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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

SNS mais eficaz a salvar doentes


Relatório da OCDE e da UE garante que os cuidados públicos assistenciais têm conseguido reduzir a mortalidade por causas evitáveis e tratáveis acima da média dos países parceiros


Em Portugal morre-se menos por causas evitáveis e tratáveis do que na média europeia. O diagnóstico de elevada eficácia do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pela Comissão Europeia no relatório “O Estado da Saúde na União Europeia (UE) 2019”, que em Lisboa será apresentado na próxima quinta-feira. Os números apurados indicam que o país somou 140 mortes evitáveis por 100 mil habitantes em 2016 face a 161 na UE e ainda 89 óbitos por patologias tratáveis por 100 mil portugueses, menos do que os 93 na média europeia.

Em concreto, o relatório indica que o SNS obtém resultados melhores com medidas de saúde pública e de prevenção no cancro do pulmão, acidentes, doenças cardíacas isquémicas, consumo de álcool, AVC e outras. O mesmo resultado aplica-se ao tratamento de tumores colorretais e da mama ou pneumonias, por exemplo. Quer seja a prevenir ou a tratar estas patologias, tem sido possível poupar mais vidas a uma morte prematura, no caso antes dos 75 anos.
Segundo os autores, o “resultado reflete os esforços do Governo no sentido de melhorar os serviços de prevenção”. E é dado um exemplo: “Em janeiro de 2019, descentralizou algumas competências para o nível municipal.” E, assim sendo, “as unidades locais de saúde deverão um papel primordial na definição de políticas de saúde locais, desenvolvendo programas de promoção da saúde e promovendo a cooperação entre todas as entidades relevantes”.

SAÚDE POBRE

Apesar da boa notícia, é evidenciado também que o empenho do Executivo ainda está aquém do que se faz lá fora. “Portugal gasta menos do que muitos outros países europeus com os cuidados preventivos, tendo despendido cerca de 36 euros por pessoa –1,8% do total das despesas de saúde em comparação com 3,2% na EU – em 2017.”
No relatório é ainda referido que as despesas não reembolsadas aos utentes “continuam a ser relativamente elevadas” ou que os hospitais públicos “têm acumulado avultados pagamentos em atraso, cuja persistência mina a sustentabilidade financeira do SNS”. A par, verifica-se ainda que “embora a despesa tenha recuperado desde a crise económica, Portugal gastou 2029 euros per capita nos cuidados de saúde (9 % do PIB) em 2017, o que equivale a cerca de menos um terço do que a média da UE (2884 euros). Os pagamentos diretos têm aumentado, sendo agora a segunda maior fonte de receita, alcançando 27,5 % da despesa total com a saúde”.

amp.expresso.pt

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