no seu berço, porém o bebê semi-deus conseguiu estrangular ambas com suas próprias mãos.
Já adulto, Hera ainda provocou um ataque de fúria em Hércules, fazendo com que ele matasse sua primeira esposa e seus filhos.
Arrependido, o herói procurou o Oráculo e recebeu a orientação de que deveria servir a Euristeu por 12 anos, o qual lhe ordenou que realizasse 12 tarefas como penitência pelas mortes. Estes feitos ficaram conhecidos como “Os 12 Trabalhos de Hércules”.
Quais foram os 12 trabalhos de Hércules?
Listamos aqui os doze feitos de Hércules. Logo abaixo detalharemos cada um deles. Acompanhe!
- Matar o Leão de Neméia;
- Matar a Hidra de Lerna;
- Capturar o Javali de Erimanto;
- Capturar a Corsa de Cerinéia;
- Expulsar as aves do Lago Estínfale;
- Limpar os estábulos do Rei Áugias;
- Capturar o Touro de Creta;
- Capturar os Cavalos de Diomedes;
- Obter o cinto de Hipólita;
- Capturar os Bois de Gerião;
- Obter as Maçãs de Ouro do jardim das Hespérides;
- Capturar Cérbero, o cão do inferno.
Antes de começarmos os detalhamentos é preciso esclarecer que Hércules contava frequentemente com a ajuda de um jovem companheiro, que alguns autores antigos dizem ser Iolau, seu sobrinho (em algumas versões, primo).
Justamente por isso, as tarefas que inicialmente eram apenas 10 se tornaram 12, pois Euristeu não considerou o trabalho da Hidra, já que ele recebeu ajuda de Iolau. Já no trabalho dos estábulos do Rei Áugias, Hércules recebeu um pagamento por ele.
Recomendamos também leitura do curioso artigo 16 Curiosidades sobre Hércules
Então, vamos conhecer detalhadamente os doze trabalhos de Hércules.
1 – Leão de Neméia
Hércules estrangulou o Leão de Neméia, que era o maior leão do mundo, filho dos monstros Equidna e Tifão, duas criaturas grotescas.
Esse foi um grande feito visto que nenhum dos habitantes conseguia matar a fera, já que a única coisa capaz de furar seu couro era a própria garra do leão.
Sendo assim, após a primeira tentativa sem êxito, Hércules conseguiu estrangulá-lo. Então, arrancou uma de suas garras e tirou o couro do animal para vestir-se com ele.
2 – Hidra de Lerna
A Hidra de Lerna era uma criatura com corpo de dragão, também filha de Equidna e Tifão. Ela tinha 9 cabeças que se regeneravam, sendo a do meio parcialmente de ouro e imortal.
Hércules só conseguiu acabar com esta terrível fera com a ajuda de Iolau, que impedia a regeneração da cabeça cortada por Hércules queimando as feridas com brasa.
Descontente com o sucesso de Hércules, Hera enviou um caranguejo enorme de nome Carcinus para ajudar a serpente. Hércules então pisou no animal que posteriormente se converteu na constelação de Câncer.
Por fim, Hércules sepultou eternamente a cabeça imortal debaixo de enorme rochedo e envenenou suas flechas, banhando-as no sangue do monstro.
3 – Javali de Erimanto
Havia um javali que aterrorizava a área de Erimanto, que ficava no noroeste da Arcádia. Hércules perseguiu o animal feroz durante horas até cansá-lo, pois a ordem era para capturá-lo vivo.
Segundo a lenda, Euristeu sentiu tanto medo ao ver o animal nos ombros de Hércules que até se escondeu.
4 – Corça de Cerinéia
A Corça de Cerinéia é uma figura mitológica com chifres de ouro e pés de bronze, capaz de correr extremamente rápido. A verdade é que a Corça era, nada menos que a ninfa Taígete, que foi transformada por Ártemis para fugir de Zeus.
Para pegá-la, Hércules a perseguiu incansavelmente por um ano até que ela ficasse exausta. Assim ele conseguiu atingi-la com uma flechada. Como esse não foi um ferimento mortal, Hércules a levou até Euristeu.
Em outra versão do mito ele a capturou com uma rede.
