Você, eu e os outros sete biliões de humanos que vivem por aqui estamos quase aprendendo a manipular o nosso próprio código genético, povoar Marte, fazer carros que voam, mas ainda não conseguimos escapar de vícios em pequenas substâncias aparentemente inofensivas como nicotina, cocaína, tubaína, só pra citar algumas.
Especialistas explicarão que nós precisamos ter válvulas de escape da vida real, outros dirão que isso é tão ou mais comum como em outras espécies de animais, que nossa relação com nosso pai na infância explica ou ainda que isso é um reflexo de nossa vida passada. Sinceramente, não importa, pelo menos não hoje. O que sabemos é que tem que saiba usar nossas fraquezas muito bem contra nós mesmos e fazem isso para se criar.
Listamos abaixo cinco das maiores organizações criminosas do mundo porque, pelo bem ou pelo mal
15. Nuestra Familia
Essa gangue nasceu em 1968 dentro de uma prisão no norte da Califórnia, nos EUA, e tem origem meio americana meio mexicana. Durante anos, ela protagonizou uma disputa com a máfia mexicana e ‘corre na boca pequena’ que ela foi criada justamente para dar um golpe na rival.
Dentro da prisão, a Nuestra Familia controlava o comércio de drogas e sexo, enquanto cultivava a fama de não perdoar ninguém, nem mesmo os próprios integrantes que demoram mais de dois anos para serem ‘considerados do grupo’.
Os membros da gangue fazem um pacto de que a organização deve ficar acima de tudo na vida incluindo filhos, dinheiro, drogas e dentro da lógica torta deles, você deve sua fidelidade ao grupo até a morte, portanto, entregar um parceiro está fora de cogitação.
14. Mara Salvatrucha
Também conhecida por MS-13, a gangue foi criada em Los Angeles, nos EUA, em 1980, para proteger imigrantes da América Latina que entravam no território americano.
Seus membros são conhecidos pela grande quantidade de tatuagens no peito e no rosto e, assim como a Yakuza, tem dedos desfigurados. Sua lista de atividades ilícitas é longa: contrabando de armas, venda de drogas, roubo de automóveis, prostituição, assassinato, intimidação de testemunhas, extorsão, invasão de domicílios
Mas um dos perfis mais assustadores da organização criminosa é o fato delas ser uma grande recrutadora de crianças para o crime. Não é incomum ver membros rondando escolas em busca de novos recrutas.
Estima-se que hoje a gangue tenha mais de 50 mil membros, espalhados pela América Central, Espanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha e Canadá, mas ainda é maioritariamente formada por guatemaltecos, hondurenhos e salvadorenhos.
13. Mungiki
Se as dimensões da MS-13 impressionam, esta gangue que surgiu nas favelas do Quênia tem números ainda maiores. São cerca de 100 mil membros conhecidos por sua brutalidade em práticas comuns entre eles, como a decapitação.
A máfia queniana – como também ficou conhecida – opera na maior favela de Nairóbi, Mathare, e é forte opositora do governo queniano desde 1990. Nas eleições presidenciais de 2007, por exemplo, seus membros decapitaram pessoas e penduraram cabeças em postes, enquanto espalhavam o resto dos corpos pelas ruas na tentativa de amedrontar os eleitores e pressionar em favor de seus líderes.
Além disso, a seita funciona como uma milícia que explora a população pobre, oferecendo recursos básicos como água e eletricidade a preços abusivos.
Radicais opositores da ocidentalização, seus integrantes praticam a mutilação genital e, uma vez parte do grupo, só há uma forma de deixar a máfia: morrendo.
12. Cosa Nostra
Você já deve ter ouvido falar da máfia italiana, certo? Não é a toa que a foto que ilustra esse texto é de 'O Poderoso Chefão'. A Cosa Nostra é uma representante fiel da mais tradicional organização criminosa da bota e tem números e tradições impressionantes.
Para começar, o grupo foi fundado no século 19 e sempre teve como 'código de honra' a lei do silêncio. Quebrá-lo significa execução. Quando milhares de italianos emigraram para os EUA, no século 20, eles também levaram um pouco da Cosa Nostra e deram origem ao crime ítalo americano que ouvimos falar atualmente.
