Os dados foram divulgados hoje pelo gabinete de estatísticas comunitário, o Eurostat, e revelam que 14% dos 6.624 portugueses inquiridos para um estudo sobre o uso das tecnologias de informação, no segundo trimestre do ano passado, foi alvo nos 12 meses anteriores de ‘fishing’, isto é, receberam e-mails fraudulentos que visavam o acesso indevido a dados pessoais e ou confidenciais.
Por seu lado, 11% dos inquiridos portugueses (que, tal como no resto da Europa, tinham entre 16 e 74 anos) disseram ter sido confrontados nos últimos tempos com ‘pharming’, ou seja, com mensagens eletrónicas que os direcionava para ‘sites’ falsos de forma a, também assim, haver um acesso indevido a informação pessoal como palavras-chave e números de conta.
Estes dois tipos de ataques já levaram, inclusive, instituições bancárias em Portugal a emitir alertas para os seus clientes.
Para realizar este estudo, o Eurostat inquiriu estes portugueses entre os dias 29 de abril e 26 de julho do ano passado.
Também nesta altura foram ouvidos outros cidadãos da União Europeia (UE), num total de 202.511 pessoas inquiridas nos 28 Estados-membros e 147.531 famílias.
A todos, o serviço de estatísticas da UE fez perguntas sobre problemas verificados com a segurança no acesso à internet em dispositivos como computadores, ‘tablet’, telemóveis e outros.
Em menor escala, os inquiridos portugueses admitiram também que, nos 12 meses anteriores ao estudo, perderam documentos, fotografias ou outros dados dos seus dispositivos devido a vírus (3%), assim como verificaram utilizações fraudulentas dos seus cartões bancários (1%).
Os portugueses afirmaram, ainda, ter sofrido de roubos de identidade na internet, do uso indevido de informações pessoais disponíveis ‘online’ e de invasão (‘hacking’) das suas contas de redes sociais ou outras (todos 1%).
Para tentar evitar este tipo de casos, os inquiridos portugueses disseram ter evitado, nos últimos tempos, fornecer informações pessoais a plataformas ‘online’ (25%), encomendar bens ou serviços pela internet (20%), aceder às contas bancárias por esta via (17%), descarregar aplicações, música, vídeos ou jogos (17%) ou usar redes abertas de ‘wifi’ (15%) e tentaram ainda não comunicar desta forma com serviços públicos ou administrações (8%).
ANE // EA
Lusa/Fim
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