5 – Aves do Lago Estínfale
Estínfale era um lago onde viviam aves carnívoras com asas, bico e cabeças de ferro, de um tamanho tão gigantesco que interceptavam os raios de sol quando voavam. Hércules então utilizou as suas flechas para matar algumas e outras ele expulsou para outros países com um sino barulhento.
Outras versões contam que no lugar do sino ele fez o estardalhaço batendo dois pratos de metal.
6 – Currais de Áugias
Hércules teve que limpar os currais do rei de Áugias, que continham nada menos que 3 mil bois e não eram limpos há muitos anos. Os currais estavam tão sujos que exalavam um gás mortal.
O herói conseguiu limpar os estábulos em apenas duas horas. Para isso teve que desviar dois rios com sua força.
7 – Touro de Creta
Como sétima tarefa Hércules tinha que capturar vivo o Touro de Creta e leva-lo até Euristeu, que por sua vez, o entregaria à Hera.
O Touro era um animal muito bravo e tinha por costume aterrorizar os moradores da ilha grega de Creta. Hercules não só capturou o touro como montou no animal para levá-lo a Euristeu.
8 – Cavalos de Diomedes
Diomedes era o rei da Trácia, filho de Ares e possuía 4 carnívoros e ferozes cavalos, os quais ele alimentava coma carne dos estrangeiros que chegavam até as suas terras.
Hércules matou Diomedes e serviu sua carne aos animais. Assim, de ferozes eles passaram a dóceis e o herói conseguiu capturá-los com facilidade.
9 – Cinto de Hipólita
Hipólita era rainha de uma tribo de mulheres guerreiras conhecidas como amazonas, que habitavam uma área perto do mar negro. Hipólita possuía um cinto dourado mágico que era desejado pela filha de Euristeu.
Sendo assim, Hércules convenceu Hipólita a lhe dar o utensílio, porém Hera incitou as amazonas a lutar e o herói acabou tendo que matá-las, inclusive a rainha.
10 – Bois de Gerião
Gerião era um gigante de três cabeças e três corpos que vivia na ilha de Erítia. Ele possuía um grande e numeroso rebanho de bois. Esses animais eram guardados por Eurítion, um pastor monstruoso, e o seu cão que tinha várias cabeças.
Para capturar os bois, Hércules teve que acabar com Eutírion e seu cão primeiro e depois matou Gerião, usando a sua própria clava. Feito isso, entregou os bois a Euristeu.
11 – Pomos de ouro
Apanhar os pomos, ou maçãs de ouro foi o 11º dos 12 trabalhos de Hércules. Esses frutos ficavam no jardim da Hespérides, o qual era vigiado por um dragão de 100 cabeças chamado Ládon. Entretanto, esse jardim era desconhecido, o que fez com que Hércules tivesse que vagar por muito tempo sem encontrá-lo.
Segundo o mito, o herói pediu ajuda a Atlas, o pai das Hespérides. Para quem não se lembra, Atlas é o titã que recebeu de Zeus o castigo de carregar o céu em seus ombros. Só o titã sabia da localização exata do tal jardim.
Hércules acabou segurando o céu para Atlas enquanto ele capturava os pomos dourados.
12 – Cérbero, o guardião de Hades
O último dos 12 trabalhos de Hércules foi trazer Cérbero à Terra. Este é conhecido como o guardião do mundo dos mortos. Cérbero era um enorme cão de 3 cabeças e com uma cauda em forma de serpente.
Hades autorizou que Hércules levasse Cérbero para fora do mundo subterrâneo, porém, sob a condição de que ele o dominasse sem utilizar armas.
Hércules então teve que lutar com a fera somente com a sua força física e conseguiu dominá-lo, sufocando com seus braços. Feito isso, Hércules levou o cão desacordado até Euristeu que, com medo, pediu que a fera fosse devolvido ao seu lugar de origem.
E foi assim que Hércules se viu livre de sua penitência e cumpriu seus 12 trabalhos. Vale lembrar que, dependendo da obra e do autor as tarefas podem aparecer em ordem distinta.
O Rapto de Perséfone
Também conhecido com o Mito das Estações, O Rapto de Perséfone é um dos mais famosos contos da mitologia grega.
Nele conta que Hades, o deus do submundo, apaixonou-se por Perséfone, a rainha da primavera e filha de Zeus e Deméter.
Com a intenção de torná-la sua rainha, levou-a forçadamente aos seus domínios no submundo.