Uma prova do seu poder foi dada quando o governo decidiu acabar com a máfia e acabou deflagrando um dos maiores banhos de sangue que o país já atravessou: mais de 200 promotores, chefes de polícia, juízes e políticos foram assassinados em atentados de naturezas distintas.
Estima-se que atualmente existam cerca de 250 mil membros da Cosa Nostra espalhados pelo mundo e o grupo se ramifica colaborando constantemente com outras organizações, especialmente quando se trata de tráfico de drogas.
11. The Crips and The Bloods
Apesar de originais do mesmo lugar na mesma época (Califórnia, década de 1960), os Crips e os Bloods são grupos rivais que estão envolvidos em mais de 5 mil assassinatos nos últimos 20 anos nos EUA, segundo a própria polícia de Los Angeles, além de infinitas ameaças, roubos e tráfico de drogas.
O primeiro grupo se identifica com o azul, enquanto o outro por vermelho, mas ambos também compartilham muitas semelhanças. Eles têm símbolos de conhecimento próprio, incluindo tatuagens, músicas, sinais de mão, grafite e códigos de vestimenta. Além disso, também dividem uma regra implícita: "Você mata um dos meus, eu matarei um dos seus."
10. Hell Angels
A Califórnia parece ser mesmo um terreno fértil para o nascimento de organizações criminosas. Em 1948 no mesmo estado americano ensolarado de sempre nasceu o Hell Angels. Assim como nos acostumamos a ver em seriados como o Sons of Anarchy, eles se intitulam um motoclube, mas o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI os descrevem como um legítimo grupo do crime organizado.
Estima-se que façam parte mais de 250 mil membros mundo afora divididos em grupos menores, como se fossem sedes espalhadas por vilas e cidades.
Associados a crimes como tráfico de drogas e extorsão, o grupo tem algumas regras como (1) ser branco, (2) não ter condenações por crimes sexuais cometidas contra crianças (!) e (3) possuir uma moto de fabricação americana, geralmente uma Harley Davidson. Além dos EUA, no Canadá, Suécia, Alemanha e Austrália, a polícia tem unidades especiais para lidar exclusivamente com esse tipo de gangues.
9. Aryan Brotherhood
A Irmandade Ariana é mais uma da série de organizações criminosas originadas de gangues de motoqueiros. Conta a história que o grupo surgiu em 1964 com a associação de uma série de motoqueiros de origem irlandesa que cumpriam pena na prisão de St. Quentin, nos EUA.
No começo, o único alvo dos irmãos brancos eram os negros, mas a partir da década de 1980, o grupo expandiu suas atividades para roubo de veículos, assalto à mão armada, aluguel de matadores profissionais, tráfico de drogas e prostituição.
Estima-se que 1% da população prisional dos EUA faça parte dessa organização e que eles sejam responsáveis por um quarto de todos os assassinatos que ocorrem dentro do sistema. Isso deve-se em grande parte pela política da organização que exige que cada novo membro mate um outro prisioneiro a pedido da máfia. Hoje, eles já são mais de 20 mil, apenas dentro dos presídios.
Para facilitar a logística, eles se dividem em dois grupos: aqueles que cumprem pena em prisões federais e aqueles que cumprem em prisões estaduais, com grande foco – adivinha onde? – na Califórnia.
A atuação do grupo chegou a ficar tão grande que uma outra facção, em resposta, chegou a ser criada para proteger, pelo menos, os presidiários hispânicos, denominada Texas Syndicate. Em 2002, em resposta a violência fora do comum, o FBI deflagrou uma ampla operação nacional que culminou na prisão de 29 de seus líderes, mas não foi o suficiente para extingui-la.
8. Gangue Thompson
A extinta Guangue Thompson operou na Escócia entre a década de 1950 e 1990 e tinha suas operações muito centradas na figura de seu grande líder: Arthur Thompson.
A ideia de sua organização era funcionar como um conselho estadual credor, mas aqueles que não pagassem suas dívidas no prazo acabavam crucificados com pregos na porta de casa. Os crimes assolaram a Escócia durante décadas e chegaram a ter reflexos em outros países.
