Uma coisa e “achar” ou “opinar”, discordando ou questionando as decisões da Direcção Geral de Sáude ou da Organização Mundial de Saúde , sendo certo que o conhecimento científico reside, no final, ora na OMS, a nível mundial, ora na DGS a nível nacional, organizações que são assessoradas pelos mais reputados cientistas e investigadores .
Uma coisa é uma autoridade pública debater com a DGS determinadas decisões, discordando ou propondo decisões diferentes.
Outra coisa é desautorizar publicamente essas decisões e fazer apelo à desobediência pública, com o fez o presidente da Câmara do Porto ao afirmar, em comunicado oficial, que “deixa de reconhecer autoridade”(sic) à directora geral de saúde!!!!
Seria bom que toda a gente percebesse, principalmente as instituições e as autoridades civis, que a máxima autoridade neste momento, para um combate eficaz à pandemia é, a nível mundial, a Organização Mundial de Saúde e, a nível nacional, a Direcção Geral de Saúde.
Infelizmente estamos a assistir às mais diversas atitudes irresponsáveis de líderes políticos mundiais, de Trump a Bolsonaro, ao aproveitamento político de outros, como Órban a aproveitar-se da situação para impor a primeira ditadura efectiva no espaço da União Europeia, às palhaçadas de outro ditador europeu, o presidente da Bielorrússia, ou às conhecidas afirmações repugnantes do governo holandês.
Por cá, vemos muita gente a tentar pôr-se em bicos do pés, ou a fazer chicana política, como a bastonária da Ordem dos Enfermeiros.
O que talvez não se esperasse era assistir a um líder político fazer apelos à desobediência como o fez Rui Moreira.
Num momento em que todos deviam a estar a remar para o mesmo lado, quer Rui Moreira ficar para a história como o Bolsonaro português?
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