Deprimida com o sumiço da filha, Deméter, a deusa da agricultura, fez com que a terra ficasse fértil. Com isso os homens passaram a morrer por desnutrição. Como consequência, os deuses perderam suas adorações e seus sacrifícios.
Um acordo entre Zeus, Deméter e Hades restabeleceu o equilíbrio da lavoura.
Nos seis meses que envolvem primavera e verão, a alegria de Deméter reina, pois Perséfone passa ao seu lado. É aí que começa o tempo da abundância, onde tudo começa a brotar.
Já nos outros seis meses que completam o ano, as estações de outono e inverno representam a tristeza de Deméter, o período em que nada floresce, pois Perséfone volta ao marido no mundo inferio
Perséfone, a rainha do submundo
Perséfone, também chamada de Prosérpina, é filha de Zeus e de Deméter, e ele deu-a como esposa ao seu torvo irmão Hades.
Deméter, todavia, desejava ter a filha consigo e escondeu-a na Sicília.
Gaia plantou uma linda flor de narciso e, com ela, atraiu Perséfone ao vale siciliano de Ena, que conduzia ao mundo subterrâneo.
No momento em que a donzela colhia o narciso, Hades arrebatou-a no seu carro.
Deméter pôs-se a errar tristemente pela terra à procura da filha.
Todas as cidades a rejeitaram, exceto Elêusis, perto de Atenas, onde a alegraram com gracejos e trataram com bondade.
O regresso de Perséfone
Depois, o Sol, que a tudo vê, contou a Deméter onde estava a jovem, e ela dirigiu-se a Zeus e exigiu sua filha de volta; imersa em sua dor e em sua cólera, Deméter não permitiu que madurassem os amenos frutos da terra.
Esta ficou ressequida e árida, até que os homens começaram a morrer à míngua e os deuses perderam seus sacrifícios.
Por isso Perséfone regressou a Elêusis mas anualmente torna a descer, quando os eleusinos armazenam suas sementes.
Deméter ensinou-os a cultivar o cereal, para que ele volte a celebrar todos os anos os mistérios da Mãe e da Donzela
Os homens que assistiam aos ritos desses mistérios figuravam entre os mais abençoados.
A Guerra de Tróia
A Guerra de Tróia é um episódio que também inspirou muitos livros e filmes. É palco dos mais famosos heróis da mitologia grega, como Aquiles, Ulisses, Ajax, Heitor, Pátroclo, Enéias, dentre outros.
Tudo começou quando Éris jogou uma maçã de ouro no meio dos convidados do casamento de Peleu e Tétis. Nela estava escrito: “Para a mais bela deusa”.
A partir de então iniciou-se uma ferrenha disputa entre Atena, Hera e Afrodite pelo pomo dourado, na qual Páris, príncipe troiano, ficou incumbido em decidir para qual das deusas ficaria o fruto.
Recebeu muitas promessas, mas acabou escolhendo Afrodite, após ela lhe oferecer a mais bonita mulher do mundo, Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta. Juntos eles fugiram para Tróia
Enfurecido, o marido reuniu suas tropas e foi à Tróia em busca de sua amada. Iniciou-se então uma sangrenta guerra que durou dez anos.
Uma estratégia ousada dos aqueus pôs fim às batalhas. Eles ofereceram aos troianos um gigante cavalo de madeira. O que os inimigos não sabiam é que a escultura era oca e estava recheada de solados.
Na calada da noite, os soldados saíram do interior do cavalo, abriram os portões da cidade e o exército grego devastou toda a cidade. Assim, Helena foi obrigada a voltar à Esparta.
Guerra de Tróia, confronto direto
A Guerra de Tróia foi sem dúvida uma das mais emblemáticas narrativas da mitologia grega, tanto que já foi tema de diversos livros e filmes em diversas épocas.
Inspirou Homero na tão famosa Ilíada. Um poema de difícil leitura, mas de fascinação ímpar! Em versões adaptadas, a obra chega a ser tão envolvente que é difícil parar de ler.
Aqui nós fazemos uma análise comparativa entre alguns dos grandes personagens dessa história.
Em batalha direta, quem é o melhor? Será que você concorda?
Deuses
Poseidon (Gregos) x Zeus (Troianos)
Enquanto o fortíssimo deus Poseidon estava do lado dos gregos, Zeus, o todo poderoso, deus dos deuses, era simpatizante dos troianos, e isso lhes dava enorme vantagem diante seus oponentes. Aliás, Zeus é Zeus!