Porém, o líder logo foi acumulando muitos inimigos que desejavam sua morte. Ele escapou de vários atentados, mas diversos outros membros de sua família foram assassinados até que em 1993, finalmente, o gângster morreu em casa, ao que se sabe, de causa naturais. E a organização nunca mais voltou a ser a mesma.
7. Cartel de Medellín
Cuidado, esse tópico contém spoilers do seriado Narcos, apesar da história se passar há mais de 30 anos.
Talvez, o Cartel de Medellín seja a organização criminosa da qual mais se tem notícias. Pelo menos no que diz respeito a suas movimentações financeiras. Isso porque, no auge, o Cartel liderado por Juan Pablo Escobar e "Tio" Joe Ochoa enviava 15 toneladas de cocaína por dia para fora das fronteiras colombianas, o que representava mais de US$ 60 milhões. Na década de 1980, a exportação de cocaína chegou a superar o café e se tornou o campeão de exportações do país.
Junto ao Cartel de Cali, os traficantes chegaram a contratar engenheiros russos e americanos para arquitetar as operações de tráfico de drogas, mas foram justamente os americanos que conseguiram dar fim ao crime.
Quando o problema começou a incomodar o Tio Sam, o governo americano enviou policiais para trabalhar em conjunto com o governo colombiano na tentativa de reprimir as atividades do Cartel. Os líderes foram caçados, mortos e a organização se quebrou sem antes fazer muitas vítimas. Estima-se que mais de 30 líderes, juízes, policiais e políticos que se opuseram à organização foram assassinados, enquanto centenas de outras pessoas também faleceram em episódios como a queda de um avião com 108 passageiros provocada por um bombardeio na tentativa de assassinar o candidato presidencial Cesar Trujillo.
6. Los Zetas
Outro cartel de drogas, só que dessa vez mexicano, é apontado como uma das maiores organizações criminosas do mundo. O Los Zetas ficou conhecido por cometer crimes violentos na América Latina e por ter transformado o México num campo de guerra.
Se outras organizações tem seus fetiches por mutilações genitais, amputação de dedos e decapitação de pessoas inocentes, a do líder Miguel Angel Trevino Morales é queimar suas vítimas vivas.
A organização recruta ex-militares e atua com tráfico de drogas, transporte ilegal de petróleo a partir de gasodutos e sequestros.
O poder desse e de outros cartéis é tão grande no México que o tráfico de drogas chega a compor, hoje em dia, cerca de 60% da economia mexicana.
A "guerra às drogas" no México tem empilhado retaliações enormes por conta do forte armamento militar que os grupos têm à disposição: lançadores de foguetes e fuzis AK-47 entre eles. Estima-se que mais de 20 mil pessoas estejam desaparecidas por conta dos confrontos.
Mais os próprios grupos também entram em conflito entre si constantemente. Esses já resultaram em episódios como o de agosto de 2010, quando uma cova coletiva de 72 corpos foi encontrada e descobriu-se que as vítimas eram potencias recrutas de uma gangue rival: o Cartel Gulf. Outros 49 corpos já foram encontradas decapitados em Monterrey, como resultado de um conflito do grupo com o Cartel de Sinaloa. Falando nisso, olha só quem é o próximo da lista.
5. Cartel de Sinaloa
O Cartel de Sinaloa é o maior cartel de drogas do México e peça chave no negócio formado por produtores de drogas ilegais na América do Sul e no mercado norte-americano.
Pelas contas estimadas das autoridades, estima-se que a organização criminosa movimente cerca de US$ 3 bilhões por ano, obtidos através do contrabando de cocaína, maconha, metanfetamina e heroína por via terrestre ou por túneis para os EUA – muitos pelo deserto do Arizona.
Com cerca de US$ 6,5 biliões saindo dos EUA por ano para os cartéis mexicanos de drogas, é claro que os americanos começaram a se mexer para acabar com a farra, mas no caso do Cartel de Sinaloa, mesmo depois da prisão de seu líder El Chapo, em 2014, o grupo seguiu atuando.
