Esta entrevista finalmente demonstra a total falta de carácter de alguém que não tem princípios, não tem ideologia, não conhece nada a não ser uma ambição desmesurada.
Rui Tavares é o exemplo acabado do homem branco bem nascido e privilegiado. Sempre rodeado dos seus amigos influentes, vivendo à custa da imagem publicamente criada sem que lhe seja conhecida densidade que construa essa imagem, na primeira hipótese que teve de se apropriar de dinheiros públicos para seguir a sua agenda pessoal assim o fez, sempre com a bênção dos seus amigos, essa elite bem pensante que escreve nos jornais e fala na televisão.
Rui Tavares agrada as pessoas do meu “estrato”: a burguesia licenciada, cultivada, que lê o público, que pensa a sociedade, que vive relativamente sem dificuldades. “Eu sei que tu não gostas dele”, repetem, e eu repito, não é uma questão de não gostar. Rui Tavares é perigoso, não é e nunca foi de esquerda. No Parlamento Europeu posicionou-se muitas vezes bem mais à direita do CDS.
É o epíteto do liberalismo.
Rui Tavares esteve calado até agora por um motivo muito simples: viu na mulher negra e gaga um lugar no parlamento e uma subvenção. Mais uma vez, o poder. Deixou que tudo avançasse sem nunca se envolver sabendo exactamente o que acontece aos voluntaristas, particularmente a quem nunca esteve no parlamento e não lhe conhece as regras e os meandros. Não é difícil de perceber que a campanha em Lisboa foi organizada e executada por um grupo de pessoas que muito provavelmente nunca tinha feito qualquer campanha e que não passava de um grupo de amigos ou de pessoas que acreditava numa candidata - de estrutura aquilo nada tinha (dica: quem inaugura um outdoor? Quem faz um vídeo de um hino com o nome de uma candidata e homens aos beijos? Quem na noite eleitoral deixa as paredes do palco cair? Continuo?)
A partir daí foi fácil. O inesperado aconteceu: a eleição.
Foi só tirar o tapete e deixar que a inexperiência - com a preciosa ajuda da maldade dos amigos jornalistas e comentadores de serviço empolassem todas as situações (muitas delas com explicações demasiado simples) -tomasse conta do assunto. Ninguém seria tão escrutinado. Era uma questão de tempo.
Agora, como bom patriarca, tem vergonha. Está incomodado. Enquanto seguramente em casa se regozija porque tudo correu exactamente como planeado (e este “em casa” não é inocente).
Amanhã será Fernanda Câncio horrorizada, depois virá um outro qualquer e ainda mais uma do expresso a comparar Joacine e Isabel dos Santos.
Enquanto isto, dinheiro público subvenciona Rui Tavares quer através do seu partido quer no canal público. Um indivíduo que defende guerras no médio oriente, que apoia a política belicista dos EUA. Um indivíduo que sobrevive de dar a sua opinião sobre o mundo e, como já se viu, de atraiçoar de forma abjecta tudo e todos em nome do poder.
Ele sente a vergonha dos outros. Eu sinto repulsa dele.
Rui Tavares é o exemplo acabado do homem branco bem nascido e privilegiado. Sempre rodeado dos seus amigos influentes, vivendo à custa da imagem publicamente criada sem que lhe seja conhecida densidade que construa essa imagem, na primeira hipótese que teve de se apropriar de dinheiros públicos para seguir a sua agenda pessoal assim o fez, sempre com a bênção dos seus amigos, essa elite bem pensante que escreve nos jornais e fala na televisão.
Rui Tavares agrada as pessoas do meu “estrato”: a burguesia licenciada, cultivada, que lê o público, que pensa a sociedade, que vive relativamente sem dificuldades. “Eu sei que tu não gostas dele”, repetem, e eu repito, não é uma questão de não gostar. Rui Tavares é perigoso, não é e nunca foi de esquerda. No Parlamento Europeu posicionou-se muitas vezes bem mais à direita do CDS.
É o epíteto do liberalismo.
Rui Tavares esteve calado até agora por um motivo muito simples: viu na mulher negra e gaga um lugar no parlamento e uma subvenção. Mais uma vez, o poder. Deixou que tudo avançasse sem nunca se envolver sabendo exactamente o que acontece aos voluntaristas, particularmente a quem nunca esteve no parlamento e não lhe conhece as regras e os meandros. Não é difícil de perceber que a campanha em Lisboa foi organizada e executada por um grupo de pessoas que muito provavelmente nunca tinha feito qualquer campanha e que não passava de um grupo de amigos ou de pessoas que acreditava numa candidata - de estrutura aquilo nada tinha (dica: quem inaugura um outdoor? Quem faz um vídeo de um hino com o nome de uma candidata e homens aos beijos? Quem na noite eleitoral deixa as paredes do palco cair? Continuo?)
A partir daí foi fácil. O inesperado aconteceu: a eleição.
Foi só tirar o tapete e deixar que a inexperiência - com a preciosa ajuda da maldade dos amigos jornalistas e comentadores de serviço empolassem todas as situações (muitas delas com explicações demasiado simples) -tomasse conta do assunto. Ninguém seria tão escrutinado. Era uma questão de tempo.
Agora, como bom patriarca, tem vergonha. Está incomodado. Enquanto seguramente em casa se regozija porque tudo correu exactamente como planeado (e este “em casa” não é inocente).
Amanhã será Fernanda Câncio horrorizada, depois virá um outro qualquer e ainda mais uma do expresso a comparar Joacine e Isabel dos Santos.
Enquanto isto, dinheiro público subvenciona Rui Tavares quer através do seu partido quer no canal público. Um indivíduo que defende guerras no médio oriente, que apoia a política belicista dos EUA. Um indivíduo que sobrevive de dar a sua opinião sobre o mundo e, como já se viu, de atraiçoar de forma abjecta tudo e todos em nome do poder.
Ele sente a vergonha dos outros. Eu sinto repulsa dele.
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