Além da fortíssima defesa das muralhas, a ajuda divina de Zeus foi preponderante à resistência absoluta de Tróia.
Mesmo ordenando que nenhum deus interferisse na batalha, ele mesmo dava lá suas “roubadinhas” despercebidas.
Numa tentativa descabida de ajudar os helênicos, Hera pediu que Hipnos fizesse o deus dos deuses adormecer. No período do sono profundo de Zeus e com Poseidon no comando, os gregos tomaram grande vantagem. Nesta ocasião Ajax feriu Heitor, quase pondo fim à vida do príncipe troiano.
Mas Zeus acordou e retomou às rédeas fazendo com que os troianos revertessem a situação.
Não tem como discordar. Com Zeus no comando:
1 PONTO PARA OS TROIANOS
Reis
Menelau (Gregos) x Príamo (Troianos)
Estamos falando de guerra e Menelau como comandante/guerreiro é um zero à esquerda. Impressionante como mesmo assim ele quase matou Páris num duelo proposto pelo próprio príncipe troiano.
O rei grego, tanto não entendia quase nada de guerra, que precisou apelar para a ajuda do irmão Agamenon para liderar as tropas helênicas.
Príamo já era bastante idoso na época da chegada dos gregos ao litoral de Tróia. Também não teve nenhum papel de destaque como guerreiro.
Numa batalha direta entre os dois fica “pau-a-pau”, difícil definir um vencedor, mas pela idade avançada de Príamo,
Menelau leva ligeira vantagem. Por isso:
1 PONTO PARA OS GREGOS
Guerreiros
Aquiles (Gregos) x Heitor (Troianos)
Heitor, comandante das tropas troianas, filho de Príamo, príncipe de Tróia e Aquiles, o bravo guerreiro de “corpo fechado” (exceto os calcanhares), filho de Tétis, ninfa do mar.
Estes dois são sem dúvidas os maiores e mais famosos combatentes de toda a Guerra de Tróia. Uma batalha entre eles seria inevitável.
Heitor teria aniquilado fácil qualquer outro soldado helênico, mas topou com Aquiles. Este por sinal tomado de ira, pois seu amado Pátroclo (sim, Aquiles e Pátroclo eram amantes) havia sido morto pelas mãos justamente de quem? Heitor.
A história diz por si só. Aquiles matou e humilhou Heitor diante das muralhas de Tróia.
1 PONTO PARA OS GREGOS
Ajax (Gregos) x Enéias (Troianos)
Os “número dois” de cada exército, assim por dizer.
O gigante Ajax só não era melhor que Aquiles e Enéias, filho de Afrodite, só não superava Heitor.
Não existem relatos sobre combate direto entre os dois, mas certamente Enéias seria o vitorioso.
Apesar da grande força e enorme estatura, Ajax era um mero mortal, sendo Enéias um semi-deus. Segundo a Ilíada ele foi favorecido por Afrodite e Poseidon diversas vezes em campo durante a Guerra de Tróia.
Lembra que Zeus ordenou aos outros deuses para que não interferissem nos combates? Balela!
1 PONTO PARA OS TROIANOS
Ulisses (Gregos) x Páris (Troianos)
Páris, irmão de Heitor, nunca foi um exímio guerreiro. É certo que melhorou um pouco com a morte do irmão, pois foi obrigado a assumir o comando do exército troiano. Tanto que foi Páris quem conseguiu matar Aquiles com uma flechada envenenada no calcanhar (diga-se de passagem a flecha foi guiada por Apolo).
Ulisses é o cérebro helênico. Apesar de baixinho era um dos mais bravos soldados do exército grego. Foi dele a idéia de construir o enorme cavalo de madeira e presentear os troianos e foi assim que conseguiram transpassar as muralhas da cidade.
Frente à frente o astuto Ulisses leva boa vantagem. Além de ser bem mais experiente em combate, no caso de um deslise, certamente iria reverter a situação nem que fosse na “lábia”.
1 PONTO PARA OS GREGOS
Resultado final Guerra de Tróia
Não poderia ser diferente. Como todos nós sabemos os gregos conseguiram entrar em Tróia e destruir a cidade. Helena foi levada de volta às terras de Menelau e a guerra terminou após 10 anos.