4. Ndrangheta
No top 5 não podia faltar mais uma legítima máfia italiana. Originada na região da Calábria, a Ndrangheta é a segunda maior máfia do país em movimentações financeiras, mas construiu sua fama ao estabelecer laços internacionais com cartéis de cocaína na América do Sul.
A organização controla a maior parte do mercado clandestino de drogas transatlântico que abastecem os europeus. Estima-se que essa organização movimente mais de US$ 4,5 bilhões por ano.
3. Camorra
A supracitada Ndrangheta só perde mesmo na Itália para a Camorra. Isso porque essa máfia é mestre no que faz há muito tempo. A exemplo da Cosa Nostra, a Camorra foi fundada no século 19 dentro de uma prisão, mas quando os membros da organização foram soltos, a máfia floresceu.
Ao longo do século, ela expandiu suas atividades e abarcou a política do país, firmando eleitorado entre a população mais pobre.
Com o passar do tempo, porém, é claro que a máfia foi se enfraquecendo, mas apesar da grande investida das autoridades (e dos cidadãos!) contra a organização, a Camorra segue operando com base em antigos vínculos com governos locais.
Um estudo de 2013 produzido pela Università Cattolica junto ao Joint Research Centre on Transational Crime estimou que as máfias italianas movimentam por ano, mesmo hoje em dia, cerca de US$ 33 bilhões, sendo que a Camorra ainda é a mais bem sucedida com cifras que ultrapassam os US$ 4,9 biliões distribuídos em atividades como extorsão, exploração sexual, tráfico de drogas, armas de fogo, etc.
2. Yamaguchi Gumi (Yakuza)
A mais famosa gangue do mundo é chamada de Yamaguchi Gumi, mas todos nós a conhecemos por Yakuza, que nada mais significa do que "máfia" em japonês.
É difícil precisar a data do surgimento do grupo, mas com certeza sua atuação já se estende por mais de dois séculos, tendo uma hierarquia bastante diferente de outras organizações, principalmente as orientais.
A Yakuza é rígida, centralizada, elaborada e sua atuação atravessa crimes como extorsão, jogos de azar e prostituição. Mas sua principal fonte de renda ainda é o tráfico de drogas.
Inclusive, estima-se que a Yakuza seja, até hoje, a organização que mais ganha dinheiro com esse tipo de atividade no mundo. Cerca de US$ 6,6 bilh
iões por ano.
Através de atos como a eliminação de laços familiares em favor da máfia, a amputação de dedos da mão e tatuagens talhadas pelo método mais doloroso possível, a Yakuza segue associada à violência e ao terror. Porém, com a fama que organização adquiriu, uma série de fãs pelo mundo acabam contribuindo com parte dos crimes, seja ocultando provas, dando pistas falsas ou dificultando o trabalho das autoridades de outras formas.
1. Solntsevskaya Bratva
A máfia russa de nome complicado vai na contramão da Yakuza no que diz respeito à sua estrutura. Com uma organização descentralizada, o grupo torna-se mais difícil de ser desmantelado e vai ampliando suas operações ano após ano.
Em termos gerais, a Solntsevskaya é composta por 10 'brigadas semiautônomas' que operam minimamente independentes umas das outras. Mas tanta independência vai até a página 2, porque um conselho formado por 12 membros é responsável por reunir todos os recursos obtidos com atividades ilícitas e supervisioná-los para 'o melhor proveito da instituição'. Esses líderes, desconhecidos por nós, se reúnem em diversas partes do mundo, ao que se sabe, sempre camuflados em ocasiões festivas maiores para dificultar o cruzamento de informações que possam levar a descoberta de suas identidades.
Apesar de não ser o líder em tráfico de drogas, a organização tem um lucro estimado superior ao da Yakuza em torno de US$ 8,5 biliões entre atividades que permeiam o comércio de drogas (a Rússia tem 0,5% da população mundial, mas consome cerca de 12% de toda a heroína do planeta) e, principalmente, o tráfico de pessoas.
papodehomem.com.br
Sem comentários:
Enviar um comentário