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A adesão à greve nos transportes rodoviários de passageiros foi «massiva» entre os motoristas do Próximo, o serviço de transportes urbanos de Faro, mas «pouco significativa» no resto da região, revelou ao Sul Informação Paulo Silva, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) no Algarve.
Segundo o sindicato, «Faro encontra-se praticamente sem transportes urbanos», uma vez que a adesão à greve, na concessionária dos transportes urbanos desta cidade, é «superior a 80%».
«A adesão foi massiva. Dos trabalhadores todos, só três é que saíram e andam na estrada», assegurou.
Ainda assim, no resto do Algarve, «a adesão foi pouco significativa e rondará os 20%», disse o dirigente sindical, que sublinha que, além do Próximo, estão em causa as carreiras da Eva Transportes, da Frota Azul e da Translagos, todas elas ligadas ao Grupo Barraqueiro.
Paulo Silva explica a baixa adesão com alegados «castigos» que as empresas terão aplicado a trabalhadores que aderiram à greve de dia 20, nomeadamente «trocas de serviços e a colocação em reserva de colegas que há muito tempo faziam sempre o mesmo horário», o que terá desmobilizado muito profissionais.
O dirigente sindical algarvio explica que o que está em causa é o aumento do salário base dos motoristas para «um mínimo de 750 euros mensais», de modo a «que se mantenha a diferença que existe, atualmente, para o ordenado mínimo».
Neste momento, o salário base dos motoristas é de 700 euros, enquanto o salário mínimo é de 665 euros, estando prevista a subida deste último para 705 euros.
Ainda antes desta greve ter acabado, a STRUP já pensa na próxima que «será de dois dias e terá lugar ainda este mês».
«Penso que, no que toca ao Próximo, terá novamente grande adesão porque os trabalhadores querem mesmo este aumento», disse.
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