TOTAL: GREGOS 3 x 2 TROIANOS
A Odisséia
Após a vitória dos gregos sobre os troianos na Guerra de Tróia, chegou a hora deles voltarem para seus lares. A Odisséia conta o regresso de Ulisses (Odisseu) à Ítaca, sua terra natal.
Para retornar aos braços de sua amada Penélope, Ulisses enfrentou diversas aventuras durante o trajeto, que durou muitos anos.
Passou, dentre outros:
- Pela ilha do ciclope Polifemo;
- Pela ilha da feiticeira Circe, que transforma homens em animais;
- Pela ilha de Éolo, o deus dos ventos;
- Pela ilha da ninfa Calipso;
- Precisou passar pelos monstros marinhos Caríbdis e Cila.
Chegando a Ítaca ainda precisou salvar sua esposa Penélope que sofria ameaças de seus pretendentes. Ulisses acabou com cada um deles e finalmente reinou.
Perseu e Medusa
Está aí mais uma das histórias da mitologia grega mais conhecidas no mundo, a de Perseu e Medusa.
Conta a lenda que temendo a uma profecia de que iria perder o trono de Argos, o rei Acrísio trancou sua filha Dânae em uma caverna subterrânea.
Zeus transformou-se em chuva de ouro, penetrou a terra e teve relações com a donzela. Dessa união nasceu Perseu.
Ao tomar ciência do nascimento da criança, Acrísio colocou mãe e filho dentro de um baú e o lançou ao mar. O deus supremos fez com que fossem salvos por pescadores.
Já na sua maioridade, Perseu precisou passar por diversas aventuras a mando de seu padrasto. Dentre elas, passou pelas cavernas das Gréias; lutou e decapitou a Medusa; salvou Andrômeda do monstro marinho; petrificou Atlas, dentre outras proezas
Perseu, de Medusa a Andrômeda
Um dos grandes e consagrados heróis da mitologia grega, Perseu também é a real definição de que acidentes acontecem. A história do semideus foi muito além da morte da assustadora Medusa.
Filho de Dânae, princesa do reino de Argos, e Zeus, Perseu nasceu sob total aversão de seu avô, o rei Acrísio. Certa vez, ao escutar de um oráculo que sua filha traria ao mundo um menino que lhe roubaria seu trono, Acrísio passou a fazer de tudo para impedir a profecia.
O nascimento de Perseu
Assim, o rei foi capaz de aprisionar a própria filha em um local subterrâneo, feito de pedra, com a esperança de afasta-la de qualquer homem. No entanto, esqueceu-se das façanhas dos deuses: Zeus transformou-se em uma chuva de ouro para poder adentrar no esconderijo pelo telhado, engravidando Dânae.
Este fato também confere à Perseu a definição “Aurígena”, do latim, nascido de uma chuva de ouro.
Assim, nasceu Perseu. Quando Acrísio tomou conhecimento do nascimento de seu neto, teve coragem de coloca-los, mãe e filho, dentro de um baú e lança-los ao mar, mas Zeus interferiu e fez a arca chegar na ilha de Sérifo, onde foram resgatados pelo pescador Dictys no reino de Polidectes.
Diz-se que Polidectes tornou Dânae sua escrava e a cortejou contra sua vontade, mas foi em vão. O rei não gostava da presença de Perseu, sempre protegendo sua mãe, portanto, decidiu envia-lo em uma missão perigosa, de encontro com Medusa, a única das Górgonas que era mortal, para que arrancasse sua cabeça. Com sentimento de gratidão pelo rei, Perseu concordou.
Perseu e a Medusa
Ele deveria completar sua missão. Por sorte, era muito bem quisto pelos deuses e acabou sendo ajudado por vários deles. Atena, quem Medusa arriscou enfrentar em troca de beleza, primeiramente mostrou a Perseu as imagens da cabeça da mulher monstruosa, perto de Samos, e o aconselhou a tomar cuidado com as duas outras Górgonas, que ao contrário de medusa, eram imortais: Esteno e Euríale.
