Mesmo sem descolar, Rui Rio vai encurtando a distância para António Costa. Mas é o Chega quem dispara e aparece como quarta força política nas intenções de voto
Pelo quarto mês consecutivo, os socialistas continuam a cair nas sondagens. De acordo com inquérito Intercampus realizada para o Jornal de Negócios e CM/CMTV, se as eleições fossem hoje, o PS teria 32,8% dos votos, menos 3,5 pontos do que nas eleições legislativas de 6 de outubro.
Em sentido inverso, o PSD de Rui Rio continua a crescer nas sondagens e a encurtar a distância para António Costa, mas sem conseguir descolar. Segundo o mesmo estudo de opinião, os sociais-democratas teriam 25,8%, menos dois pontos percentuais do que tiveram nas urnas. Copo meio-cheio: em quatro meses, a distância entre PS e PSD diminuiu 10,8 para 7 pontos.
Outro dado que sobressai da sondagem da Intercampus é o evidente crescimento de André Ventura nas intenções de voto: o Chega chegou aos 6,2%, igualando assim o PCP e ultrapassando o PAN, que desceu para os 6%.
O Bloco de Esquerda surge, de forma destacada, como a terceira força política. O partido coordenado por Catarina Martins subiu de 10,7% para 11,9% nas intenções de voto e há uma nota relevante: esta sondagem foi realizada entre 19 e 24 de janeiro, já depois de o Bloco ter anunciado que se absteria na votação da proposta de Orçamento do Estado, pelo que, aparentemente, não foram penalizados pela decisão.
Existem ainda más notícias para o CDS, que, em relação à última sondagem, passa de 3,9% para 1,9% e é mesmo ultrapassado pela Iniciativa Liberal (2,3%). Ainda assim, estes resultados não refletem ainda a eleição de Francisco Rodrigues dos Santos como novo presidente do CDS.
O Livre aparece nesta sondagens com 1,7% dos votos e uma ligeira recuperação, o que parece indicar que o partido não saiu prejudicado de toda a polémica que envolveu o congresso do Livre e a ameaça (que permanece real) de divórcio entre a direção e a deputada Joacine Katar Moreira.
Para esta sondagem, foram realizadas 619 entrevistas, entre 19 e 24 de janeiro. A taxa de resposta foi de 63,25% e a margem de erro é de 3,9%
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expresso.pt
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