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domingo, 1 de março de 2020

Nasceu uma nova estrela


(In Blog O Jumento, 29/02/2020)
Quem é que não conhece a libelinha que a Dra. Graças Freitas, diretora-geral da Saúde, costuma ostentar nas suas camisolas? Graças ao pânico generalizado em relação ao coronavírus esta senhora tornou-se na maior vedeta da televisão portuguesa.

Uns dias depois, as suas conferências começaram a parecer cada vez mais ridículas, deixando na sua diretora-geral o papel de divulgar diariamente os boletins de saúde. A senhora gostou tanto da notoriedade conseguida que nunca mais largou as televisões. Se a ministra da Saúde quase ignorou os problemas nos primeiros dias, enquanto a ministra da Agricultura aproveitava para exibir a sua ignorância e falta de valores éticos, a diretora-geral da Saúde viu uma oportunidade de disputar o protagonismo de Marcelo Rebelo de Sousa, que também já fez a sua perninha em matéria de diagnósticos e boletins clínicos.
Tudo começou com a ministra a transformar o regresso de cidadãos da China numa grande oportunidade para ganhar uns pontitos para a sua imagem cada vez mais desgastada. Juntou um conjunto de secretários de Estado em representação de cada ministério envolvido na viagem, para que ninguém ficasse prejudicado, e organizou uma conferência de imprensa com intervenções todas certinhas e combinadas, encenação em que a ministra foi a maestra.
Só que a senhora diretora-geral da Saúde já foi longe demais, percebendo que quanto mais pânico houvesse mais ela seria famosa, desatou a deitar números para a comunicação social, o Expresso avançava com uma previsão de um milhão de contagiados. Poucas horas depois a senhora viu o disparate e ainda muita gente não tinha virado a primeira página do semanário e já a senhora aparecia a corrigir, fazendo correções, que o número era outro, que aquilo não era uma previsão mas sim um cenário.
Entretanto, parece que o SNS descobriu que os WC podem ser convertidos em sala de “isolamento” e já há gente a fechar escolas porque uma criança foi a Milão. E tudo isto mereceu a compreensão da senhora diretora-geral que nunca ouviu o Rei Juan Carlos dizer a sua famosa frase, “¿Por qué no te callas?” Parece que esta senhora ainda não percebeu muito bem qual é o seu papel.

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