Então, ele foi primeiramente às Gréias, irmãs das Górgonas, e arrancou delas um dente e um olho, e não as consertou até que elas lhe mostrassem o caminho até às ninfas. Assim, ele conseguiu a informação e foi de encontro a elas, quem forneceram-lhe uma sacola e o capacete de Hades, conferindo-lhe invisibilidade, enquanto Hermes emprestou-lhe suas sandálias voadoras e uma foice e Atena um escudo refletor.
Assim, Perseu estava armado e pronto para seguir com sua missão. Medusa habitava a costa do oceano e lá estava, com suas cabeças cobertas com escamas, como as de serpentes, com grandes presas, mãos de bronze e asas de ouro. Estava adormecida e, assim, utilizando do espelho dado por Atena para identifica-la, cortou a cabeça do monstro.
Perseu foi esperto ao utilizar o presente dado pela deusa, pois, um olhar em falso diretamente nos olhos de Medusa, poderia ser fatal e transforma-lo em pedra. Ele colocou a cabeça dela na sacola dada pelas ninfas e foi embora com suas sandálias voadoras.
Perseu e Andrômeda
Ao voltar, ele passou pela Etiópia, onde avistou de cima a jovem Andrômeda, princesa filha de Cassiopéia e Cefeu que, invejada por sua grande beleza, foi condenada e amarrada em uma rocha, como oferenda para os monstros marinhos. Perseu apaixonou-se por ela de imediato, salvou-a com ajuda da cabeça de medusa, transformando todos em pedra e tornou-se digno de ser seu esposo.
De volta à Sérifo, Perseu encontrou sua mãe no templo com o pescador Dictys, refugiada das investidas pesadas e insistentes do rei. Indignado, ele foi aos aposentos de Polídectes, confrontou-o e, mais uma vez, retirou a cabeça da Medusa de sua bolsa e o transformou em pedra para finalmente libertar sua mãe daquele machista. Após o feito, nomeou Dictys o novo rei de Sérifo.
Perseu devolveu as sandálias voadoras e o capacete para Hermes, enquanto Atena recebeu a cabeça da Górgona e colocou-a exposta em seu escudo. Assim, ele retornou ao seu reino de origem, Argos, acompanhado de sua mãe Dânae, os Ciclopes – que se tornaram aliados durante suas aventuras, além de serem ótimos e muito habilidosos para construções – e sua esposa Andrômeda.
Seu avô Acrísio lembrou-se muito bem da profecia do oráculo e, com bastante medo, fugiu para Larissa, um país dos povos Pelasgians, mas foi seguido por Perseu, quem apenas queria seu retorno para o reino. Porém, quando Teutamidas, rei de Larissa, estava celebrando os jogos em homenagem à Acrísio, Perseu participou da competição e – daí o infortúnio do acidente – acertou seu avô sem querer fatalmente.
Acrísio faleceu e foi enterrado fora de Larissa, enquanto Perseu, profundamente tocado com o ocorrido, não se atreveu a voltar ao reino. Teoricamente, ele deveria ter assumido o trono, mas resolveu deixar Argos para seu primo, Megapentes, filho de Preto, em troca do reino de Tirinto. Ali, seu novo destino e lar, Perseu é dito como responsável por fundar as cidades de Midéia e Micenas.
Perseu e sua esposa Andrômeda tiveram sete filhos, entre eles Perses, Alceu, Heleu, Electrião, Estênelo, Mestor e Gorgófone, a única mulher. Ele foi considerado herói em muitos lugares, como Argos, Micenas, Sérifo e até em Atenas, com relatos de possuir até uma estátua no Egito, lugar abençoado toda vez que Perseu aparecia.
Teseu e Minotauro
Teseu e o Minotauro também são figuras icônicas da mitologia grega. Não tem como ouvir sobre as histórias da mitologia grega sem que mencionem esses dois.
Conta a lenda que Atenas tinha uma dívida com Minos, rei de Creta e por isso constantemente tinha que enviar jovens ao labirinto do Minotauro como alimento à criatura.
Teseu era filho de Egeu, rei de Atenas. Em uma das ofertas, o príncipe pediu para juntar-se aos jovens, pois tinha em mente que se matasse o monstro colocaria um fim ao sacrifício de seu povo.
Em Creta, uniu-se à Ariadne, filha do rei Minos, que ensinou-lhe como sair do labirinto. Deu-lhe um novelo de lã, com o qual ele marcou o caminho de volta.
Teseu obteve glória e matou o Minotauro. Retornou à Atena e tornou-se rei.
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